Sabedoria Ramatis

Sabedoria Ramatis

sábado, 30 de abril de 2016

ELUCIDAÇÕES DE RAMATÍS SOBRE O JULGAMENTO SOCIAL.



PERGUNTA:  Por acaso é criticável, quando, ao julgamento social do mundo, orientado para um sentido ético e moral dos valores nobres da vida, haja essa separação algo afrontosa de "mulher honesta" e de "mulher prostituída"?
RAMATÍS:  Ambas foram criadas a fim de servirem como o vaso sublime da vida física e, tanto quanto possível, progredir incessantemente pela libertação dos grilhões da vida animal inferior. No entanto, a proverbial hipocrisia masculina, que vê na mulher tão somente um objeto de prazer sexual, facilmente envolve a moça ingênua, inexperiente ou acicatada pelo seu indecifrável impulso erótico, ou a estigmatizada perante a sociedade sofisticada e farisaica, na figura desprezada da "mãe solteira", ou de um repasto sem problemas, das célebres garotas-de-programas. Inúmeras vezes, a jovem desperta e avalia a sua situação, doravante alvo específico da concupiscência masculina, enfrentando as mais chocantes dificuldades, quando pretende, heroicamente, amparar e criar o fruto do seu suposto pecado sem a possibilidade de manter-se no emprego, em face do contrapeso indesejável do filho. E, não raras vezes, as manchetes escandalosas dos jornais noticiam na gelidez do noticiário sensacionalista, o infanticídio da "mãe desnaturada" que não quis criar o fruto dos seus amores clandestinos ou, quando possível, o aborto nas mãos perigosas da primeira fazedora-de anjos, ou ainda, o tresloucado suicídio, ante o estigma infamante de prostituta. No entanto, várias criaturas que destilam veneno pelos lábios pérfidos, ultrajando a infeliz cobaia do homem fescenino, mal dominando as suas taras compensadas na intimidade "oficial" do lar, julgam-se de um comportamento irrepreensível, confundindo a bênção do casamento depois da queda do noivado, com virtude impoluta.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

TODAS AS CRIATURAS SÃO MÉDIUNS?


PERGUNTA:  Qual a espécie de mediunidade mais avançada?



RAMATIS:  Sem dúvida, é a Intuição Pura. Embora não seja fenômeno atestável espetacularmente no mundo exterior da matéria, é a mais sublime faculdade oriunda de elevada sensibilidade espiritual. É natural e definitiva, espécie de percepção panorâmica que se afina tanto quanto o espírito mais se ajusta nas suas relações e inspirações das esferas mais altas para a carne. É o "elan" que une a alma encarnada diretamente à Mente Divina que a criou, facultando-lhe transferir para a matéria o verdadeiro sentido e entendimento da vida espiritual superior. Uma vez que a mediunidade não é, propriamente, uma faculdade característica do organismo carnal, mas o recurso sublime para fluir e difundir-se o esclarecimento espiritual entre os homens, ela mais se refina e se exalta tanto mais o seu portador também se devote ao intercâmbio superior do espírito imortal. É o próprio dicionário terreno que vos explica o fenômeno. Intuição — diz ele, é o ato de ver, percepção clara, reta, imediata, das verdades, sem necessidade de raciocínio; pressentimento, visão beatífica. 

A intuição é, pois, o estágio mais elevado do espírito; é o corolário de sua escalonada desde o curso primitivo do instinto até à razão angélica. Evidentemente, enquanto o homem for mais dominado pela razão humana, também será mais governado pelas forças rígidas do intelecto, escravo do mundo de formas e submetido às leis coercivas da vida física. Só a intuição pura dá-lhe a percepção interior da realidade cósmica, ou então permite-lhe a concepção panorâmica do Universo. É, na verdade, a faculdade inconfundível que "religa" a criatura ao seu Criador. É a divina lente ampliando a visão humana para descortinar a sublimidade da vida imortal.

A pureza cristalina da Intuição Pura foi o apanágio dos seres de alta estirpe espiritual e que delinearam roteiros de luzes para o vosso orbe, qual o fizeram Crisna, Confúcio, Pitágoras, Buda, Jesus, Francisco de Assis e outros que, em peregrinação pela vida física, conservaram-se permanentemente ligados às esferas sublimes do espirito superior, qual ponte viva a unir o mundo exterior da matéria à intimidade do Espírito Cósmico. A Intuição Pura é a "voz sem som", a "voz interior", a "voz do som espiritual", que fala na intimidade da alma; é a linguagem misteriosa, mas verdadeira e exata, do próprio Eu Superior guiando o ego lançado na corrente evolutiva das massas planetárias.

terça-feira, 26 de abril de 2016

A MEDIUNIDADE EVOLUI?



PERGUNTA:  A Mediunidade evolui?



RAMATIS:  Tanto quanto evolui o psiquismo do homem, pois ela é correlata com o seu progresso e a sua evolução espiritual. Mas é necessário distinguir que o padrão evolutivo da mediunidade não deve ser aferido pela produção mais ostensiva dos fenômenos incomuns do mundo material. Assim é que o médium de fenômenos físicos, embora possa produzir uma fenomenologia espetacular e surpreendente aos sentidos carnais, nem por isso sobrepõe-se ao médium altamente intuitivo, como fruto de elevado grau espiritual do homem. Enquanto os fenômenos físicos dependem fundamentalmente da maior ou menor cota de ectoplasma produzido pelo médium, a fim de permitir a materialização dos desencarnados no cenário físico, o médium intuitivo e de alto nível espiritual também é capaz de transmitir mensagens que ultrapassam a craveira comum da vida humana. 
Embora não surpreenda nem satisfaça os sentidos físicos com suas comunicações de caráter puramente espiritual, ele pode traçar roteiros definitivos para o progresso sideral dos homens. No primeiro caso, a mediunidade de fenômenos físicos se manifesta espetacular ao operar no mundo das formas, mas é acontecimento transitório que, embora a muitos convença da realidade espiritual, nem sempre os converte para o reino amoroso do Cristo. No caso da intuição pura e elevada, o ser descortina a realidade crística dos planos superiores, despreocupado de provar se a alma é imortal, pois"sente" em si mesmo que a sua ventura lhe acena além das formas perecíveis do mundo fenomênico da matéria. 
A mediunidade de Francisco de Assis era para si mesmo a faculdade divina que o fazia vislumbrar a paisagem do mundo angélico de Jesus, sem necessidade de qualquer demonstração espetacular e fenomênica de materializações, levitações ou voz direta dos desencarnados. Em conseqüência, a mediunidade intuitiva, ou mais propriamente a "mediunidade espiritual", é faculdade superior a qualquer outra mediunidade que ainda dependa da fenomenologia do mundo terreno e transitório, para então provar-se a realidade do espírito imortal.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

O BENEFÍCIO DAS PROVAS CÁRMICAS



PERGUNTA: Podeis dar-nos algum exemplo mais objetivo de que a criatura humana é sempre beneficiada, mesmo quando submetida à mais terrível prova cármica?

RAMATIS:  Suponde, para exemplo, um espírito encarnado num corpo físico com paralisia total dos seus membros inferiores. Isso para ele é um mal porque, devido ao efeito cármico que lhe tolhe os movimentos das pernas, deixa de participar a contento do curso da vida transitória do mundo material. No entanto, em tal caso, a ação restritiva da Lei não tem por objetivo fazê-lo expiar de modo doloroso os seus erros do pretérito, mas apenas desenvolver-lhe um melhor senso diretivo dos seus passos futuros. Se o impede de participar ativamente das movimentações comuns da vida física e o manieta pela paralisia, assim o faz para obrigá-lo a uma existência mais introspectiva e ao constante esforço reflexivo que também lhe apura o psiquismo.
A paralisia ou deformidade que o junge a uma cadeira de rodas ou leito de sofrimento não só o obriga a uma vida mais psíquica, como o afasta das paixões perigosas e das ilusões que vicejam nos caminhos do trânsito fácil da matéria. O paralítico, então, pode melhor desenvolver os bens do espírito e instruir-se mais facilmente, pois bem menores são as suas necessidades materiais e também sobeja-lhe maior cota de tempo para compensar os prejuízos do pretérito. O que pode parecer punição ou expiação espiritual, para as criaturas ignorantes do sentido criador e da recuperação cármica da alma, nesse caso não passa de retificação da onda da vida, que estava desarmonizada com a consciência do ser.

domingo, 17 de abril de 2016

A ESCOLHA ENTRE O CÉU E O INFERNO...




"E o sujo ficará mais sujo, e o santo mais santo".
                                                 Jesus 



Ninguém poderá alegar ignorância. Pode-se escolher entre o Céu e o Inferno, pois, há um clima de máxima liberalidade na lascívia humana, como o sexo grupal, terapêutica sexológica, onde o erotismo se confunde com a técnica de aspecto criativo. Existe todo um clima indisciplinado de satisfação até a exaustão dos desejos, das paixões, como solução dos problemas humanos. Hoje, no seio da humanidade terrícola, o sexo é produto de primeira necessidade, e é plenamente justificado por si mesmo, derrubando tabus, restrições, pudores e contenções, os quais passam a ser artificialismos, ou falsa moral. Os seres se buscam, atraídos na mesma faixa de satisfação erótica. Fervilham obras em que a pornografia e a exposição científica fundiram-se na linha divisória e, dificilmente, podem ser identificadas as verdadeiras mensagens, e transformam-se em "best-sellers" mundiais. Escritores desavisados da realidade espiritual, da função educativa do orbe e da finalidade dos renascimentos carnais despejam toneladas de tinta sobre o papel pregando a lascívia, como absoluta liberdade de expressão oral ou gestual, dando nova feição psicológica para as práticas sexuais, como meio de sublimação superior. Na realidade, a "Besta ri cinicamente", porque, sob a cortina da falsa erudição, ou desconhecimento científico sexual, os vassalos da Besta usufruem, tão somente, os ricos proventos das edições incessantes.

terça-feira, 12 de abril de 2016

“CÓDIGOS” DE UMBANDA



PERGUNTA: Percebemos uma proliferação de "códigos" de umbanda. Aos umbandistas, em sua maioria não muito afeitos ao estudo, esses "tratados" parecem definitivos, complicados e de difícil entendimento. Tanto isso é verdadeiro que proliferam os cursos pagos para acesso aos mistérios, muitos formando "magos". Isso é condizente com a mediunidade natural e inequívoca (Zélio de Moraes incorporou o Caboclo das Sete Encruzilhadas aos 17 anos, sem nenhum curso), com a simplicidade e a essência da umbanda, ou seja, realizar a caridade?

RAMATÍS:  Desde os idos da saudosa Atlântida, o acesso aos mistérios sagrados foi de natureza seletiva. Impunha-se alta moralidade e índole psicológica afeita ao altruísmo aos iniciantes, no sentido de preservarem os conhecimentos ocultos da aplicação negativa no campo da magia.
Nos dias atuais, o conhecimento está plenamente democratizado, e cada um elege para si aquilo que o atrai em afinidade. No caso do canal mediúnico que irrompe de forma inequívoca e natural, em que uma entidade de alta estirpe moral se apropria da aparelhagem psíquica do médium, ditando orientações de alto valor doutrinário, inevitavelmente trata-se de espíritos que tiveram longa e árdua formação em várias encarnações. 
É preciso entender que um ritual nada mais é que um meio de organização terrena para disciplinar os atos invocatórios de acesso aos planos ocultos, ocorrendo as verdadeiras iniciações no templo interior de cada criatura. Portanto requer amor e ações práticas de auxílio ao próximo, sem interesses personalistas, desde épocas anteriores à atual encarnação. Ritual de iniciação aplicado se o iniciando não tem outorga e cobertura espiritual é como uma carta remetida para endereço inexistente: as energias invocadas e evocadas pela força mental do médium iniciador não encontrarão imantação no objeto da iniciação.  Ocorre nos dias atuais um atavismo em muitos religiosos de antanho que se encontram, dentro do movimento de umbanda, dispostos espiritualmente a criar castas e séqüitos, como se fossem proprietários da verdade definitiva, sem nenhum comprometimento com a preexistência espiritual dos rebanhos que pagam para ser iniciados coletivamente. É mais uma apoteose ritualística externa coletiva que se "acasala" no espúito acrisolado no escafandro grosseiro, ofuscado pelos rituais metódicos, do que interiorização do cidadão entre dimensões de vida diferentes. 
A luz e a simplicidade da espiritualidade, a qual abarca todas as religiões, pois em todas está, começam a despontar nas consciências muito antes da atual encarnação. Para entenderdes a profundidade dessa assertiva, será uma surpresa para vós dizer que, quanto mais simples e amoroso fordes, mais espiritualizado sereis, numa relação direta de proporcionalidade, seja qual for vossa religiosidade. Vosso intelecto é constritivo e vos separa da totalidade como espírito. Enquanto as consciências sacerdotais (e para ser sacerdote não é preciso ser médium) estiverem retidas nas discussões intelectuais que fortalecem a mente concreta, não conseguirão sentir as percepções elevadas das verdades cósmicas.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

A MEDIUNIDADE E O “CONSOLADOR” PROMETIDO





PERGUNTA:  Que relação há entre a mediunidade e o "Consolador" prometido por Jesus? Que é, propriamente, a mediunidade?

RAMATÍS:  A mediunidade é um patrimônio do espírito; é faculdade que se engrandece em sua percepção psíquica, tanto quanto evolui e se moraliza o espírito do homem. A sua origem é essencialmente espiritual e não material. Ela não provém do metabolismo do sistema nervoso, como alegam alguns cientistas terrenos, mas enraíza-se na própria alma, onde a mente, à semelhança de eficiente usina, organiza e se responsabiliza por todos os fenômenos da vida orgânica, que se iniciam no berço físico e terminam no túmulo. 
A mediunidade é faculdade extra-terrena e intrinsecamente espiritual; em sua manifestação no campo de forças da vida material, ela pode se tomar o elemento receptivo das energias sublimes e construtivas provindas das altas esferas da vida angélica. Quando é bem aplicada, transforma-se no serviço legítimo da angelitude, operando em favor do progresso humano. No entanto, como recurso que faculta o intercâmbio entre os "vivos" da Terra e os "mortos" do Além, também pode servir como ponte de ligação para os espíritos das sombras atuarem com mais êxito sobre o mundo material.

domingo, 10 de abril de 2016

EUTANÁSIA

PERGUNTA: Segundo a conceituação, eutanásia seria a morte sem sofrimento; a morte feliz, em seu sentido orgânico; porém, sobre o aspecto espiritual, como a interpretar?
RAMATÍS:  Para os espiritualistas reencarnacionistas, constituiria um desperdício de tempo e energia apressar o desencarne de qualquer pessoa. Muitas delas necessitam ficar mais algum tempo no corpo carnal, cumprindo os seus ditames cármicos e, nesse caso, obrigaria a uma nova vida material para cumprir
alguns dias ou meses completando o tempo necessário na eliminação de energias deletérias.
PERGUNTA:  Mesmo quando se tratar de enfermos terminais, sem qualquer possibilidade de cura, e padecendo de dores atrozes?

RAMATÍS:  Sim. E as leis humanas, como reflexo dos princípios que regem o Universo, a consideram crime perante os códigos legais e as religiões dogmáticas a classificariam entre os pecados. Repetimos: ninguém tem o direito de matar qualquer ser, mesmo nos processos dolorosos insuportáveis e resistentes aos mais potentes analgésicos e, ainda, quando a previsão da ciência oficial for de morte.
O tempo de vida de cada criatura é -resultado de suas necessidades evolutivas na experiência da vida terrena para a ascensão espiritual.
Como pode o homem, cego para o mundo maior, arrogar-se o direito de modificar o desenvolvimento anímico do indivíduo, se desconhece as razões da vida e da morte?
Pode livrar, aparentemente, o doente de suas aflições dolorosas, entretanto não o livra de suas obrigações espirituais no universo paralelo da matéria quintessenciada. Aliás, em Esparta — na Grécia Clássica — jogavam-se as crianças com defeitos físicos ou psíquicos do cimo da Rocha Tarpéia, como processo eugênico de eliminar os possíveis socialmente inúteis. Mas, isso ocorreu numa etnia bastante bárbara e primitiva. Em circunstância alguma, por mais racional que seja a argumentação, cabe ao homem o direito de deliberar e julgar sobre a vida e a morte de seu próximo, ou a própria. Cada criatura traz um programa de vida, ao deixar o Além para reencarnar. Esse programa vivencial, diríamos, numa linguagem cibernética, é formado por vários projetos — profissional, social, familiar, onde estão previstas as metas máximas e mínimas, dentro de um tempo mais ou menos determinado e, além disso, o seu perispírito traz cargas pesadas de energias negativas, que, no processo de higienização pessoal, passam para o mata-borrão carnal, com todas as dores e angústias devidas pelo ser eterno.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

AS PALAVRAS PRONUNCIADAS DURANTE A PRECE





PERGUNTA: - Cremos que as palavras pronunciadas durante a prece são de pouca importância e eficácia. Não é assim?



RAMATÍS: - As palavras também se configuram na mente humana durante a prece porque lhes cabe a função de expressar as idéias e os variados estados de espírito do homem, embora os seus lábios não as pronunciem. A oração sem palavras "pensadas" ou "pronunciadas" seria então o estado de espírito do "samadhi" tradicional dos hindus. 4  No entanto, o homem só pode orar quando parte de um motivo ou de uma idéia que ele associa a outras idéias mais ou menos sublimes, até estabelecer em si mesmo um ritmo psíquico cada vez mais ascendente.

4 - Nota do Revisor: "Samadhi" é um estado de espírito de pura abstração e peculiar das almas santificadas. No Ocidente é conhecido pelo "êxtase" dos santos.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

A FORÇA DA LEI DO CARMA




PERGUNTA: — Sabido, como o é, que as moléstias do corpo físico têm íntima relação não só com os desvios do espírito na presente encarnação como com os desvios praticados em encarnações passadas, que se refletem na vida presente por força da Lei do Carma, desejaríamos saber que papel está reservado ao médico ou que valor pode ter a sua atuação no caso de moléstias de origem cármica ou espiritual. Podeis esclarecer a esse respeito?



RAMATIS: — Os médicos ajudam as criaturas sofredoras a suportar e resistir estoicamente às dores provocados pela sua própria expurgação deletéria descida do perispírito para a carne. Eles promovem os hiatos de alívio e de convalescença, contribuindo para que os enfermos não atinjam a fase de saturação e desespero psíquico quando submetidos a um excesso de sofrimento contínuo e acerbo.

No futuro os médicos, além de preciosos servidores vigiando a composição sadia do corpo físico, também cumprirão a sublime tarefa de ajudar o equilíbrio mental e emotivo de seus pacientes, orientando os para a vivência evangélica, que efetua a cura definitiva da alma.

DO LIVRO: “FISIOLOGIA DA ALMA” RAMATÍS/HERCÍLIO MAES – EDITORA DO CONHECIMENTO.


















domingo, 3 de abril de 2016

AS CABEÇAS DA BESTA


PERGUNTA: Qual o significado do que diz João Evangelista, no Apocalipse: "E vi uma de suas cabeças como ferida de morte; e foi curada a sua ferida mortal"?

RAMATÍS:  Considerando que as "cabeças" da Besta significam a força perigosa dos instintos animais, quer isso dizer que a Besta foi ferida justamente no seu potencial de ódio, quando o Cordeiro baixou à Terra para pregar o Amor. O sacrifício de Jesus, o martírio dos cristãos nos circos e o dos apóstolos em vários pontos do mundo, renunciando à vida da carne para exaltação do amor, significaram um ferimento mortal na cabeça odiosa da Besta, que promove a separação entre os seres, as raças e as doutrinas. 
Jesus viera reunir as ovelhas sob o cajado de um mesmo pastor, e por isso nenhuma delas se perderá! 
No princípio do Cristianismo a Besta começou, então, a ser tolhida num dos seus mais terríveis instintos animais, do que resultou diminuir o ódio entre os homens que, assim, corriam ao apelo do Evangelho. A força vigorosa que feriu a cabeça da Besta provinha daqueles primeiros seres que seguiam os ensinos do Cristo e que, mais tarde, foram sendo substituídos pelos frades trapistas, os capuchinhos, os bernardinos e eremitas de toda espécie, que percorriam o mundo pregando o amor e convidando o homem a reduzir a sua violência milenária. Era uma mensagem viva, de sacrifício e de pobreza honesta, de dignidade humana e renúncia em favor do próximo, que esses homens traziam sob a inspiração do Cristo! Os Mentores do Alto já se rejubilavam nessa ofensiva crística à Besta, aumentando o número de "direitistas" a se salvarem no futuro exame severo do "juízo final". 
O Cristo ferira de morte uma das cabeças da Besta, justamente a do ódio entre os homens; mas a Besta conhecia a debilidade humana, e tratou de explorá-la, mesmo ferida de morte e ainda exangue, pois encontrara o meio sorrateiro para ser curada em sua ferida mortal! E, em consequência, o Evangelho do Senhor começou a ser olvidado. E a Besta inspirou, então, as sangrentas campanhas das cruzadas e semeou a morte, a dor e o sangue nas campinas verdejantes do mundo, "glorificando-se na insolência e na blasfêmia" porque a solerte mensagem de ódio e de crimes fora justamente pregada em nome do Cristo! E foi curada a sua ferida mortal, pois aquele que a havia ferido de morte, a Besta o invocou perfidamente para acobertar o próprio ódio que semeou sob o disfarce de um falso amor.
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