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- Tanto que, ao transferir para esses corpos, em definitivo, a sua consciência
- ao fim do longo (põe longo nisso!) trajeto na Senda da Sabedoria, o homem
torna-se um Mestre, um Homem Perfeito, unido à Consciência Divina. É o "espírito
puro" que Kardec mencionou. É a criatura que assumiu a própria perfeição
latente, tornando-se o ser divino que sempre foi. "Não ouvistes que foi
dito 'Vós seis deuses'?", disse Jesus, citando a Sabedoria Milenar.
O
importante é salientar bem a natureza
divina, portanto irretocável, desses três corpos
- átmico, búdico e causal, que compõem o nosso Eu
Real (o Self,
de Jung)."Somos deuses" em nossa Individualidade - atma-buddhi-manas.
Será
preciso mais para caracterizar a perfeição desse território superior de nosso
ser? Esse é o nosso Deus Interno, a nossa Alma Imortal, a divina Psiché, cuja face
Eros não podia enxergar na escuridão (da matéria). A Mitologia Grega também é
boa para clarear as idéias.
Resumindo:
o que já é, por definição, perfeito, não precisa ser aperfeiçoado. É de um primarismo
constrangedor, não é mesmo? Mas a dura experiência nos ensina que o óbvio, ai
de nós, nem sempre é ululante. ...
Mas
não esqueçamos a "porção inferior" do centauro - o Eu Inferior, a
Personalidade, o Ego – ou Quaternário Inferior, constituído dos corpos Mental Concreto,
Astral, Etérico e Físico Denso.
Esses
quatro veículos transitórios e perfectíveis -
insistamos nesse termo: perfectíveis = passíveis
de aperfeiçoamento - são os instrumentos que nosso
Eu Superior utiliza para atuar nos três
"mundos da ilusão" (mental, astral e físico), ali construindo a
ampliação consciencial que o habilitará
a "retomar" ao nível divino.
Somente
aqui, nesses quatro veículos "inferiores", podem registrar-se as
temporárias "imperfeições" de nosso caminho evolutivo. São os
"cadernos escolares" onde rabiscamos, primeiro em garranchos
assustadores, depois em letra mais caprichada, as lições do curso "Como Tomar-se
Divino" que estamos fazendo, nas escolas planetárias deste universo.
Quando
nossa consciência "desceu" do nível divino, e mergulhou nos planos
inferiores para evoluir, sendo portanto "expulsa do paraíso" - que
era a consciência enfocada ao nível de atmabuddhi- manas - foi delimitada uma
barreira impeditiva de seu retomo imediato. Tal é o simbolismo do "anjo
com uma espada flamejante" colocado como "sentinela ao redor do
Jardim do Éden"
(vide
Gênese), para garantir que Adão e Eva não pudessem retomar pulando o muro. Só poderemos
retomar pela porta da frente - depois de, em evos incontáveis, termos
abandonado em definitivo a nossa "parte de baixo do centauro" - os
quatro veículos, repitamos, perfectíveis
(cheios de rabiscos feitos desde o Jardim da
Infância da evolução).
Do livro: “JARDIM DOS ORIXÁS”
RAMATÍS/NORBERTO PEIXOTO – EDITORA DO CONHECIMENTO.
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