PERGUNTA: Há
a necessidade de pontos riscados e cantados, de defumações e águas de essências
perfumadas nos rituais de Umbanda?
VOVÓ MARIA CONGA:
Podemos dizer que os homens são cobertos por energias e magnetismo. Essas
vibrações são responsáveis pela manifestação da vida na forma que os filhos
conhecem no planeta Terra: mineral, vegetal, animal, hominal e astral. As energias
etéricas têm polaridades, ativa e passiva, positiva ou negativa, e se cruzam,
estando interpenetradas. Dentro das sete linhas vibratórias dos orixás, se
fazem necessários pontos riscados de identificação que reluzem vibratoriamente
com forte magnetismo de atração no "lado de cá". As energias manipuladas
atraem, absorvem, potencializam e expandem os fluidos movimentados pelos
caboclos e pretos velhos. Na verdade, os pontos riscados são como se fossem
elos identificadores que fazem a conjunção do tipo de energia utilizada com a
vibração específica da linha vibratória. Para que as forças que constituem
esses elos sejam movimentadas especificamente para os trabalhos de Umbanda, é
imperioso que haja o acionamento de determinados códigos de acesso, consoante o
resultado que se queira alcançar.
É um ato litúrgico que envolve a magia das entidades,
que aglutinarão etericamente em torno dos traços riscados os fluidos e energias
benéficas.
Os riscos simbolizam a identidade da linha solicitada,
da entidade e do tipo de trabalho exigido, e servem como sinalizadores para as
falanges envolvidas nessas demandas mais densas e que exigem grande quantidade
de ectoplasma.
Os pontos cantados servem como verdadeiros mantras,
elevando a vibração e a egrégora pelos sons articulados conjuntamente, e
facilitam o intercâmbio mediúnico. Não têm nenhuma relação com a batucada
ensurdecedora de atabaques que acabam incentivando o animismo e as
mistificações.
O Pai propiciou aos filhos vários sentidos para que pudessem
perceber o mundo físico que os cerca e galgarem a evolução na Terra.
O olfato,
dependendo dos aromas, aflora emoções e sentimentos. Os aromas podem deixar os
homens agitados ou calmos, ansiosos ou relaxados. Antigamente, utilizado nos
rituais do Egito antigo, dos hindus, dos persas, e hoje na Umbanda e no
Catolicismo, entre outros, o olfato é ferramenta de sensibilização que
harmoniza e favorece a percepção psíquica, em que a recepção e inspiração
mediúnica são facilitadas.
Além dos odores envolvidos, as ervas, com seus
princípios químicos, quando queimadas e eterizadas, se tornam poderosos agentes
de limpeza astral e de cura, mantendo mais agradável o ambiente.
Do livro: “Evolução No Planeta
Azul” Ramatís e Vovó Maria Conga/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento.
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