PERGUNTA: Qual o tipo de médium cujo espírito se afasta do corpo físico e o deixa em
completo transe mediúnico? É o sonambúlico?
RAMATÍS: Conforme já vos temos esclarecido, dificilmente existe absolutasimilaridade
de técnica ou a mesma exatidão no exercício da mediunidade, entre um médium e
outro, quer seja ele intuitivo, incorporativo ou de efeitos físicos. O fato de
o espírito abandonar o corpo carnal do médium não implica em classificá-lo, de
imediato, como um sonâmbulo, na acepção da palavra com que se costuma denominar
o intermediário inconsciente entre os desencarnados e os encarnados. Assim, existe
o médium de incorporação, sonâmbulo e inconsciente, cujo espírito se afasta do
seu organismo físico, enquanto outro desencarnado fala ou escreve diretamente
por ele, senhor absoluto da casa alheia. Há, também, o medianeiro que abandona
o seu corpo e não o cede a ninguém. Ele mesmo é quem toma conhecimento dos
fenômenos do mundo astral e depois os relata convicto de que esteve sob a
incorporação ou influências de um desencarnado.
Daí
existir o médium que ao mesmo tempo é anímico e mediúnico, cujo espírito se afasta
do seu organismo material e, em liberdade, participa dos fenômenos do mundo
oculto, entrando em relação com os espíritos desencarnados e mesmo os
encarnados. Trata-se de faculdade facilmente confundível com a do médium
sonâmbulo ou de incorporação total, em que o espírito e o perispírito também
deixam o seu corpo físico durante o transe mediúnico, enquanto os desencarnados
podem se manifestar por ele revelando todas as suas características pessoais e
cuja comunicação se processa sem o conhecimento do seu intermediário.
PERGUNTA:
Poderíeis nos esclarecer melhor sobre esse tipo de médium, que ao mesmo tempo é
anímico e mediúnico, conforme no-lo dissestes?
RAMATÍS:
Trata-se de um médium
cujo espírito e perispírito, tal como no caso do incorporativo, também se
afastam do corpo carnal durante o sono hipnótico ou por qualquer acontecimento
emocional incomum, ficando preso unicamente pelo cordão fluídico ou
ectoplásmico da terminologia espírita, mais conhecido como o "cordão
prateado" dos esoteristas, rosa-cruzes e yogas.
Embora
sem as características do incorporativo, esse tipo de médium, enquanto dorme,
pode ausentar-se facilmente do seu organismo físico e até manifestar-se a longa
distância, em cuja liberdade astral às vezes emerge a sua memória etérica do
passado, e ele passa a descrever cenas e fatos de suas vidas precedentes, embora
os confunda por vezes com acontecimentos próprios de sua atual existência.
Atuado pela influência regressiva da memória sideral, o médium
anímico-mediúnico pode reassumir nas sessões espíritas a sua própria
personalidade vivida na existência anterior, crente de que é agora um espírito desencarnado
em comunicação.
Em
geral, é criatura facilmente hipnotizável; cede também às sugestões alheias e
às vontades mais fortes, entrando rapidamente no transe sonambúlico natural.
Durante o transe revela sonhos premonitórios, descreve paisagens distantes e
reflete com clareza os acontecimentos submersos ou estratificados na sua
memória sideral-etérica. Quando hipnotizado, divulga os mínimos detalhes de suas
existências passadas e impregna os seus relatos de fortes emoções que
impressionam pelo aspecto comovente.
Do livro: “Mediunismo” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do
Conhecimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.