Pergunta:
- Acreditamos que a assistência do Alto muito deverá ajudar no mais breve
entendimento da imortalidade àqueles que se devotam às práticas e aos
exercícios espirituais; não é assim?
Ramatís:
- As igrejas católicas, os templos protestantes, adventistas,
budistas,muçulmanos ou as sinagogas hebraicas; os centros espíritas, instituições
esotéricas e tendas umbandistas, vivem todos repletos de criaturas ainda tão
escravizadas à liturgia e à adoração inútil das formas terrenas que, em lugar
de tentarem o seu despertamento mental para a verdadeira vida do espírito
eterno, transformam suas crenças habituais numa dose de ópio com que procuram
esquecer suas complicações e tricas cotidianas, ou então na solução precária
dos seus caprichos e interesses.
Em
geral, no seio dos sistemas religiosos ou das doutrinas espiritualistas,
movem-se grupos de criaturas transformadas em "pedintes",
exclusivamente interessadas em obter do céu a solução de problemas corriqueiros
da vida física, e que raramente se preocupam com os deveres principais da
própria alma, que é a grande esquecida de todos os tempos!
Desinteressam-se
de ativar suas forças psíquicas e treinar a alma para a postura evangélica superior,
que são fundamentos essenciais para a manifestação do anjo venturoso. Quando o véu
da morte se estende sobre tais criaturas, que fazem de suas crenças um motivo
de mendicância religiosa e se atrofiam na parasitose deliberada, então ingressam
no Além quase que de mãos estendidas, constituindo-se em pesada carga viciada
pela ociosidade espiritual, que ainda vai onerar os labores sacrificiais dos
desencarnados benfeitores.
Há
demasiado desinteresse entre quase todos os encarnados em conhecerem as suas próprias
necessidades íntimas, pois atravessam a vida física em doida fuga do mais débil
sofrimento c de qualquer vicissitude material, em lugar de recebê-los como
lições valiosas, que renovam e retificam o espírito, a fim de que se possa libertar
definitivamente do melancólico
ciclo das reencarnações planetárias. Embora a vida física seja o processo
natural de evolução e desenvolvimento da consciência espiritual, o terrícola
prefere escravizar-se completamente à rotina monótona de beber, mastigar, vestir-se,
dormir e procriar, qual autômato hipnotizado ao culto exagerado das formas
transitórias da vida física.
Ramatís - “A
Sobrevivência Do Espírito”(Atanagildo) Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.
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