PERGUNTA: Qual é a diferença entre o feitiço verbal e o feitiço mental?
RAMATÍS: Sem dúvida, quer seja feitiço verbal ou mental, o pensamento é
sempre o elemento fundamental dessa prática maléfica, pois não existem palavras
sem pensamentos e sem idéias. Quando o homem fala, ele mobiliza energia mental
sobre o sistema nervoso, para então acionar o aparelho de fonação e expressar
em palavras as idéias germinadas na mente. E o feitiço mental ainda pode ser
mais daninho do que através da palavra, pois é elaborado demorada e friamente
sob o calculismo da consciência desperta, em vez de produto emotivo do instinto
incontrolável. O enfeitiçamento verbal produzido pela maldição ou pela praga
pode gerar-se num arrebatamento de cólera, contrariedade ou desforra de natureza
mais emotiva ou explosiva, produzindo mais fumaça do que ruínas! Faltando-lhe a
premeditação, que confirma o impacto ofensivo, também pode ser menos
prejudicial.
PERGUNTA:
- Quais são os motivos que tornam o feitiço mental mais ofensivo do que o
enfeitiçamento verbal?
RAMATÍS: O feitiço mental, quase sempre, é fruto do ciúme, do amor-próprio,
da frustração, vingança e humilhação, pois germina e cresce no silêncio
enfermiço da alma e sob a consciência desperta do seu autor. O feitiço mental
pode ser mais grave do que o feitiço verbal, porque fecunda-se na covardia
silenciosa e ignorada do mundo profano. Quem amaldiçoa ou roga pragas, assume
em público a responsabilidade de sua desforra intempestiva. Mas o que enfeitiça
pela mente, resguarda-se no anonimato hipócrita e ainda continua a gozar de bom
conceito público.
Do Livro: “Magia de Redenção”
Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.
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