PERGUNTA: - Assim que reformarmos as
leis da Terra, os alunos também alcançarão melhor graduação espiritual, não é
assim?
RAMATÍS: Querer reformar o cenário da Terra sem, antes, cristianizar o homem,
e seu habitante, é como tentar endireitar a sombra de uma vara torta sem,
primeiro, endireitar a vara. O ambiente moral e social da Terra é a projeção
coletiva ou a média espiritual de cada um dos seus cidadãos de "curso primário".
Assim que tais alunos completarem o seu curso de alfabetização espiritual e merecerem
sua transferência para outros orbes de melhor graduação sideral, nova leva de
"analfabetos" baixa do mundo Invisível, para substituir os que forem
promovidos. As modificações fundamentais do ambiente
da Terra dependem essencialmente de melhorar o padrão espiritual dos seus
habitantes pois os alunos analfabetos não se mostrarão mais inteligentes só
porque pintam as paredes do grupo escolar. A simples providência de se vestir o
selvagem com fraque e cartola não o torna um fidalgo capaz de habitar luxuoso
hotel.
Os espíritos alfabetizam-se participando
do drama evolutivo no velho cenário terreno em que a vida é um acontecimento
importante; mas, na realidade, as cenas e os fatos se repetem, como já acontece
há séculos, sob outras vestes e costumes, pois as ligações são semelhantes.
Lembra o que acontece com as escolas primárias modernas, em que apesar de se
providenciar. melhor ambiente, mais luz, higiene e adotar-se métodos pedagógicos
eficientes, os alunos têm sempre de começar pelo abc. O pior é que já escasseia o prazo para os
alunos terrenos reprovados na atualidade, ou necessitados de uma "segunda
época", pois o Alto já decretou a promoção do educandário terreno para a
escola ginasial, restando aos rebeldes, preguiçosos, tardios e relapsos o
recurso de serem transferidos para outra escola primária, talvez em condições educativas
mais precárias. (10)
Mas o Espiritismo muito fará para
esclarecer o terrícola nesta "hora profética", cumprindo-lhe, então,
popularizar os ensinamentos ocultos já manuseados por outros movimentos
espiritualistas, pois a codificação espírita, em verdade, ainda não terminou; aliás,
prossegue incessantemente regi da pela mente espiritual do próprio Allan Kardec.
10 - Vide "Mensagens do Astral", de Ramatís,
capítulo XI, "Os que emigrarão para um planeta inferior", em que tal
assunto é bem esmiuçado.
PERGUNTA: - No entanto, quanto aos ensinamentos
espiritualistas dos povos egípcios, cal deus, essênios, hindus e outros, o homem
de hoje, em face do atual progresso cientifico já está em condições de aprender
os conhecimentos esotéricos de modo claro, sem qualquer simbologia exterior.
Não é assim?
RAMATÍS: Sob a responsabilidade dos espíritos superiores, a literatura espírita
tem por objetivo essencial conduzir o terrícola à sua mais breve angelitude. Os
termos e as definições ocultistas, muito familiares aos orientais, realmente
parecem excêntricas ou exóticas para o ocidental demasiadamente apegado às
provas materiais.
Porém, sob a inspiração do Alto, o
Espiritismo já atualiza os ensinos milenários do Oriente, assim como também os
comprova à luz dos laboratórios da Ciência profana, expondo à compreensão do
homem comum aquilo que antigamente só era conhecido dos velhos iniciados
templários. (11) Os ensinamentos da Vida Espiritual, quando
são demasiadamente complexos ou avançados, transbordam da mente comum e
perturbam o homem imaturo, podendo torná-lo num místico exagerado, ou num ateu
irredutível.
11) - Nota do Revisor: Ramatís tem razão, pois a
literatura espírita e mediúnica já amplia as suas demarcações doutrinárias sob
o contato e pesquisa dos outros movimentos espiritualistas, mas sem abalar os
seus fundamentos morais. Aliás, já consignamos em alguns rodapés de obras anteriores,
trechos de mensagens do Além, que corroboram perfeitamente esse recente cometimento
espiritista. A obra "Entre a Terra e o Céu", páginas 126 a 129, de
André Luiz, através de Chico Xavier, aborda o assunto milenário dos
"chacras" ou centros de força do duplo etérico, explicando-os mesmo
sob a nomenclatura hindu, como o chacra coronário considerado o "lótus de mil
pétalas". E expõe longa dissertação sobre a fisiologia do perispírito nos
moldes da fisiologia oriental; enquanto Emmanuel, no capo "Perispírito",
da obra "Roteiro", diz: "O perispírito não é um corpo de vaga
neblina e sim organização viva a que se amoldam as células materiais".
Vide as obras: "Roteiro", de Emmanuel; "Evolução Em Dois
Mundos", de André Luiz, principalmente os capítulos "Corpo
Espiritual", "Metabolismo do Corpo e da Alma"; e também os
capítulos IV, V, X, XI e XV da obra "Mecanismos da Mediunidade";
capítulo "Mentalismo", de Miguel Couto, inserto na obra "Falando
à Terra". Todas editadas pela Livraria da Federação Espírita Brasileira.
Do livro: “Elucidações do Além”
Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.
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