Sabedoria Ramatis

Sabedoria Ramatis

sábado, 30 de setembro de 2017

O QUE É A DOR?

PERGUNTA:  O que é a dor, enfim? Como poderíamos ter uma ideia mais precisa da ação oculta da dor?

RAMATÍS:  Todas as manifestações materiais são resultantes do eletromagnetismo que imanta, une ou separa os corpos físicos e espirituais.
A dor é o produto desse desequilíbrio eletromagnético psicofísico na estrutura do conjunto humano. Assemelha-se a uma sobrecarga gerando um curto circuito ou a queima de componentes, que ocorre na rede magnética ou eletrônica formadora do perispírito, repercutindo nas regiões orgânicas mais afins ou vulneráveis, perturbando a harmonia energética. Sem dúvida a dor tem origem nas alterações do psiquismo, quando excitado ou deprimido pelas paixões, vícios, sensações primárias ou emoções descontroladas, expressando-se na periferia do organismo. São as expressões psicossomáticas, já reconhecidas por alguns médicos atônitos diante dos fenômenos observados. Consequentemente, a dor e a enfermidade variam de acordo com o estado moral, intelectual e consciencial de cada criatura. Há doentes que encenam um dramalhão tragicômico por causa de um simples resfriado; outros, mesmo sabendo serem portadores de câncer incurável, mantêm-se otimistas, tranquilos e confiantes no seu destino espiritual, servindo ainda como exemplo de resignação.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

"O Evangelho do Cristo, tratado cósmico de ascese espiritual, recomenda "amar o próximo como a si mesmo" e o perdão incondicional das ofensas. A aplicação dessas recomendações é universal: podem ser aplicadas na mesa, no terreiro, nas lojas e nos templos os mais diversos, onde a mediunidade é ferramenta de trabalho. Na verdade, Jesus sempre pregou o Evangelho livre das amarras dos homens de antanho, nos locais em que a assistência crística se fazia necessária, junto ao povo necessitado e tosco. Nesse sentido, afirmava: "A mim foi dado todo o poder do Céu e da Terra. E, assim como meu Pai me enviou, eu vos envio. Ide! Proclamai o Reino de Deus a todas as criaturas; expulsai os maus espíritos, curai todas as enfermidades que há entre o povo; e eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos."

RAMATÍS

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

UMBANDA - OS ORIXÁS SÃO TRABALHADOS E INCORPORADOS?



PERGUNTA: - Quando e de que maneira os orixás entram no contexto da umbanda? Eles são trabalhados e incorporados?

RAMATÍS: - Os orixás são aspectos da Divindade, altas vibrações cósmicas que se rebaixam até vós, propiciando a manifestação da vida em todo o Universo. É preciso compreenderdes que existem vários planos vibratórios no Cosmo e que Deus, em Sua benevolência, manifesta-se por meio de vibrações próprias em cada dimensão. Essas vibrações energéticas não são o próprio Incriado, que permanece sem ser manifestado diretamente. Cada um dos orixás tem peculiaridades e correspondências próprias na Terra: cor, som, mineral, planeta regente, elemento, signo zodiacal, essências, ervas, entre outras afinidades astro magnéticas que fundamentam a magia da umbanda por linha vibratória.
Assim, a cada um dos orixás se afina uma plêiade de espíritos que atuam nas formas estruturais que sustentam o movimento da umbanda no Espaço: pretos velhos, caboclos e crianças, todos plasmando um triângulo fluídico magnético do plano espiritual superior que "flutua" sobre o Brasil, para cujo centro se direcionam as vibrações do Cristo Cósmico e todas as formas e raças espirituais que se enfeixam na umbanda para fazer a caridade.
Na umbanda, os orixás não incorporam. Afirmamos que isso é impossível, pois não é da natureza universal quaisquer manifestações personificadas dos orixás. O que verificais em alguns terreiros sérios de cultos de nação e que mantêm as tradições africanistas antigas, claramente não evidenciando a prática umbandista, são, em sua maioria, manifestações do inconsciente, de arquétipos padronizados, que no transe ritualístico exteriorizam uma personagem simbolizando essas altas energias cósmicas, ditas orixás, "concretizando", para o entendimento humano, por meio de expressões coreográficas, algo que vos é abstrato.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

PROBLEMAS DOS IDIMOMAS


Pergunta: - Há fundamento de que a humanidade, no futuro, fará uso de um só idioma nas suas relações humanas?

Ramatís: -
Os diversos idiomas do mundo são como os rios, que se ramificam por diversas latitudes geográficas, mas tendem a um só objetivo comum: o oceano! A história da humanidade pode comprovar-vos que os idiomas também nascem, crescem, amadurecem e depois Se extinguem, como tem acontecido com as mais consagradas raças do mundo, hoje apenas lembradas por suas línguas mortas, tais quais Babilônia, Semúria, Fenícia, Assíria, Pérsia, Incas, Astecas, Atlantes e outras. Nos planetas mais evoluídos do que a Terra, há uma só comunicação idiomática, pois além do vocabulário simplificado e dos verbos absolutamente regulares, ainda se facilita o entendimento recíproco ante a faculdade
telepática já desenvolvida em seus habitantes.

Pergunta: - Como poderíamos avaliar essa faculdade telepática, que facilita a linguagem entre os homens dos mundos superiores ?

Ramatís: -
Nos orbes de graduação superior à Terra, a palavra é usada com parcimônia e na medida exata para a sustentação objetiva do diálogo, cujos habitantes abreviam o curso das idéias pelo apercebimento intuitivo bastante desenvolvido. Só os povos primários, aldeônicos e emocionalmente instáveis, são verborrágicos, prolixos de palavras e circunlóquios inúteis, tão próprios dos terrícolas. Enquanto os animais ainda se comunicam aos gritos e esgares, o homem já conseguiu a articulação da palavra; mas a mímica, o gesto e a compreensão silenciosa também podem ser recursos mais evoluídos do que o manejo exclusivamente oral.
E como entre as humanidades mais evoluídas os espíritos já ultrapassaram a fase dos sofismas, mistificações e negaças verbais, tão comuns para esconder a realidade do pensamento nos lares e nas relações públicas, eles mantêm-se em certa intimidade espiritual, num entendimento autêntico, onde prevalece a técnica telepática como uma condição natural de eletividade superior Não há truncamentos ou sofismas entre o que "pensam" e o que "falam", pois a mente se assemelha a uma espécie de espelho, que reproduz fielmente as imagens das palavras que pronunciam. As idéias são permutadas num índice de máxima clareza, sem intenções sub-reptícias tão comuns entre os terrícolas. A faculdade telepática é muito desenvolvida por tais humanidades superiores, mas seria uma calamidade se exerci da livremente na Terra porque os homens, às vezes, a sua aparência cortês e sincera, encobre intenções malévolas.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

QUATRO ELEMENTOS E MEDIUNIDADE



Qual a origem dos mistérios? Por que surgiram?
Houve uma época na evolução do orbe terrícola em que não havia necessidade de simbolismo e de iniciações secretas. Quando, na Atlântida, imperavam o amor e os interesses altruístico, o conhecimento da Aumbandhã, com sua pureza, era corriqueiro, acessível a todos, pela inocência daquelas primeiras almas. Entretanto, parte da população exorbitou no uso da magia para interesses egoísticos e particularistas. Os mestres, magos brancos, verificaram o perigo em que incorreriam se permitissem o crescimento desordenado e ambicioso do uso daqueles conhecimentos milenares, chaves capazes de abrir as portas de todas as forças ocultas. Adotaram, então, medidas restritivas no intuito de coibir o avanço desordenado da magia negra, pois já anteviam, todos, os males que ocasionaria à comunidade.
A partir daí, interiorizou-se nos templos o uso da magia, adotaram-se alegorias e simbolismos com o objetivo de restringir-se o acesso aos conhecimentos e dificultar sua interpretação. Separou-se a arte milenar Aumbandhã dos considerados profanos e despreparados moralmente para a convivência harmoniosa com as leis de causalidade que regem o Cosmo.
Não imaginavam os atlantes que era tarde, e que persistiria a utilização da magia para fins individualistas. Assim, os Maiorais do planejamento do orbe previram a depuração dessa civilização, através dos cataclismos, pelo seu afundamento gradual e pelas levas migratórias salvadoras; decorrências de um grande embate no Astral entre as forças do bem e do mal.
Desse momento em diante, essa ciência e esses conhecimentos foram desfigurados, gerando várias interpretações, originando muitos credos e religiões que se formaram em todo o orbe. A simbologia primária, singela e pura, chave simples que abria todos os mistérios ocultos, perdeu-se, originando essas diversas idolatrias. Em todo esse movimento, sempre estiveram presentes os interesses mundanos, de domínio e poder dos mandatários e dos religiosos.
O sentimento de fé, atrelado às religiões, foi ferramenta de interesses escusos e materialistas em toda a História da humanidade. O poder, a ilusão da carne, pautaram a conduta dos homens e, em todas as religiões, da Atlântida, do Egito, da Grécia, da Índia, da China, citando as principais comunidades terrícolas da Antiguidade, estabeleceram-se castas de privilegiados, que utilizaram-se de suas posições de liderança religiosa para locupletarem-se no gozo dão vida e nos arroubos propiciados pelas sensações do corpo físico.

sábado, 9 de setembro de 2017

OS RECURSOS ADOTADOS PELO ALTO PARA INSPIRAR JESUS NA TERRA.


PERGUNTA: — Quais foram os recursos que o Alto adotou para inspirar e fortalecer Jesus na exposição de sua mensagem messiânica de Amor e Redenção entre os homens?

RAMATÍS: —
O Alto não alimentava qualquer dúvida quanto ao heroísmo e à integridade moral de Jesus no desempenho de sua missão sacrificial na Terra. No entanto, como se tratava de um espírito angélico, sem qualquer culpa cármica, era justo que recebesse todos os estímulos e sugestões adequados para o melhor desempenho na exposição dos motivos em torno do "Reino de Deus". Era um mensageiro voluntário, que descia à Terra para convidar os homens a participar definitivamente de um mundo de paz e de harmonia, onde todos seriam limpos de suas mazelas e libertos de seus pecados! Deste modo, Jesus teria de movimentar na face do orbe terreno as mais belas imagens e ideias fascinantes, no sentido de atrair e comover os seus ouvintes para se interessarem pelo amorável "Reino de Deus"!
Apesar de sua natureza angélica e do seu otimismo espiritual, Jesus também sofria os efeitos depressivos próprios das regiões tristes e hostis do mundo físico. Malgrado se diga que o ambiente não influi nem modifica o conteúdo espiritual do ser, a emotividade e a disposição mental das almas encarnadas dependem consideravelmente das condições e das circunstâncias do meio onde elas passam a viver. 
O Espírito angélico, depois de encarnado na Terra, fica limitado em sua natural expansividade e no júbilo espiritual, que são próprios do mundo edênico que lhe é peculiar. Em consequência, Jesus também necessitava de estímulos afins à sua missão
e de motivos do próprio mundo onde se manifestava, a fim de delinear com mais vitalidade espiritual os contornos do mundo venturoso que prometia a todos os seus ouvintes. A narrativa bela e atraente de suas parábolas carecia dos recursos estéticos do próprio mundo onde ele vivia, pois seriam motivo de atração, estímulo, fé e confiança para os seus ouvintes.
Não se pode desejar o êxtase do santo, nem exigir do poeta a composição de sublime poema, se os colocamos no ambiente repulsivo de um matadouro. Se o meio influi na educação do homem, é óbvio que também influi no seu estado de espírito e nas suas emoções. As músicas pesarosas são obras de compositores nascidos e vividos em países melancólicos, de atmosfera triste, úmida e nevoenta, que enregela a alma e a algema aos motivos pessimistas. No entanto, a música alegre,buliçosa e contagiante, é originária dos países tropicais, onde as criaturas se fartam de luz, sol, ar e cores festivas!

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

AS PREGAÇÕES E AS PARÁBOLAS DE JESUS



PERGUNTA:  Que nos diz do modo como Jesus fazia suas pregações ao povo?

RAMATÍS: 
Jesus fascinava as multidões em suas pregações formosas e fluentes, pois era
criatura sem afetações e não usava de quaisquer artificialismos para ressaltar sua oratória. Jamais se preocupava em impressionar o auditório pela eloqüência rebuscada, como é muito comum entre os oradores do mundo profano. A essência espiritual de suas palavras provocava uma alegria suave e consoladora em todos os que o ouviam. Não prelecionava em altos brados,
nem dramatizava acontecimentos; jamais sacrificava o conteúdo singelo das suas lições para ressaltar-se na figura de um admirável orador. Exato, sem as minúcias que exaurem os ouvintes, num punhado de vocábulos familiares expunha o esquema de uma virtude ou a revelação de um estado de espírito angélico. E Jesus falava com naturalidade, sem a proverbial altiloquência que lhe emprestaram os evangelistas, como se estivesse no seio acolhedor de um lar amigo. Sua voz doce e comunicativa extasiava os ouvintes; penetrava-lhes na alma trazendo-lhes a efervescência espiritual!

PERGUNTA:  Como ele se movimentava entre os diversos lugares em que fazia suas palestras evangélicas?

RAMATÍS: 
De princípio, Jesus percorria a Galiléia não muito longe de Nazaré, até Cafarnaum, ou descendo até Samaria, sem atravessar o Jordão ou o mar da Galiléia. Os seus discípulos cercavam-no de cuidados e a todo momento procuravam preservá-lo do sol, cobrindo-lhe a cabeça formosa com algum xale de seda, como era costume local. Algumas vezes, cavalgava um burro ou mula dócil, assentado sobre macia almofada tecida por alguma mulher carinhosa, fiel e seguidora de suas idéias. Em geral, ele fazia suas pregações ao entardecer, quando o poente se irisava de cores, pois gostava de aliar o efeito policrômico e a fragrância da Natureza à ternura e à poesia de suas palavras afetuosas. Apreciava falar do cimo das pequenas colinas, enquanto seus discípulos, amigos e fiéis se acomodavam a seus pés, embebidos na doce esperança da mensagem que lhes anunciava o tão esperado "reino de Deus". Doutra feita, rumava diretamente para o vilarejo mais próximo, tornando venturoso o lar onde se hospedava, participando da ceia modesta e comovendo os corações dos seus hospedeiros com palavras de ânimo, alegria, consolo e esperança no futuro.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

COMO ERA A GALILEIA NO TEMPO DE JESUS?



PERGUNTA: — E qual o aspecto da Galileia, no tempo do nascimento de Jesus?

RAMATíS: — A Galiléia ficava na região ao norte da Palestina; e no tempo de Jesus estendia-se desde o rio Jordão até ao mar Morto. Era virtualmente uma nação independente, constituindo uma tetrarquia sob os Herodes. Também era habitada por diversas raças, além dos judeus, tais como árabes, abissínios, gregos, fenícios, sírios, gente de Tiro, de Sidon, de Alexandria e alguns raros africanos.
As características religiosas, os costumes e temperamentos tão contraditórios entre esses diversos tipos, tal qual já acontecia em toda a Palestina, também provocavam discórdias, rixas e discussões, próprias da avareza e avidez de lucros nas suas especulações e negociatas. Isso fazia da Galileia um mundículo bulhento, cúpido e inquieto, cujos desentendimentos nasciam das coisas mais fúteis e pelas razões mais tolas.
A frequência de rabis, que peregrinavam comumente pela Judéia e demais províncias da Palestina, em que alguns se obstinavam em interpretar a seu modo as leis e os preceitos do Torá, concorria ainda mais para acirrar os ânimos e agravar as opiniões tão contraditórias sobre a religião. O afluxo contínuo de especuladores, charlatães, mercadores, camelôs e gente sem trabalho, que procuravam fixar-se na Judéia, sempre favorável para os bons negócios e especulações religiosas, também aumentava, dia a dia, as rixas, as discórdias e as injúrias, criando as situações mais incômodas e desagradáveis para as autoridades locais.
Mas, acima desse espírito belicoso da diversidade de raças, os galileus eram hospedeiros, sinceros e bons, pois não guardavam ressentimento algum entre si. Nas suas contendas religiosas, embora ruidosas, jamais eles desciam à baixeza de espírito, ao fanatismo e às asperezas do caráter e das sedições religiosas tão comuns entre os fariseus e saduceus de Jerusalém. O Sinédrio zombava da devoção ingênua do povo da Galileia, ria-se de sua simplicidade e de sua incapacidade para afeiçoar-se às pompas, ao culto ostensivo e às cerimônias religiosas. As virtudes dos galileus, que tanto emolduraram o trabalho de Jesus na fase iniciática de sua pregação da "Boa Nova", eram consideradas peculiaridades próprias de um povo atrasado, tolo e incapaz!
No entanto, já Isaías profetizara no Velho Testamento que a Galileia dos gentios seria bafejada pela luz do Senhor, embora os pósteros depois glosassem o provérbio de que "não podia vir boa coisa e bom profeta da Galileia".

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