Sabedoria Ramatis

Sabedoria Ramatis

domingo, 30 de julho de 2017

CONSIDERAÇÕES SOBRE JESUS E A FAMÍLIA HUMANA


PERGUNTA: — Alguns escritores afirmam que Jesus, embora fosse de admirável composição moral, também não conseguiu furtar-se ao amor do sexo no mundo onde viera habitar. Que dizeis?

RAMATÍS: — Se Jesus houvesse casado e constituído um lar, a humanidade só teria lucrado com isso, pois ele então deixaria mais uma lição imorredoura da verdadeira compostura de um chefe de família. E mesmo que também houvesse alimentado um amor menos platônico, nem por isso menosprezaria a sua vida devotada exclusivamente aos outros. Muitas criaturas solteiras e castas vivem tão repletas de inveja, egoísmo, ciúmes e concentradas exclusivamente em si mesmas, que se tornam inúteis e até indesejáveis ao próximo.
Que desdouro seria para Jesus, se ele se tivesse devotado ao amor que une o homem e a mulher, quando deu toda sua vida em holocausto à redenção espiritual da humanidade? Sem dúvida, a sua rara beleza acendeu violentas paixões nos corações de muitas jovens casadoiras ou mulheres à cata de sensações novas, o que exigiu dele enérgica autovigilância para não sucumbir às tentações da carne e nem constituir o lar terreno do homem comum. Aliás, diversas vezes Jesus foi caluniado em suas abençoadas peregrinações, cujos detratores o acusavam de fascinar as viúvas ricas para herdar-lhes os bens materiais e atrair as jovens incautas para fins inconfessáveis. Sob o domínio despótico de Roma, algumas hebréias falseavam os seus deveres conjugais, pois preferiam a fartura do conquistador do que a pobreza honesta de seus conterrâneos. E os espíritos das trevas, que vigiavam Jesus em todos os seus passos armaram-lhe ciladas as mais sedutoras até entre as patrícias romanas. Mas embora ele tenha evitado formar um lar, jamais condenou ou menosprezou o agrupamento da família, porquanto sempre advertiu quanto à legalidade e ao fundamento da Lei do Senhor, que assim recomendava: "Crescei e multiplicai-vos!" O sangue humano como vínculo transitório da família terrena, tanto algema as almas que se odeiam como une as que se amam no processo cármico de redenção espiritual. Por isso, Jesus aconselhou o homem a libertar-se da escravidão da carne e estender o seu amor fraterno a todos os seres, além das obrigações inadiáveis no seio do lar. Tendo superado as seduções da vida material, e sentindo-se um realizado no recesso da humanidade terrena, chegou a advertir o seguinte: "aqueles que quisessem segui-lo em busca de reino de Deus, teriam de renunciar aos desejos da vida humana; e, se preciso fosse, até abandonar pai e mãe!" E por isso, acentuou textualmente: "Quem ama o pai e a mãe mais do que a mim, não é digno de mim!" Jesus recomendava amor e espírito de justiça, induzindo à libertação da família no mundo material acima do egocentrismo de casta, em favor de toda a humanidade. Ele procurou demonstrar, que apesar do vínculo sangüíneo e egoísta da parentela humana, o homem não deve limitar o seu afeto somente às criaturas viventes no ambiente de sua família ou simpatia. Muitas vezes, detrás da figura antipática do vizinho ou de algum estranho desagradável, pode se encontrar justamente um espírito nosso amigo de vidas passadas. No entanto, entre os nossos mais íntimos familiares, às vezes estão reencarnados espíritos algozes, que nos torturaram outrora e a Lei Cármica os reuniu para a necessária liberação dos laços de culpa ou do perdão recíproco (1). O imenso amor de Jesus pela humanidade é que o afastou do compromisso de constituir um lar.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

A MISSÃO DA UMBANDA


Sinopse: Embora surgida no Brasil em 1908, com a manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas pelo médium Zélio de Moraes, a umbanda é “mais antiga nos planos rarefeitos que o próprio planeta Terra”. Para desvelar sua essência e seus verdadeiros fundamentos, Ramatís retorna à literatura espiritualista e delimita o perfil doutrinário e ritualista desta religião eminentemente brasileira fundamentada no Evangelho do Cristo, que em nada se parece com as práticas mágicas populares e os cultos de origem africana.
O que são verdadeiramente os orixás e exus, o que representam os assentamentos vibratórios, o surgimento da tela etérica e sua relação com o mediunismo, as correspondências vibratórias entre os planos do Universo, os corpos sutis, os chacras e os orixás; as escolas orientais e a gênese desta religião de raízes cósmicas, os sincretismos e as influências indígena, negra e branca, são elucidados com a objetividade que lhe é peculiar. E mais: a realidade oculta atrás dos sacrifícios de animais, prática que nada tem a ver com a ritualística da verdadeira umbanda, assim como os populares “despachos” nas esquinas urbanas, são definitivamente esclarecidos.
Esta obra é, portanto, um relevante marco na trajetória do movimento umbandista, e sem dúvida uma importante referência para todos os umbandistas sérios e espiritualistas estudiosos.



segunda-feira, 24 de julho de 2017

EIXO PLANETÁRIO E CAMPOS DIMENSIONAIS



O conhecimento Aumbandhã, síntese da gênese cósmica, tradição que já esteve presente no orbe terrícola em toda a sua amplitude, desde as primevas e mais antigas raças, deixou como legado, principalmente, todas as filosofias herméticas.
Esse bálsamo das verdades eternas desceu do Alto com apoio das fraternidades do Astral
Superior, quando reencarnaram muitos emissários, oriundos de vários orbes mais evoluídos no Cosmo, como Antúlio, Moisés, Lao Tsé, Buda, Confúcio, Hermes Trismegisto, Pitágoras e Jesus, Mestre dos Mestres.
Essa doutrina iniciática reintegra o homem consigo mesmo, num resgate do seu eu crístico adormecido, catapultando-o ao Todo cósmico. Não se prende a nenhum sistema filosófico ou religioso existente, baseando-se o seu caráter na tríplice manifestação de todas as coisas, verdades espirituais do Universo, desde a menor partícula energética até os processos divinos da cosmogênese, que conduzem a ameba ao Anjo, a bactéria ao Arcanjo, tendo como realidade eterna
e imaterial, princípio regente de toda a vida no contínuo Infinito, o espírito imortal. Sua finalidade precípua, como doutrina divina e verdadeira, é a cura dos indivíduos, conduzindo-os através de passos seguros à paz, à luz, ao despertamento do eu crístico, ao bem-estar e à ascese evolutiva sem sofrimentos.
Na criação do Universo, processo ainda de difícil compreensão aos terrícolas, podemos
afirmar que ocorreram três fenômenos básicos: luz, som e movimento. A matéria universal, fluídica, aparentemente caótica, teve a influência das poderosas mentes dos Arcanjos Planetários, co-criadores da Divindade Suprema. Essas três realidades, coexistentes, foram decorrência da Ação Criadora do Criador: desprenderam-se-lhe faíscas, centelhas, que tornaram-se espíritos
livres, primeiro elemento; no Espaço cósmico, segundo elemento; agindo no fluido universal,
terceiro elemento; formando a tríade criativa do Pai. Assim, todas as sete variantes vibratórias se formaram, criando níveis de manifestações hierárquicos, planos interpenetrados e semelhantes, como previstos na Lei de Correspondências Vibracionais, desde as energias mais sutis e rápidas, até as mais densas e lentas.
No início, a energia cósmica foi-se condensando e, com suas vibrações sidéreas, os Arcanjos Planetários deram-lhe direcionamento e leis reguladoras. Moldaram-na, subtraindo-lhe o turbilhonamento desregulado das forças centrípetas e centrífugas, das cargas positivas e negativas dessas energias, aparentemente despolarizadas, caóticas, num plano direcional previamente definido pelos Arquitetos e Engenheiros Siderais, o qual poderíamos aludir como mecânica da física cósmica para vosso melhor entendimento. Não comentaremos especificamente sobre a formação do planeta, o assunto já abordado em tantas outras obras mediúnicas e de amplo conhecimento dos espíritas e espiritualistas estudiosos. Assim, há seres que habitam orbes similares à Terra e outros mais sutis, mas todos obedecem aos princípios de manifestação do espírito que regulam a harmonia cósmica e sua relação de causalidade. Foi dado ao fluido cósmico universal, disperso no Cosmo, uma direção que o uniu, o condensou, formando-se as diferenças de densidade nos sete planos' vibracionais. Pela ordem da Criação, o primeiro estado, mais etéreo, foi direcionado até chegar ao sétimo, que abrange" o corpo físico e o mundo material que o cerca.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

ELUCIDAÇÕES DE RAMATÍS SOBRE A BENZEÇÃO.


PERGUNTA: - Podeis explicar-nos como o processo de benzer alivia e cura eczemas, cabreiros ou demais afecções do gênero?

RAMATÍS: -
Deus serve-se das criaturas humildes e benfeitoras para, através da terapêutica exótica do benzimento, do exorcismo, do passe ou da simpatia, auxiliar os encarnados a expurgar de sua intimidade os miasmas e as toxinas perispirituais geradas pelo pecado. Os benzedores ou passistas desempenham a função de verdadeiros desintegradores vivos, cujas mãos, em ritmo e movimentos adequados, projetam a energia terapêutica sobre os núcleos dos átomos etereoastralinos, destruindo a virulência do atomismo físico.
O homem, em verdade, é uma usina viva que pode exercer função terapêutica em si mesmo ou no próximo, conforme as expressões da sua própria vontade, conhecimento e treino. Então, ele produz estados vibratórios semelhantes às ondulações dos modernos aparelhos de radioterapia ou eletroterapia da vossa ciência médica, que projetam raios de ultra-som, infravermelho ou ultravioleta. A mente ajusta e controla o comprimento de ondas, enquanto o coração age como fonte de energia curadora, cujo potencial é tão intenso quanto seja o grau amoroso e a pureza espiritual do seu doador. Assim, a aura fluídica do eczema, do cobreiro, da impingem ou do quebranto desintegra-se sob o bombardeio da carga viva do magnetismo hiperdinamizado pelo passista ou benzedor. E os fluidos nocivos da infecção, desintegrando-se, retomam à fonte do astral
inferior. No entanto, mesmo depois de curado pelo benzimento ou pelos passes, o paciente só evitará as recidivas caso também serene a sua mente e adoce o coração endurecido.
Quando os passistas, benzedores ou médiuns são criaturas abnegadas e desprendidas de quaisquer interesses mercenários, eles têm a assistência dos bons espíritos, que os ajudam a obter êxito na sua tarefa socorrista aos enfermos do corpo e da alma.

sábado, 15 de julho de 2017

A MENTE - "O HOMEM É O PRODUTO DO QUE PENSA"


PERGUNTA: — Seria útil para a doutrina espírita estudar a mente, no sentido de investigar todos os seus refolhos, como fazem o Esoterismo, a Teosofia, a Rosa-cruz e o Yoga?

RAMATÍS: — Evidentemente, deve interessar à doutrina espírita o estudo profundo de todas as faculdades, poderes e recursos do Espírito Imortal, a fim de apressar a evolução da humanidade. E, sendo o Espiritismo um movimento espiritualista prático e popular, sem complexidades iniciáticas, sua principal missão é transmitir o conhecimento direto da imortalidade e ensinar aos homens os seus deveres espirituais
nas relações com o próximo.

PERGUNTA: — Que achais da bibliografia espírita sobre o estudo da mente?

RAMATÍS: — Embora não existam compêndios espíritas especializados sobre o estudo da mente, já é bem extensa a bibliografia que trata desse assunto de modo prático e bastante compreensível. São escritas, comunicações e mensagens mediúnicas dispersas, em várias obras, revistas, jornais e panfletos doutrinários, constituindo excelente repositório de conhecimentos, análises e soluções sobre os problemas
da mente.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

RAMATÍS FALA SOBRE A PROSTITUIÇÃO - ll




PERGUNTA:  Porém, a prostituição, na sua feição de vida dissoluta e de liberdade sexual extrema, não se constitui numa perversão condenável pela sua feição de mal público e até, oficializado, em certos casos?

RAMATÍS:  Na própria linguagem humana, a palavra perversão significa "a ação ou o efeito de perverter; mudança do bem em mal, corrupção, desmoralização, depravação de costumes". O ser humano pode praticar inúmeros tipos de perversão, que variam na manifestação de maior ou menor prejuízo a outrem, à sociedade ou às instituições políticas, sociais e mesmo religiosas.
Os tiranos do mundo praticam infindável número de "perversões", quer quando corrompem os valores políticos e doutrinários pelos quais são responsáveis ou se fizeram responsáveis, destruindo com requinte de perversidade e sadismo, homens, mulheres e até crianças, antes torturados, por efeito de prováveis denúncias ou espionagem. São mudanças do bem no mal, corrupção de costumes pelo suborno e astúcia, que se enquadram perfeitamente no tema "perversão".
As cruzadas, na Idade Média, foram verdadeiras prostituições religiosas, assim como a Santa Inquisição, em sua cretina hipocrisia, conduzindo hereges, judeus e infiéis para as fogueiras, sob o paraninfo de Fernando II e Isabel, reis católicos da Espanha, figuras prostitutas que corrompiam a ternura, o amor e a santidade do Cristo, matando, com falsas e prévias orações salvadoras, aqueles que não seguiam os seus interesses religiosos. Catarina de Médicis, ordenando a matança dos huguenotes, deu margem a uma das maiores perversões e prostituições na França. Os franceses, guilhotinando milhares de nobres e avessos à Revolução Francesa  a qual pregava Liberdade, Igualdade e Fraternidade, foram execráveis prostitutas, desmentindo o bem pela prática do mal, nutrindo a tirania com o dístico de liberdade. O povo, exultante com a confecção da bomba atômica salvadora, acompanhou, num apoio mental e mesmo verbal, as manchetes jornalísticas que noticiaram a morte de 120.000 japoneses pela ação pacificadora da bomba atômica, mudando o bem em mal, pervertendo o sentido sublime da vida, assassinando criaturas indefesas, nascidas para a ventura humana e muitas mal saídas do ventre materno, comprovando a existência de uma prostituição coletiva, genocida. Teve menos culpa o militar encarregado do bombardeio que detonou a bomba atômica— foi apenas um agente para abrir as comportas das paixões humanas, satisfazendo o ódio represado e incrementado pelas paixões políticas, disseminado por todos os pseudocivilizados.
Assim, a aura abominável da prostituição do homem destruidor e criminoso torna uma sublime brisa a da prostituição humana. A patriótica negociação de seres mortos nos matadouros fratricidas das guerras, produzida pelos homens depravados e prostituídos pela ambição da fortuna ou da consagração política, é caracterizada como serviço à Pátria e à humanidade.

RAMATÍS FALA SOBRE A PROSTITUIÇÃO



PERGUNTA:  Que dizeis da prostituição, em face da vida espiritual?

RAMATIS:  É indubitável ser a prostituição fruto proveniente de um mau comportamento espiritual na matéria. Mas, também, não pode ser julgada e analisada exclusivamente por um parâmetro único, porquanto, há inúmeros fatores de ordem social, financeira, econômica, religiosa, política e patológica, que devem ser examinados, a fim de se julgar o grau de maior ou menor nocividade dessa condição humana, simplesmente qualificada como delito ou pecado, respectivamente, pela sociedade e pelas religiões.
Ademais, embora se diga que é a "profissão mais antiga do mundo", na atualidade, é crescente o número de amadoristas que se entregam a uma prática sexual algo criticável, mercenária ou puramente prazenteira, contribuindo, cada vez mais, para desaparecer o profissionalismo da prostituição. Mas, perante as leis espirituais, a prostituição é tão-somente mais uma condição que retarda a ascese espiritual do ser pela demasiada vivência instintiva e sem objetos definitivos para engrandecer cada vez mais o espírito do homem.


PERGUNTA:  Há quem aponte a prostituição como a pior "chaga da civilização". Que dizeis?

RAMATÍS:  A pior chaga da civilização ainda nos parece a prática nefanda das guerras, que massacram e mutilam agrupamentos humanos de velhos, mulheres, jovens, meninos e até recém-nascidos, os quais mal entreabrem os olhos para a vida. Sob tal, "chaga" ficam os rastros de sangue, vísceras humanas apodrecendo nos campos verdejantes ou nas metrópoles civilizadas, enquanto os sobreviventes gozam do direito de morrer, mais tarde, de fome, de epidemias funestas ou de irradiações atômicas.
Jamais uma prostituta fez tanto mal ao mundo, quanto os puritanos religiosos que confeccionaram a bomba atômica e autorizaram seu lançamento sobre Hiroschima; os armamentistas, cuja mercadoria industrial é a destruição da própria carne humana; os monopolistas que centralizam até o leite, o pão e a medicação em suas mãos avaras, com os lucros ilícitos que lhes permitem o turismo incessante na "dolce vita" e, paradoxalmente, também se prostituem nos "rendez-vous" de alto bordo.

terça-feira, 11 de julho de 2017

REVELAÇÕES DE CHICO XAVIER SOBRE O FUTURO DA TERRA.



Postado por Edson Luiz Pocahi em 2 novembro 2013 às 15:43
Revelações apontam que o futuro da Terra está nas mãos do homem
Chamada de capa do jornal Folha Espírita, ano XXXV, nº 439, edição de maio de 2011
Marlene Nobre

Em razão da gra­vi­dade do as­sunto, tra­zemos aos lei­tores da Folha Es­pí­rita a re­ve­lação feita pelo mais im­por­tante mé­dium da his­tória hu­mana, Fran­cisco Cân­dido Xa­vier, a Ge­raldo Lemos Neto, fun­dador da Casa de Chico Xa­vier, de Pedro Le­o­poldo (MG), e da Vinha de Luz Edi­tora, de Belo Ho­ri­zonte (MG), em 1986, sobre o fu­turo que está re­ser­vado ao pla­neta Terra e a todos os seus ha­bi­tantes nos pró­ximos anos.
“Há muito tempo car­rego este fardo co­migo e sempre me pre­o­cupei no sen­tido de que Chico Xa­vier não me fa­laria tudo o que re­lato nesta edição da Folha Es­pí­rita à toa, senão com uma fi­na­li­dade es­pe­cí­fica. Na oca­sião da con­versa que des­crevo nas pá­ginas se­guintes, senti que minha mente es­tava re­ce­bendo um tra­ta­mento mnemô­nico di­fe­rente para que não vi­esse a es­quecer aquelas pa­la­vras pro­fé­ticas, e que, em mo­mento opor­tuno do fu­turo, eu seria cha­mado a tes­te­munhá-las.
Estou aqui na con­dição de um car­teiro, ou me­lhor di­zendo, de um men­sa­geiro de um car­tório de notas a quem fosse con­fiada a ta­refa de en­tregar de­ter­mi­nada no­ti­fi­cação por ordem de uma au­to­ri­dade su­pe­rior. Cons­ci­ente da im­por­tância do que me foi con­fiado às mãos, en­trego-o hoje em sua com­ple­tude aos nossos ir­mãos em hu­ma­ni­dade, na cer­teza de que estou cum­prindo um dever e nada mais. O seu con­teúdo não foi la­vrado por mim e sim pelo maior mé­dium que a hu­ma­ni­dade co­nheceu desde os tempos do Cristo, que é Chico Xa­vier. Guardo a cer­teza de que o mé­dium, por sua vez, o re­ce­berá por parte da Grande Co­mu­ni­dade dos Pra­ti­cantes do Evan­gelho de Jesus no Mais Além.” (Pá­ginas 4 e 5 da edição de maio da re­vista Folha Es­pí­rita)
Ano-limite do mundo velho
Matéria de Marlene Nobre publicado no jornal Folha Espírita, ano XXXV, nº 439, edição de maio de 2011
Marlene Nobre

O tema da trans­for­mação da Terra de mundo de ex­pi­ação e provas para mundo de re­ge­ne­ração, le­van­tado pelo pró­prio co­di­fi­cador da Dou­trina Es­pí­rita, Allan Kardec, sempre in­te­ressou e in­trigou Ge­raldo Lemos Neto, fun­dador da Casa de Chico Xa­vier, de Pedro Le­o­poldo (MG).
Com 19 anos de idade, já tendo lido e es­tu­dado toda a obra de Kardec, co­nheceu o mé­dium Chico Xa­vier, amigo da fa­mília desde os tempos de sua me­ni­nice em Pedro Le­o­poldo. “Na­quela época, como já havia ou­vido inú­meros casos re­la­tivos à sua me­diu­ni­dade e ca­ri­dade para com o pró­ximo, tinha muita von­tade de co­nhecê-lo e ouvi-lo pes­so­al­mente, o que de fato ocorreu em ou­tubro de 1981, em São Paulo”, lembra Lemos Neto. A partir da­quele pri­meiro en­contro, uma grande afi­ni­dade os ligou, con­forme conta, o que fez com que o também fun­dador da Edi­tora Vinha de Luz o vi­si­tasse re­gu­lar­mente em Ube­raba (MG), acom­pa­nhado de fa­mi­li­ares.
Em 1984 Lemos Neto casou-se com Eliana, irmã de Vi­valdo da Cunha Borges, que mo­rava com Chico Xa­vier desde 1968 e di­a­gra­mava todos os seus li­vros. A partir de então, passou a des­frutar de uma in­ti­mi­dade maior com Chico em Ube­raba, vi­si­tando-o com mais frequência e hos­pe­dando-se em sua re­si­dência. “Posso dizer que essa época foi para meu co­ração um ver­da­deiro te­souro dos céus. Re­cordo-me até hoje da­queles anos de con­vi­vência amo­rosa e ins­tru­tiva na com­pa­nhia do sábio mé­dium e amigo com pro­funda gra­tidão a Deus, que me per­mitiu se­me­lhante con­cessão por acrés­cimo de Sua Mi­se­ri­córdia In­fi­nita. Assim, tive a fe­li­ci­dade de con­viver na in­ti­mi­dade com Chico Xa­vier, di­a­lo­gando com ele vezes sem conta, ma­dru­gada a dentro, sobre va­ri­ados as­suntos de nossos in­te­resses co­muns, no­ta­da­mente sobre es­cla­re­ci­mentos pal­pi­tantes acerca da Dou­trina dos Es­pí­ritos e do Evan­gelho de Jesus”, re­corda.
Um desses temas, como lembra Lemos Neto, foi em re­lação ao Apo­ca­lipse, do Novo Tes­ta­mento. “Sempre me as­som­brei com o tema, re­la­tando a Chico Xa­vier minha di­fi­cul­dade de en­tender o livro sa­grado es­crito pela me­diu­ni­dade de João Evan­ge­lista. Desde então, em nossos co­ló­quios, Chico Xa­vier tinha sempre uma ou outra pa­lavra es­cla­re­ce­dora sobre o as­sunto, pon­tu­ando esse ou aquele ver­sí­culo e fa­zendo-me com­pre­ender, aos poucos, o mo­mento de tran­sição pelo qual passa o nosso orbe pla­ne­tário, a ca­minho da re­ge­ne­ração”, afirma. Foi em uma dessas con­versas ha­bi­tuais, lem­brando o livro de sua psi­co­grafia, Brasil, Co­ração do Mundo, Pá­tria do Evan­gelho, es­crito pelo es­pí­rito Hum­berto de Campos, que Lemos Neto ex­ternou ao mé­dium sua dú­vida quanto ao tí­tulo do livro, uma vez que ainda na­quela oca­sião, em me­ados da dé­cada de 80, o Brasil vivia às voltas com a hi­pe­rin­flação, a mi­séria, a fome, as grandes dis­pa­ri­dades so­ciais, o des­con­trole po­lí­tico e econô­mico, sem falar nos es­cân­dalos de cor­rupção e no atraso cul­tural.
“Lembro-me, como hoje, a ex­pressão sur­presa do Chico me res­pon­dendo: ‘Ora, Ge­ral­dinho, você está que­rendo pri­vi­lé­gios para a Pá­tria do Evan­gelho, quando o fun­dador do Evan­gelho, que é Nosso Se­nhor Jesus Cristo, viveu na po­breza, cer­cado de do­entes e ne­ces­si­tados de toda ordem, ex­pe­ri­mentou toda a sorte de vi­cis­si­tudes e per­se­gui­ções para ser su­pli­ciado quase aban­do­nado pelos seus amigos mais pró­ximos e morrer cru­ci­fi­cado entre dois la­drões? Não nos es­que­çamos de que o fun­dador do Evan­gelho atra­vessou toda sorte de pro­va­ções, pa­deceu o mar­tírio da cruz, mas de­pois ele largou a cruz e res­sus­citou para a Vida Imortal! Isso deve servir de ro­teiro para a Pá­tria do Evan­gelho. Um dia ha­ve­remos de res­sus­citar das cinzas de nosso pró­prio sa­cri­fício para de­mons­trar ao mundo in­teiro a imor­ta­li­dade glo­riosa!’”, es­cla­receu.
Sobre essas e ou­tras re­ve­la­ções feitas a ele por Chico Xa­vier sobre fatos re­la­ci­o­nados ao ano em que se dará a grande trans­for­mação do nosso pla­neta, Lemos Neto fala mais abaixo:
Folha Es­pí­rita – No livro A Ca­minho da Luz, nosso ben­feitor Em­ma­nuel já havia pre­visto que no sé­culo XX ha­veria mais uma reu­nião dos Es­pí­ritos Puros e Eleitos do Se­nhor, a fim de de­ci­direm quanto aos des­tinos da Terra. A reu­nião acon­teceu e a ela com­pa­re­ceram Chico e Em­ma­nuel – os mis­si­o­ná­rios que tra­ba­lham ab­ne­ga­da­mente, por sé­culos a fio, em favor da re­no­vação hu­mana.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

ESCLARECIMENTOS DE RAMATÍS SOBRE O SUICÍDIO


PERGUNTA:  Como é visto no campo espiritual o problema do suicídio?

RAMATIS: 
Não podemos esquecer que a sementeira é livre, porém, a colheita obrigatória. Portanto, o suicídio pode ser interpretado ora como patológico, ora como desespero por causa da perda de bens materiais, ora como resultado de paixões insatisfeitas e, ora como punição a alguém. Em qualquer dos casos, continua sendo crime doloso e, consequentemente, sujeito às penalidades legais, começando por ter o suicida de encarnar novamente para completar o ciclo vivencial interrompido e, depois, outra reencarnação de risco para colher a sementeira de joio, saldando seu débito na contabilidade sideral, perdendo tempo e energia na sua evolução espiritual.
O suicida é um trânsfuga das responsabilidades por ele criadas. Fugindo do dever cármico, não só prolonga sua aspiração libertadora, como aumenta seu saldo negativo diante da Lei de Ação e Reação.

PERGUNTA:  Mesmo no caso das doenças mentais, como nas Psicoses Maníaco-depressivas, fase depressiva, ele ainda está sujeito às penas?
 
RAMATIS:  Segundo critérios médicos simplificados, doenças podem ser: hereditárias, degenerativas e infecciosas. E as depressões mentais, de qualquer o ge , são consideradas, hoje, como geneticamente transmissíveis, e espiritualmente, seriam deflagradas pela programação perispiritual, . resultante do primarismo anímico do ser, ou de seus vícios, paixões, sentimentos impuros, ações dolorosas e, sobretudo, pelas agressões alcoólicas, tabagistas, substâncias euforizantes ou alucinatórias, que carregam a contextura sutil do perispírito de material denso e impróprio para sua futura ascensão angélica. Jesus disse: "Vós sois deuses" e ninguém poderá alcançar a divindade, sem antes ter vestido o traje resplandecente e imaculado para as bodas eternas com o bem e o amor. Assim, pode-se estacionar nos vales das trevas até por milênios, porém, a centelha divina de cada um procura a luz de onde veio para poder brilhar conforme sua destinação, desde o momento da própria individualização no seio do universo.

PERGUNTA:  Gostaríamos que esclarecêsseis melhor sobre o suicídio por doença.

RAMATÍS
:  Sempre há uma alteração mental nos casos de suicídio, não importando que essa alteração seja fruto de uma doença, como o câncer, ou de abusos de substâncias
psicoativas ou de qualquer outra causa exterior, porque o motivo fundamental está no
perispírito por ser o registro da memória do indivíduo em suas vidas, desde o elétron ao homem. o "akhasa" dos mestres indianos, que poderíamos interpretar como sendo a memória de Deus manifestando-se na energia grosseira, a qual manda viver e evoluir sempre e não procurar a fictícia morte como a cessação da vida, pois, sabemos da sua inexistência no Universo. A morte é simples transformação da forma em energia, ou vice-versa. Logo, qualquer que possa ser a razão do suicídio, ele somente terá retardado a evolução espiritual e, muitas vezes, nos casos de doentes terminais, há o malogro do resgate cármico, quando estava praticamente realizado, tendo o espírito, além de completar o tempo restante, ainda que retornar para nova experiência vivencial, porém, com o agravamento de sua dívida.

PERGUNTA:  Não constituiria um atenuante nos casos de suicídio, quando a noção de honra e dignidade leva a pessoa a ele, ou pela perda de seus bens?
RAMATÍS:
- A grande Lei leva em consideração um u uma vírgula, da ação humana e de sua motivação, e udo é pesado e medido com exatidão. Assim, a honra e a dignidade humana são levadas em conta, como efeito de uma educação dentro dos padrões superiores da conduta humana; e, também, será observada e computada a quantidade da vaidade, do orgulho e de outros defeitos dos humanos. Tudo isso será adicionado à conta cármica para a próxima reencarnação; todavia, a nova experiência na matéria terá de ser feita em situações mais precárias. Já a perda de bens materiais, como causa do auto-extermínio, é considerada um agravante e, logo, levará a um reajuste ainda mais penoso, porquanto o espírito encarnado nada tem e nada leva do universo da forma, a não ser o bem praticado, o amor desinteressado e a sabedoria adquirida. Isso tudo representa os tesouros do Céu; o resto são os bens terrenos, que passaram a ser corroídos pela ferrugem do tempo.

PERGUNTA:  Temos sabido de alguns casos em que jovens desiludidos por desenganos amorosos, ou por não aceitarem as restrições familiares, bem como cônjuges abandonados pelo outro, deixam uma comunicação, culpando algo ou alguém, como causa de seu suicídio. Isso pode ser considerado como motivo relevante ?

RAMATÍS:
  Não. Lembramos sempre a diferença entre a vida eterna e a momentânea. A primeira é a conseqüência de todo o acervo acumulado no perispírito, enquanto a segunda é o reflexo desse acúmulo no instante fugidio de uma existência terrena.
Sabe-se ser a ascensão espiritual produto do trabalho constante da razão humana para vencer impulsos instintivos Sob a Luz do Espiritismo animais e, portanto, casos de frustrações em nome de um pretenso amor, ou de uma paixão irrefreável, causar o ato irracional da própria morte, somente se demonstra o atraso da individualidade que necessita o devido corretivo pedagógico, na sublime escola da vida. O mesmo poder-se-ia argumentar quanto aos adolescentes rebeldes, que se matam com a intenção de punir os pais, cujo único interesse é a felicidade deles, educando-os para que sejam
cidadãos úteis e responsáveis na sociedade, onde terão de se integrar um dia.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

ELUCIDAÇÕES DE RAMATÍS SOBRE A FAMÍLIA HUMANA




PERGUNTA: Os espíritos que se associam para constituir as famílias terrenas, figurando vítimas e algozes, ofendidos e ofensores, exploradores e explorados, escravos e senhores, sempre se encarnam na condição de pais e filhos, cônjuges, irmãos, ou apenas na condição de parentes colaterais?
 
RAMATíS:  A família humana é justamente uma das mais importantes instituições sociais humanas, espécie de abóbada protetora, responsável pela perpetuação física dos seres humanos. Cabe-lhe, ainda, a obrigação de amparar a prole e educá-la, até a sua emancipação na luta pela sobrevivência terrena.
É através da união física entre os esposos, reciprocamente devedores, e sob o teto da família que se acelera a escalonada espiritual, em face do mútuo revezamento em várias encarnações quando os filhos de ontem podem ser os pais de hoje, ou de amanhã. Quase sempre, os algozes das encarnações pretéritas tomam-se os pais das próprias vítimas de outrora, lapidando-se entre as dores e as preocupações angustiosas, causadas desde a infância aos descendentes carnais, ante as tradicionais doenças como gripe, febres, bronquites, cólicas, dores de ouvido, de dentes, sarampos ou amigdalites. Os perigos de contágio, as epidemias periódicas ou as enfermidades estranhas causam sustos e temores nos pais aflitos, que sofrem por ignorarem que as aflições junto ao leito das próprias vítimas do passado diminuirão suas dívidas encarnatórias.
Graças à sabedoria das leis eternas, apagando as lembranças do passado, os culpados de ontem terminam vinculados às suas vítimas, sentindo no imo da alma todas as agonias que elas enfrentam na existência, aprendendo a sublime lição de amar e servir. Através dos organismos carnais, gerados pela herança biológica da mesma família, os inimigos e comparsas de existências anteriores intercambiam as lições de afeto, desimantando-se, aos poucos, da frequência do ódio ativado pelas desforras e atrocidades
pregressas.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

ESCLARECIMENTOS DE RAMATÍS SOBRE O ABORTO



PERGUNTA: Qual é a vossa opinião sobre alguns países de bom nível social e cultural que já legalizaram o aborto?

RAMATIS:
Primeiro, nível social humano nada tem com a evolução espiritual e, nem cultura é sabedoria. Esses países, forçados pela explosão demográfica, não encontraram outra solução, pois, com a escolaridade de sua população agravada por conceitos religiosos errôneos, ou pelo ateísmo filosófico, ora não conseguem usar com eficiência os métodos anticoncepcionais, ora os tabus da crença, ora os dogmas materialistas da descrença, obrigaram os legisladores a incluírem, nas regras de controle da natalidade, o aborto. Resolveram os problemas imediatos do país, porém, não solucionaram o espiritual.
Queremos salientar serem os métodos anticoncepcionais um recurso mais aceitável diante da espiritualidade, porque são uma consequência do livre-arbítrio do indivíduo e é um direito usá-lo; entretanto, irão, num futuro próximo ou remoto, afetar-lhe as reencarnações educativas, enquanto o aborto é contrário ao "não matarás".
Diríamos serem essas medidas governamentais fatores atenuantes, num julgamento. Representam. a liberdade pessoal das almas exercerem na Terra a experiência libertadora de se autogovernarem. A Grande Lei tudo aproveita em benefício da evolução em todos os campos do Universo. Salientamos estarmos no fim de um ciclo evolutivo, onde cada um poderá sublimar ou expandir seus defeitos de antanho; e, como sublimar é muito difícil, estamos assistindo a uma liberação desenfreada dos instintos mais primitivos. Cabe-nos cuidar e vigiar para que não cheguemos a legalizar as drogas, a eutanásia, a feitiçaria, o estupro, o estelionato, o suicídio, a corrupção...

PERGUNTA: — Sabemos haver um crescimento na prática do aborto, sem qualquer medida eficiente e exeqüível para evitá-lo; não seria melhor que isso acontecesse sob o amparo das leis, não o considerando como crime? O reconhecimento oficial do aborto ajudaria a grávida a buscar os recursos científicos e salutares na própria medicina, recebendo a assistência do médico competente, em vez de se submeter às intervenções perigosas de mãos inexperientes e inescrupulosas, das fazedoras de anjos", pondo em risco a vida de suas clientes ingênuas.


RAMATIS:
  Indubitavelmente, sob os aspectos acima descritos, é melhor a mulher
procurar o médico ou a instituição competente para abortar, e não submeter-se, perigosamente, à intervenção precária e empírica das "fazedoras de anjos"; nesse caso, as gestantes arriscam-se a lesões que
podem levar à esterilidade, a doenças da genitália ou, mesmo, à morte. No entanto, malgrado se satisfaçam as necessidades imediatas do mundo físico, quanto à proteção da mulher na insensatez do aborto, e sob a legalização oficial de "não-crime", diante da Lei Espiritual é delito matar um ser em formação, o que, ao mesmo tempo, impede a concretização de um plano de aprendizado, cujo objetivo é o bem da alma em encarnação. Embora a legalização do aborto para evitar- se os efeitos danosos produzidos pelas intervenções malfeitas e imprudentes, jamais, poderemos endossar, espiritualmente, qualquer propósito para encorajar a mulher a uma situação delituosa, e agravar a própria situação em futuras encarnações. A mulher que aborta propositadamente, livrando-se do filho intruso, sem ser por decisão médica de proteção à sua vida, há de ser candidata, na próxima encarnação, à esterilidade, ao aborto incontrolável, à enfermidade genital insolúvel, ao estupro, à condição irreversível de mãe solteira e, mesmo, à prostituição. Sem dúvida, tanto há de gozar das condições atenuantes para diminuir sua culpa, como há de sofrer os agravantes criminais da vaidade, do orgulho, ou do egoísmo.

ELUCIDAÇÕES DE RAMATÍS SOBRE O ESTUPRO


PERGUNTA:  Que dizeis da estuprada que, em consequência, engravida e pratica o aborto por causa da revolta Justa em expulsar de si o fruto de um delito hediondo? Ela também incorre na mesma culpa atribuída às que praticam o aborto sem um motivo real?

RAMATÍS: 
Cada existência humana, já o dissemos, é um enredo elaborado e decorrente de acontecimentos vividos no passado. Não há, jamais, um "fio de cabelo" de injustiça por parte da Lei Cármica. A criatura humana passa sobre o planeta colhendo os frutos saborosos ou insulsos da má sementeira anterior ou, então, usufruindo dos benefícios da boa sementeira do passado. Nenhum acontecimento, fato ou vicissitude ocorre sem algum fundamento cármico geratriz, em encarnações anteriores. Embora se verifique certa fatalidade nas vivências humanas, não há, propriamente, um destino implacável e insuperável, o qual é sempre decorrência de um programa previamente elaborado pelos próprios personagens do drama terrícola, sob a assistência de entidades superiores; e esses quadros aflitivos e acontecimentos trágicos ainda proporcionam a devida educação superior espiritual. Aliás, em obra anterior 2, expusemos que o próprio homicida não fica predeterminado a ser assassinado na próxima encarnação, mas, por força de sua índole inferior, é atraído para viver no seio de assassinos. Em verdade, quem mata elege-se para viver num ambiente ou coletividade afim a sua natureza criminosa, assim como o pintor, o músico e o escritor, na Terra, buscam-se, entre si, pela lei de afinidade, e passam a viver mais propriamente em grupos eletivos.
Evidentemente, a mulher que sofre o estupro, e ainda a infelicidade de ser fecundada, malgrado ser vítima de revoltante ignomínia de um indivíduo desnaturado, demonstra encontrar-se desprotegida pela própria Lei infringida por ela no passado, quando provocou desditas semelhantes. A ação corretiva ou exemplificadora da Lei da Vida não implica uma injustiça, porquanto é do conhecimento do homem que "a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória" ou que "a criatura sempre recebe segundo as suas obras". Não obstante quaisquer justificativas ou revoltas íntimas contra o fato, ainda cabe à mulher infelicitada e inconformada a tarefa de dar à luz o filho do tarado sexual, para redimir-se de culpas pretéritas. Sem dúvida, foi apanhada pela Lei no momento oportuno, pelos laços expiatórios, para saldar débitos passados.
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