PERGUNTA: — Alguns escritores afirmam que Jesus, embora fosse de
admirável composição moral, também não conseguiu furtar-se ao amor do
sexo no mundo onde viera habitar. Que dizeis?
RAMATÍS: — Se Jesus houvesse casado e constituído um lar, a humanidade só teria lucrado com isso, pois ele então deixaria mais uma lição imorredoura da verdadeira compostura de um chefe de família. E mesmo que também houvesse alimentado um amor menos platônico, nem por isso menosprezaria a sua vida devotada exclusivamente aos outros. Muitas criaturas solteiras e castas vivem tão repletas de inveja, egoísmo, ciúmes e concentradas exclusivamente em si mesmas, que se tornam inúteis e até indesejáveis ao próximo.
Que desdouro seria para Jesus, se ele se tivesse devotado ao amor que une o homem e a mulher, quando deu toda sua vida em holocausto à redenção espiritual da humanidade? Sem dúvida, a sua rara beleza acendeu violentas paixões nos corações de muitas jovens casadoiras ou mulheres à cata de sensações novas, o que exigiu dele enérgica autovigilância para não sucumbir às tentações da carne e nem constituir o lar terreno do homem comum. Aliás, diversas vezes Jesus foi caluniado em suas abençoadas peregrinações, cujos detratores o acusavam de fascinar as viúvas ricas para herdar-lhes os bens materiais e atrair as jovens incautas para fins inconfessáveis. Sob o domínio despótico de Roma, algumas hebréias falseavam os seus deveres conjugais, pois preferiam a fartura do conquistador do que a pobreza honesta de seus conterrâneos. E os espíritos das trevas, que vigiavam Jesus em todos os seus passos armaram-lhe ciladas as mais sedutoras até entre as patrícias romanas. Mas embora ele tenha evitado formar um lar, jamais condenou ou menosprezou o agrupamento da família, porquanto sempre advertiu quanto à legalidade e ao fundamento da Lei do Senhor, que assim recomendava: "Crescei e multiplicai-vos!" O sangue humano como vínculo transitório da família terrena, tanto algema as almas que se odeiam como une as que se amam no processo cármico de redenção espiritual. Por isso, Jesus aconselhou o homem a libertar-se da escravidão da carne e estender o seu amor fraterno a todos os seres, além das obrigações inadiáveis no seio do lar. Tendo superado as seduções da vida material, e sentindo-se um realizado no recesso da humanidade terrena, chegou a advertir o seguinte: "aqueles que quisessem segui-lo em busca de reino de Deus, teriam de renunciar aos desejos da vida humana; e, se preciso fosse, até abandonar pai e mãe!" E por isso, acentuou textualmente: "Quem ama o pai e a mãe mais do que a mim, não é digno de mim!" Jesus recomendava amor e espírito de justiça, induzindo à libertação da família no mundo material acima do egocentrismo de casta, em favor de toda a humanidade. Ele procurou demonstrar, que apesar do vínculo sangüíneo e egoísta da parentela humana, o homem não deve limitar o seu afeto somente às criaturas viventes no ambiente de sua família ou simpatia. Muitas vezes, detrás da figura antipática do vizinho ou de algum estranho desagradável, pode se encontrar justamente um espírito nosso amigo de vidas passadas. No entanto, entre os nossos mais íntimos familiares, às vezes estão reencarnados espíritos algozes, que nos torturaram outrora e a Lei Cármica os reuniu para a necessária liberação dos laços de culpa ou do perdão recíproco (1). O imenso amor de Jesus pela humanidade é que o afastou do compromisso de constituir um lar.
RAMATÍS: — Se Jesus houvesse casado e constituído um lar, a humanidade só teria lucrado com isso, pois ele então deixaria mais uma lição imorredoura da verdadeira compostura de um chefe de família. E mesmo que também houvesse alimentado um amor menos platônico, nem por isso menosprezaria a sua vida devotada exclusivamente aos outros. Muitas criaturas solteiras e castas vivem tão repletas de inveja, egoísmo, ciúmes e concentradas exclusivamente em si mesmas, que se tornam inúteis e até indesejáveis ao próximo.
Que desdouro seria para Jesus, se ele se tivesse devotado ao amor que une o homem e a mulher, quando deu toda sua vida em holocausto à redenção espiritual da humanidade? Sem dúvida, a sua rara beleza acendeu violentas paixões nos corações de muitas jovens casadoiras ou mulheres à cata de sensações novas, o que exigiu dele enérgica autovigilância para não sucumbir às tentações da carne e nem constituir o lar terreno do homem comum. Aliás, diversas vezes Jesus foi caluniado em suas abençoadas peregrinações, cujos detratores o acusavam de fascinar as viúvas ricas para herdar-lhes os bens materiais e atrair as jovens incautas para fins inconfessáveis. Sob o domínio despótico de Roma, algumas hebréias falseavam os seus deveres conjugais, pois preferiam a fartura do conquistador do que a pobreza honesta de seus conterrâneos. E os espíritos das trevas, que vigiavam Jesus em todos os seus passos armaram-lhe ciladas as mais sedutoras até entre as patrícias romanas. Mas embora ele tenha evitado formar um lar, jamais condenou ou menosprezou o agrupamento da família, porquanto sempre advertiu quanto à legalidade e ao fundamento da Lei do Senhor, que assim recomendava: "Crescei e multiplicai-vos!" O sangue humano como vínculo transitório da família terrena, tanto algema as almas que se odeiam como une as que se amam no processo cármico de redenção espiritual. Por isso, Jesus aconselhou o homem a libertar-se da escravidão da carne e estender o seu amor fraterno a todos os seres, além das obrigações inadiáveis no seio do lar. Tendo superado as seduções da vida material, e sentindo-se um realizado no recesso da humanidade terrena, chegou a advertir o seguinte: "aqueles que quisessem segui-lo em busca de reino de Deus, teriam de renunciar aos desejos da vida humana; e, se preciso fosse, até abandonar pai e mãe!" E por isso, acentuou textualmente: "Quem ama o pai e a mãe mais do que a mim, não é digno de mim!" Jesus recomendava amor e espírito de justiça, induzindo à libertação da família no mundo material acima do egocentrismo de casta, em favor de toda a humanidade. Ele procurou demonstrar, que apesar do vínculo sangüíneo e egoísta da parentela humana, o homem não deve limitar o seu afeto somente às criaturas viventes no ambiente de sua família ou simpatia. Muitas vezes, detrás da figura antipática do vizinho ou de algum estranho desagradável, pode se encontrar justamente um espírito nosso amigo de vidas passadas. No entanto, entre os nossos mais íntimos familiares, às vezes estão reencarnados espíritos algozes, que nos torturaram outrora e a Lei Cármica os reuniu para a necessária liberação dos laços de culpa ou do perdão recíproco (1). O imenso amor de Jesus pela humanidade é que o afastou do compromisso de constituir um lar.