PERGUNTA:
- Qual é o simbolismo da "túnica nupcial", mencionada na parábola do "Festim
de Bodas"? Jesus referia-se a algum direito, privilégio ou concessão
divina; talvez a alguma vestimenta iniciática, que o convidado do banquete divino
deveria usar?
RAMATÍS:
- A parábola indica, perfeitamente, que o convidado a participardo
"Festim de Bodas" já deveria possuir a "túnica nupcial", ou
seja, certa credencial ou estado espiritual superior que, então, lhe proporcionaria
o direito de permanecer no banquete.
Assim
como na Terra festeja-se alguém pelo término de algum curso, ou quando se distingue
em alguma competição, ou por qualquer ação incomum ou obra meritória, na parábola
de Jesus só vestem a "túnica nupcial" os convidados que conseguiram
uma categoria de determinado gabarito espiritual. A "túnica nupcial",
nesse caso, não é somente um direito pessoal, mas ainda define uma elevada
transformação espiritual na intimidade do ser.
PERGUNTA:
- Como se percebe no "Festim de Bodas" essa condição íntima e
intrínseca superior do convidado, cujos méritos dão-lhe direito ao ingresso no banquete
divino?
RAMATÍS:
- Jesus explica na parábola do "Festim de Bodas" que o rei indaga ao
intruso, com certo espanto: "Como entraste aqui, sem a túnica
nupcial?" A surpresa do rei prende-se ao fato de ele ver alguém situado
naquele ambiente de vibração tão excelsa e incomum, mas sem ter alcançado a
sublimidade da freqüência vibratória espiritual exigida para a "túnica
nupcial". Todos os convidados do banquete do rei, ali podiam se manter e equilibrar-se
no meio tão superior, graças à posse da "túnica nupcial", ou seja, já
haviam alcançado a purificação espiritual. Assim, era verdadeira aberração a
presença do "intruso", o qual se traía frontalmente pela sua
graduação inferior, uma vez que não vestia-se de acordo com a tradicional
identificação sublime.
PERGUNTA:
- Poderíeis distinguir-nos melhor, nesse caso, o espírito e a "túnica
nupcial"?
RAMATÍS:
- O espírito do homem é a centelha ou chama de luz, síntese de todas
as faculdades criadoras divinas, enfim, a miniatura do próprio reino de Deus. O
Gênese (capítulo 5) enuncia que "o homem foi feito à imagem, à semelhança
de Deus", enquanto o Mestre Jesus confirma esse enunciado, ao afirmar:
"Vós sois deuses" ou, ainda, "Eu e meu Pai somos um". Mas a
"túnica nupcial" mencionada na parábola do "Festim de Bodas"
é a vestimenta do espírito, que lhe dá a configuração humana; porém, em sua última
etapa de aperfeiçoamento nos mundos transitórios das formas, e assim translúcida
e imaculada, a refulgir com a intensidade semelhante à luz irradiada da
intimidade do ser eterno.
É o produto de milhões ou bilhões de anos de lutas, equívocos, amores, ódios, alegrias,
tristezas, venturas, tragédias, luzes e sombras, até que o anjo do altruísmo
consiga exterminar o animal do atavismo dos instintos da carne.
DO
LIVRO: “O EVANGELHO À LUZ DO COSMO” RAMATÍS/HERCÍLIO MAES – EDITORA DO
CONHECIMENTO.
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