Sabedoria Ramatis

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sábado, 6 de abril de 2019

A MEDICINA TERRENA E A MEDICINA PRATICADA PELO PLANO ESPIRITUAL


PERGUNTA: - Entretanto, a medicina acadêmica, em face do seu progresso e recursos modernos, não deveria ser tão eficiente e sedativa como os tratamentos que, por vezes, os médiuns espíritas realizam com absoluto êxito? 2

2 - Nota do Médium: É o caso das operações espíritas, em que os pacientes sofrem as mais
complexas intervenções cirúrgicas por parte dos espíritos desencarnados, sem manifestar qualquer
dor ou reação incômoda. Aliás, em Congonhas do Campo, em Minas Gerais, tivemos oportunidade
de assistir a diversas operações efetuadas pelo médium Arigó, sem que os operados manifestassem quaisquer sofrimentos, além do espanto e da surpresa.

RAMATÍS: - O tratamento médico do mundo terreno ainda é bastante contraditório, sendo exercido à base de substâncias indesejáveis, da mutilação cirúrgica, das cauterizações cruciantes e perfurações nos músculos ou nas veias pelas agulhas hipodérmicas porque os terrícolas ainda são criaturas cujo primarismo espiritual as torna passíveis de uma terapêutica severa e aflitiva. A medicina terrena não é culpada pela impotência em não curar todos os pacientes, ou pela impossibilidade de exercer a sua missão de modo suave indolor e infalível.
 Tais contingências são uma decorrência psicomagnética oriunda dos recalques morais
que residem no perispírito dos terrícolas, pois o corpo dos orgulhosos, egoístas, avarentos, vingativos, vaidosos, ciumentos, cruéis, hipócritas, maledicentes e lascivos ainda precisa sentir reações violentas e dolorosas, que repercutam no seu próprio espírito, de modo a condicioná-lo a uma reforma interior, que os sensibilize, no sentido de lhes despertar os sentimentos superiores, que são fundamentais para a sua evolução espiritual.
Mesmo as criaturas mansas de coração e até bondosas, mas que, no entanto, se encontram subjugadas por sentimentos atrozes, como sejam os cancerosos, não passam de almas delituosas no seu passado, e ainda em transe de purificação perispiritual. Infelizmente, a Terra ainda é povoada por homens que matam pássaros à guisa de distração e "passatempo"; massacram os cães amigos e afogam os gatos nascidos em excesso, subtraindo-lhes o direito sagrado de viver.
Há, ainda, os que criam rebanhos de suínos, bois e carneiros, para arrancar-lhes a banha, a carne, o couro e a lã; depois, assam-lhes os restos mortais e os devoram epicuristicamente nos banquetes pantagruélicos! Matam o cabritinho amigo na véspera de  Natal ou alimentam de modo exagerado e mórbido os gansos, para enlatarem as pastas do seu fígado hipertrofiado!

 E quando sua voracidade e sede de sangue não se satisfaz no extermínio dos "irmãos menores", eis que os terrícolas massacram-se entre si mesmos, transformando também em "pasta sangrenta", os mais jovens e os mais sadios, sob a metralha assassina! Criminosamente, escolhem a primavera para as ofensivas monstruosas ou transformam em
fogo líquido milhares e milhares de crianças, moços, mulheres e velhos, sob o impacto da bomba atômica, embora estes últimos nada tenham a ver com essa luta fratricida! 3
3 - Nota do Médium: Em aditamento às palavras de Ramatís, podemos comprovar quão perverso e cruel ainda é o homem terreno. Vejamos a seguinte passagem descrita pelo testemunho do Dr. Paulo Nagai, médico japonês vitimado pela leucemia produzida pela radioatividade da bomba atômica lançada pelos americanos sobre Nagasaki. Eis a sua observação, "in loco", de uma parte dos acontecimentos pavorosos da crueldade humana: "A pressão imediata foi tamanha que, no raio de um quilômetro, todo ser humano que se encontrava do lado de fora ou num local aberto, morreu instantaneamente ou dentro de minutos. A 500 metros da explosão, uma jovem mãe foi encontrada com o ventre aberto e o futuro bebê entre as pernas. Muitos cadáveres perderam suas entranhas. A 700 metros, cabeças foram arrancadas, e, por vezes, os olhos saltavam das órbitas. Alguns, em conseqüência das hemorragias internas, estavam brancos como folhas de papel, os crânios fraturados deixavam destilar o sangue pelos ouvidos. O calor chegou a tal violência, que, a 500 metros, os rostos atingidos ficaram irreconhecíveis. A um quilômetro, as queimaduras atômicas tinham dilacerado a pele, fazendo-a cair, em tiras, deixando à vista a carne sangrenta. A primeira impressão não foi, segundo parece, a de calor, mas, sim, a de dor intensa, seguida de frio excessivo.
A maioria das vítimas morria com rapidez. (Página 96 da obra Os Sinos de Nagasaki, autobiografia do Dr. Paulo Nagai).
No entanto, o Alto ainda se penaliza das criaturas humanas tão perversas e animalizadas, e, por isso, patrocina no mundo material a organização benfeitora da Medicina, que assim cumpre o sagrado dever de aliviar a dor humana tanto quanto possível, solucionando também os efeitos malignos das causas subversivas que o espírito enfermo verte para o seu corpo de carne. Graças, pois, aos médiuns devotados e benfeitores, os homens ainda conseguem movimentar-se no mundo material apresentando certo equilíbrio fisiológico, apesar de seu constante auto-massacre mental e emotivo, em que o organismo físico funciona à guisa de depósitos de lixo e miasmas tóxicos drenados do perispírito.
O médico, portanto, não merece censuras porque também comete equívocos na tentativa justa de curar o seu paciente; mas este é que, em geral, por força da lei sideral que o disciplina sob o grilhão da doença, ainda não merece o alívio da dor ou a solução definitiva para a sua doença.
Certos de que sois convictos e cientes do processo cármico retificador do espírito, o qual se exerce através das reencarnações expiatórias no mundo material, tereis de admitir que, em face das tropelias, desmandos, crueldades das hordas famélicas e perversas do passado, esses mesmos espíritos belicosos precisam retomar sucessivamente à Terra, para a devida retificação de sua consciência espiritual ainda tão brutalizada. E também é óbvio que ainda não merecem um tratamento suave, indolor e benfeitor por parte da medicina do mundo; e assim, os seus males físicos agravam-se tanto quanto eles mais procuram eliminálos mediante drogas ou intervenções cirúrgicas. A nova existência, obedecendo aos princípios construtivos e justos das recuperações espirituais brinda-os também com a mesma crueza que adotaram em suas vidas anteriores no seio da Humanidade.
Tais espíritos ainda não merecem o socorro médico indolor, pois, em suas vidas pregressas, foram fanáticos inquisidores do Santo Ofício, torturadores do Oriente, tiranos na Pérsia, católicos no massacre de São Bartolomeu, perseguidores de cristãos nos circos romanos, bárbaros senhores de escravos, soldados sanguinários das hostes de César, de Tamerlão, de Atila, de Gêngis Khan, de Aníbal; e há pouco tempo, assassinos dos judeus e dos povos indefesos sob o comando de Hitler. É evidente que esses impiedosos homens do passado encontram-se atualmente em provas acerbas, reencarnados na figura de cidadãos comuns, operários, médicos, militares, artistas, comerciantes, motoristas, advogados, enfermeiros ou participantes de diversas religiões e credos espiritualistas.
A sua dívida cármica é para com o orbe terráqueo, onde vazaram sua crueldade nas correrias turbulentas contra as populações e criaturas indefesas: e, por isso, a Lei inflexível, mas equânime, os obriga a pagar até o "último ceitil", colhendo os efeitos dolorosos das causas malignas semeadas no pretérito. Não há favorecimento sob a Lei Divina em abrir precedentes censuráveis, assim como a injustiça também é impossível se o processo é de angelização do homem.
Sem dúvida, a doença cruel é a terapêutica mais adequada para esses espíritos algo embrutecidos e refratários ao sentimento espiritual. Embora eles vos pareçam pacíficos e bondosos, ainda conservam no âmago da alma o potencial da violência e da falta de compaixão. Assemelham-se às sementes virulentas que jazem humilhadas no solo ressequido, mas não tardarão em expelir com violência o seu tóxico logo que surja o clima apropriado. Deste modo, eles fazem jus à alopatia intoxicante, ao cautério cruciante, ao curativo doloroso e à cirurgia mutiladora, cumprindo a sua "via-crucis" como reparação às suas crueldades no passado.
Vivem de consultório para consultório, de hospital para hospital, decepcionados com a farmacologia do mundo, desiludidos pela terapêutica homeopática ou ervanária, assim como desatendidos pelos próprios espíritos desencarnados. Abatidos, cansados e profundamente humilhados pela vida que os maltrata, atingem a cova do cemitério e os seus corpos de carne transformam-se na "ponte viva", que depois intercambia para o subsolo os venenos do ódio, da raiva, da perversidade, da violência, do orgulho, da prepotência e cupidez gerados no barbarismo dos estímulos animais.

RAMATÍS - MEDIUNIDADE DE CURA

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