Sabedoria Ramatis

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quarta-feira, 4 de abril de 2018

"PRANA - VITALIDADE EM TODOS OS PLANOS DE MANIFESTAÇÃO DOS SERES E DAS COISAS"


PERGUNTA: - E que nos dizeis então sobre essa substância ou fluido nervoso que, através do cérebro humano, assegura-nos o intercâmbio entre o que pensamos e o que sentimos? Nesse caso, qual é a função ou importância do Prana?

RAMATÍS: - O Prana, tornamos a repetir, é a Vitalidade em todos os planos de manifestação dos seres e das coisas. Assim, há Prana espiritual virginal que mantém a figura iniciática do Espírito no seu primeiro plano para a individualização; há Prana mental responsável pela vida do pensamento, Prana astral nutrindo o desejo, o sentimento e a emoção, Prana etérico alimentando o duplo etérico e os chacras, assim como também há o Prana físico, que enseja e produz a ação concreta da consciência "física" ou humana.
O Prana manifesta-se, subdivide-se ou encorpa-se, conforme a necessidade e a natureza vibratória de cada plano em que o espírito do homem atua.
A matéria nervosa é que faculta ao homem a condição dele tanto sentir o prazer como a dor, gozar ou sofrer; no entanto, se tal matéria fosse composta unicamente de Prana físico, ela, então, seria insensível no homem, assim como é no mineral.
Os seres e as coisas que já possuam sensibilidade extramaterial, seja o vegetal, o animal, ou o homem, é porque além do Prana da vitalidade física, eles também possuem o Prana ou substância astralina, que é o fundamento vivo da emoção, do desejo e do sentimento, mesmo sob manifestações primárias ou muito rudimentares. Em consequência, a matéria nervosa é fruto da combinação harmoniosa do Prana astral e do Prana físico e que, ao darem vida à célula nervosa, concedem-lhe também a sensibilidade própria das emoções e dos sentimentos humanos do plano astral. No entanto, quando o homem pensa, ele pratica uma ação mais íntima do que "sentir" ou "emocionar-se", pois ele o faz pelas células nervosas do cérebro, que além de estarem associadas ao Prana astral da emoção, acham-se também impregnadas do Prana mental ou sopro vital sustentador do mundo do pensamento.
Graças ao Prana, diz a tradição oriental, o "Verbo se fez homem", porque a Vitalidade do Universo e dos seres é, enfim, o próprio Prana. Ante a manifestação incondicional e ilimitada do Prana, dizem os sábios orientais que o "espírito mesmo desprovido da palavra é um Ser que fala".
O Sol, sublime condensador e reservatório de Prana, ele o distribui para os seus "filhos planetários", na forma de energias e fluidos, que alimentam todo o ser vivo e asseguram a estabilidade no Cosmo. Na contextura do mineral predomina o Prana físico, e a vida nele não vai além de um adormecimento profundo, cuja atividade só é perceptível pelo desgaste; nos vegetais, principalmente os de forte odorância ou carnívoros, o Prana astral equilibra-se com o Prana físico, e por esse motivo eles reagem pela irritabilidade através das nervuras ou espécie de sistema nervoso rudimentar.
Nos animais, a maior proporção prânica astralina já lhes faculta uma consciência astral instintiva, tão desenvolvida ou avançada conforme seja a espécie, dando-lhes, por vezes, uma capacidade de sentir quase humana, como o cão, o cavalo, o elefante, o gato, o carneiro, o macaco e mesmo o boi.
Finalmente, o homem, que além do "sentimento" também é um "pensador", abrange, então, numa associação ou síntese trifásica, o Prana físico, o astral e o mental, razão por que ele possui as faculdades de pensar, sentir e agir simultaneamente em três planos diferentes. Durante seu "descenso" através dos planos vibratórios cada vez mais densos do mundo interno, o Espírito vai incorporando o Prana de cada plano em que se manifesta, até poder atuar na matéria através do corpo físico.
Os elementos inorgânicos, como a pedra e o mineral, e também os vegetais e ainda os animais e o homem, que já manifestam vida, todos nascem, crescem, desgastam-se e morrem. Porém, é graças ao Prana, que isso acontece, porque ele está presente em todas metamorfoses da Vida, substituindo as formas estáticas ou cansadas, vivificando o mecanismo da procriação, selecionando as espécies mais puras e as inferiores e concretizando assim o programa do Pensamento Não gerado e Incriado de Deus.
O Prana, enfim, é o elemento que permite ao Espírito baixar do seu reino sutil até a vida física e despertar-lhe a consciência individual de "Ser" e de "'Existir" no seio do Cosmo. 

É, enfim, o sublime revelador da Vida Espiritual à periferia dos mundos materiais.

DO LIVRO: "ELUCIDAÇÕES DO ALÉM" RAMATIS/HERCÍLIO MAES - EDITORA DO CONHECIMENTO.

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