Por: Mãe Leni, dirigente fundadora do Templo de Umbanda Vozes de Aruanda, de Erechim - RS
"Ficamos entristecidos ao visitar uma linda cachoeira e observar a imensidão de "lixo" deixado na água, nas pedras e na mata ao redor, por supostos "umbandistas".
Oferendas com muito vidro, plástico, papel alumínio, velas nas pedras e até aves em decomposição. Como agradar às entidades ou aos Orixás sujando desta forma sua casa? A natureza é por onde ELES se manifestam a nós, humanos encarnados. Será que Oxum (que é doçura e amor), Xangô, Oxóssi ou outro Orixá gosta de putrefação, de lixo que não se decompõe e será levado pelas águas até o mar de Iemanjá? Não acredito.
O ato de oferendar é para absorver, em contrapartida, o axé para o ofertante; portanto, se alguém emporcalha o sítio sagrado da natureza onde reina o Orixá, estará emporcalhando seu próprio axé. Falta entendimento e discernimento, bem como cidadania, pois, além das "oferendas", ainda deixam espalhados os sacos plásticos nos quais as transportaram.
Não se dignam a recolher o próprio lixo que suja e entope nossos córregos, num momento em que nosso planeta já se ressente com falta de água doce, justamente por esses atos insanos dos homens. Por essas e outras, que Umbanda deve ser estudada, antes de ser praticada."
Trecho retirado do livro: Encantos de Umbanda (pág. 56,57).
Fonte: Encantos de Umbanda/Norberto Peixoto - Legião Publicações - https://livrariadotriangulo.com.br/
Imagens: Cantareira Informe, Refúgio dos Orixás, oxumtayo.wordpress. com
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