Sabedoria Ramatis

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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

ELUCIDAÇÕES DE RAMATÍS SOBRE OS QUE DESEJAM DESENVOLVER A MEDIUNIDADE



PERGUNTA: - Que se deve fazer com as pessoas que se apresentam todos os dias nos centros espíritas, rogando a oportunidade de desenvolvimento mediúnico? 

RAMATÍS: - Nem todas as pessoas que se apresentam às reuniões espíritas com o fito de desenvolver sua mediunidade a conselho de outros, são realmente médiuns ou requerem esse desenvolvimento imediato. Já dissemos que muitos confundem manifestações fisiológicas com faculdades mediúnicas; doutra feita trata-se de enfermos; precisam mais de assistência espiritual, do medicamento, do passe e do conselho, do que mesmo de sentar-se à mesa espírita para fenomenologia mediúnica. É de pouca valia o desenvolvimento mediúnico na criatura que ainda não exercitou a paciência, não desenvolveu a bondade, nem perdoou os seus adversários; e ainda é intrigante, caprichosa ou ociosa. Sem dúvida, tal médium há de ser um tropeço entre aqueles que levam a sério sua responsabilidade mediúnica e desejam aproveitar todos os momentos disponíveis para o seu engrandecimento espiritual. Algumas vezes os candidatos a médiuns confundem hipersensibilidade mediúnica com a sua própria irascibilidade, descontentamento, amor-próprio, ressentimentos ou mau gênio, atribuindo aos espíritos desencarnados a culpa de suas próprias mazelas espirituais. Deste modo, aqueles que se apresentam nos centros ou nas reuniões espíritas buscando o desenvolvimento mediúnico, em primeiro lugar devem avaliar o seu grau de paciência, tolerância, renúncia e perseverança em assistir os trabalhos medi únicos, para então auferir os conhecimentos ali divulgados, corrigir sua conduta moral e afeiçoar-se aos demais conhecimentos do Espiritismo.
É indubitável que o médium não poderá beneficiar o próximo, se antes de tudo recusa-se ao burilamento interior, à leitura espiritista e afasta-se do contato benfeitor com os espíritos bons.
Os passes magnéticos, as vibrações amorosas dos espíritos guias e as relações incessantes com os componentes dos grupos espiritistas sempre ajudam o candidato a médium a recuperar-se das perturbações espirituais e assim sentar-se à mesa espírita para o devido desenvolvimento mediúnico. Daí, pois, a conveniência do mesmo fazer um pequeno "estágio" de reconhecimento e afinidade para com o grupo de pessoas a que vai submeterse num serviço de intimidade espiritual, onde suas qualidades e seus defeitos virão à superfície atraídos pelas condições hipersensíveis do meio espírita.
A mediunidade é como o "fio d'água"avançando lentamente por entre os escolhos da superfície do mundo, mas encorpando-se e tornando-se cada vez mais útil e generoso, tanto quanto exercita-se no esforço de se "desenvolver" até o curso do rio benfeitor.


DO LIVRO: " ELUCIDAÇÕES DO ALÉM " RAMATÍS/HERCÍLIO MAES - EDITORA DO CONHECIMENTO.

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