PERGUNTA: - Que se deve fazer com as pessoas que se apresentam
todos os dias nos centros espíritas, rogando a oportunidade de
desenvolvimento mediúnico?
RAMATÍS: - Nem todas as pessoas
que se apresentam às reuniões espíritas com o fito de
desenvolver sua mediunidade a conselho de outros, são realmente
médiuns ou requerem esse desenvolvimento imediato. Já dissemos
que muitos confundem manifestações fisiológicas com faculdades
mediúnicas; doutra feita trata-se de enfermos; precisam mais de
assistência espiritual, do medicamento, do passe e do
conselho, do que mesmo de sentar-se à mesa espírita para
fenomenologia mediúnica. É de pouca valia o desenvolvimento
mediúnico na criatura que ainda não exercitou a paciência, não
desenvolveu a bondade, nem perdoou os seus adversários; e ainda
é intrigante, caprichosa ou ociosa. Sem dúvida, tal médium há
de ser um tropeço entre aqueles que levam a sério sua
responsabilidade mediúnica e desejam aproveitar todos os momentos
disponíveis para o seu engrandecimento espiritual. Algumas vezes
os candidatos a médiuns confundem hipersensibilidade mediúnica
com a sua própria irascibilidade, descontentamento, amor-próprio,
ressentimentos ou mau gênio, atribuindo aos espíritos
desencarnados a culpa de suas próprias mazelas espirituais. Deste
modo, aqueles que se apresentam nos centros ou nas reuniões
espíritas buscando o desenvolvimento mediúnico, em primeiro lugar
devem avaliar o seu grau de paciência, tolerância, renúncia e
perseverança em assistir os trabalhos medi únicos, para então
auferir os conhecimentos ali divulgados, corrigir sua conduta
moral e afeiçoar-se aos demais conhecimentos do Espiritismo.
É indubitável que o médium não poderá beneficiar o próximo, se antes de tudo recusa-se ao burilamento interior, à leitura espiritista e afasta-se do contato benfeitor com os espíritos bons.
É indubitável que o médium não poderá beneficiar o próximo, se antes de tudo recusa-se ao burilamento interior, à leitura espiritista e afasta-se do contato benfeitor com os espíritos bons.