PERGUNTA: - Em face de Jesus não ser o próprio Cristo, então poderíamos considerá-lo apenas um homem nomeado para uma tarefa espiritual incomum?
RAMATÍS:Jesus foi o sublime médium da entidade arcangélica responsável pela consciência espiritual do vosso orbe; espécie de elo vibratório, proporcionando a fluência do amor crístico até a maior capacidade de assimilação da humanidade terrena. No entanto, o próprio Jesus é atualmente o governador de toda atividade espiritual, social e mesmo científica da Terra, cabendo-lhe a imensa responsabilidade de traçar os rumos e os destinos dos homens, sob o incentivo libertador do Evangelho. Lembrando a honestidade e retidão de um mestre amoroso e leal, Jesus há dois mil anos decidiu-se pelo sacrifício estóico, num corpo físico, a fim de despertar os seus tutelados para o amor, embora ainda tratando-se de homens primários.
4 - Vide a obra "Do País da Luz", capo IV, 1° volume, psicografada por Fernando Lacerda, em Portugal, na qual o espírito de Napoleão diz o seguinte: "O Eleito é sempre escolhido; mas o escolhido não é eleito. O eleito foi escolhido por Deus para fazer o Bem pelo Bem; o escolhido pode ser para fazer o Bem pelo Mal. O eleito foi Jesus. Eu fui escolhido". Nesta comunicação, Napoleão compara a sua existência turbulenta e ambiciosa, com a missão tema, pacífica e amorosa de Jesus.
Mas em sua sabedoria sideral, ele compreendia perfeitamente a natureza psíquica de vossa humanidade, pois os "pecados" dos homens eram frutos de sua imaturidade espiritual. Ele não sofreu pelos insultos, pelas traições, incompreensões e crueldades humanas, porque reconhecia nas criaturas terrenas mais ignorância do que propriamente maldade.
Os professores conscientes e bem preparados jamais se ofendem com as estultícias e travessuras dos alunos que ainda frequentam os jardins de infância e, mesmo, os cursos primários de alfabetização. Eles não consideram injúrias ou crimes aquilo que ainda é próprio da irresponsabilidade infantil. Embora se tratasse de um anjo do Senhor, a Lei Sideral obrigava-o a dobrar suas asas resplandecentes e percorrer solitariamente o longo caminho da "via interna" , até vibrar na face sombria do orbe terráqueo e entregar pessoalmente a sua Mensagem de Amor.
Após ajustar o seu corpo mental e reativar o mecanismo complexo do cérebro perispiritual, Jesus, então, revitalizou o corpo astralino já inativo pela ausência das emoções e paixões humanas, a fim de vibrar novamente ao nível das atividades físicas. Integrou-se definitivamente na atmosfera do mundo físico nessa descida vibratória" e transcorreu um milênio até corporificar-se, mais tarde, no mais encantador menino que a Terra já havia conhecido. Portanto, Jesus não pode ser considerado um "homem nomeado" para uma tarefa incomum, mas um "anjo" eleito para transfundir no sacrifício de sua paixão iniciática a luz do Cristo. Coube-lhe iluminar os desvãos sombrios das almas ainda petrificadas pelas crostas residuais das paixões e dos vícios animalescos.
DO LIVRO: "O EVANGELHO À LUZ DO COSMO" RAMATÍS/HERCÍLIO MAES - EDITORA DO CONHECIMENTO.
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