Sabedoria Ramatis

Sabedoria Ramatis

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

REFLEXÃO

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"As paixões tão comuns dos déspotas e guerrilheiros, como o orgulho, a ambição, a prepotência e a impiedade, que eles manifestam quando portadores de corpos sadios e cérebros normais, terminam arrasadas e impedidas de qualquer ação sob o organismo carnal atrofiado.
As suas idéias perigosas e as emoções atrabiliárias nem chegam a ultrapassar-lhes o campo subjetivo, pois extinguem-se ou cessam por falta de um sistema cerebral nervoso, correto e sensível capaz de dar-lhes forma e ação no mundo exterior.
Contudo, não há punição deliberada para tais espíritos doentes, mas apenas a reparação espiritual no sentido de se ajustarem ao padrão de vida superior. O corpo imbecilizado a subjugar-lhes os impulsos homicidas, sufocando-lhes a eclosão violenta das paixões animais, constitui-se no abençoado "estágio" para a sua evolução espiritual no futuro."

RAMATÍS - ELUCIDAÇÕES DO ALÉM

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

O MÉDIUM DIGNO DE EXERCER O INTERCÂMBIO COM OS ESPÍRITOS SUPERIORES


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PERGUNTA: — Como se caracteriza o médium adequado e digno de exercer o intercâmbio com os espíritos superiores? 

RAMATIS: — O médium já caracterizado definitivamente pela eclosão de sua faculdade mediúnica, e que pode ser convocado para o serviço ativo do Bem, é algo semelhante ao mensageiro enviado a ruidosa cidade repleta de vícios e ilusões perigosas, onde ele deve estagiar para divulgar a mensagem sublime dos seus maiorais.
Ele tem o direito de trocar a sua veste empoeirada pelo traje limpo, usufruir da alimentação justa, do sono reparador e permanecer junto dos seus entes queridos. Entretanto, comprometeu-se a evitar qualquer contato vicioso e indigno, que possa enodoar o serviço superior e trair a confiança daqueles que o credenciaram para a consecução dos objetivos benfeitores. No seu contrato espiritual, o médium obrigou-se a repelir qualquer empreendimento capaz de subverter-lhe a sensibilidade mediúnica ou afetar-lhe o caráter espiritual, tais como as aventuras condenáveis, onde a malícia, o desrespeito, a paixão desregrada ou o vício deletério terminam atrofiando as mentes levianas e indisciplinadas.
Ele deve ser o esposo digno, o pai amoroso, o cidadão honesto, o filho generoso, assim como o amigo fiel para os que o aceitam no círculo de suas amizades, ou o homem tolerante e benevolente para com os seus adversos. Embora não despreze os viciados e os infelizes que tombam sob o guante das paixões pecaminosas, não deve pactuar com o vício e a corrupção.
Jesus afagava os pecadores, mas de modo algum ele condescendia com o vício e as impurezas do mundo. Amava os homens, mesmo quando eram pervertidos ou débeis de espírito, mas não se associava às suas tramas desonestas nem admitia os seus desregramentos morais.
O médium, como espírito que aceitou espontaneamente a tarefa de servir aos encarnados, precisa evitar as práticas viciosas que lhe agravam o carma pretérito, para usufruir da aura benfeitora que se nutre só dos fluidos sadios dos pensarnentos regrados e dos sentimentos benevolentes. Embora ele seja também um espírito encarnado atuando no seio turbilhonante da vida física e, assim, participando dos ambientes de infelicidade e dos sofrimentos humanos, ainda cumpre-lhe o dever de orientar o próximo por entre o cipoal contraditório da vida humana, ofertando-lhe os ensinamentos confortadores que recebe dos seus amigos desencarnados. Mas, sem dúvida, não deve olvidar que, acima de toda a sua obrigação mediúnica, ainda precisa cuidar carinhosamente de sua própria redenção espiritual.
Se ainda existe um contato proveitoso das altas esferas com a humanidade encarnada, isso se deve muito mais ao heroísmo dos espíritos bondosos, que abdicam do seu ambiente paradisíaco para socorrerem seus irmãos ainda comprometidos com a carne, do que ao trabalho dos médiuns existentes na Terra. 

AS PINTURAS MEDIÚNICAS E SUAS CONTRADIÇÕES


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PERGUNTA: — Por que motivo entre os vários retratos que foram pintados mediunicamente sobre a vossa figura perispiritual, nenhum deles se parece estritamente convosco? O vosso sensitivo explica-nos que sois amorenado, olhos oblíquos e que não tendes o aspecto adolescente de um jovem de quinze anos, como vos pintaram. Também apresentais uma fisionomia expressivamente ocidentalizada, quando, na realidade, sois um tipo oriental descendente de indu e chinesa. Diz o médium que a maior semelhança entre vós e os retratos mediúnicos pintados reside somente no tipo das vestes, do turbante e das cores de vossa aura. Que dizeis?

RAMATÍS: — As diferenças comumente existentes entre a verdadeira configuração perispiritual dos desencarnados e as pinturas mediúnicas resultam mais propriamente dos efeitos imprecisos e muito comuns dos fenômenos de ideoplastia. As idéias e os pensamentos produzem ondas e radiações que, por sua vez, devem formar imagens daquilo em que se pensa. No entanto, como as nossas são configuradas no plano da 4.a dimensão, nem sempre se ajustam com exatidão às formas tridimensionais da visão carnal. Assim, é muito difícil para os encarnados obter uma fotografia perfeita e exata das idéias ou das imagens que projetamos do Além sobre a mente dos médiuns intuitivos, videntes ou desenhistas. Mesmo quanto à exatidão das comunicações faladas ou psicografadas dos nossos pensamentos, ainda são raros os médiuns intuitivos que apanham a realidade intrínseca do assunto que desejaríamos transferir para o conhecimento do mundo material.
Em comparação com a freqüência retardada dos acontecimentos do mundo material, ainda é muito grande o aceleramento ou a fuga vibratória dos fenômenos que se sucedem no mundo astral, do que resulta considerável desajuste no mesmo tempo da ocorrência. Como ilustração concreta dos nossos dizeres, basta dizer que o nosso médium, neste momento, mobiliza toda a sua capacidade psíquica para captar com êxito as idéias que formulamos do "lado de cá" e, no entanto, não consegue transferir fielmente para a matéria o assunto que sente na intimidade de sua alma. Servindo-nos de rude exemplo, diríamos que, enquanto emitimos um "tonel" de pensamentos, o nosso médium só consegue captar em seu equipo físico a quantidade pensada que simbolicamente só caberia num "copo". 



PERGUNTA: — Poderíeis esclarecer-nos melhor o motivo dessa contradição entre o original-espírito e a cópia retratada mediunicamente?' 

RAMATÍS: — Os retratos pintados mediunicamente, que não reproduzem fielmente a configuração perispiritual ou a fisionomia dos desencarnados, ressentem-se geralmente de três dificuldades características.
Às vezes, o médium desenhista, quando retrata o espírito desencarnado, apenas sente-lhe a vibração à distância e o confunde com a imagem que ele "vê" mentalmente no momento em que desenha.
Noutros casos, as pessoas presentes ao trabalho mediúnico pensam fortemente em determinado espírito de sua simpatia, e o médium desenhista, então, confecciona o retrato conforme a figura que ele sente projetada na cortina astral, ignorando que se trata unicamente de imagem que foi pensada por um encarnado naquele instante. Sem dúvida, a pintura então será tão perfeita ou imperfeita quanto for a capacidade e a fidelidade de quem a pensar.
Finalmente, a maioria dos casos de imperfeição do desenho mediúnico provém mesmo da inabilidade e deficiência técnica do médium desenhista, que por vezes ainda se junta a uma faculdade incipiente e incapaz de pressentir com proficiência o modelo desencarnado.
Em virtude da semelhança que é muito comum nas vestimentas dos orientais, os videntes ou desenhistas confundem facilmente os espíritos dessa origem devido aos seus turbantes ou túnicas tradicionais, tal como já tem acontecido conosco, quando erroneamente nos tomam por outras entidades.
É muito comum aos trabalhadores do Oriente apresentarem-se aos médiuns ostentando certos emblemas iniciáticos do Espaço, como a esmeralda, o rubi, o topázio ou a safira nos turbantes, e que não expressam a convenção comum das jóias terrenas, mas apenas certa identificação particular, tal como os fraternistas terrenos usam a estrela de salamandra, o signo de Salomão ou o triângulo egípcio.
Não se trata de talismãs ou insígnias supersticiosas, nem mesmo de distinções hierárquicas, a que somos avessos, mas apenas de sinais que identificam as entidades sob o mesmo gênero de trabalho e de responsabilidade espiritual nas comunidades astrais do Oriente.
Quanto a nós, temos aparecido ao sensitivo e à vidência dos terrícolas com as vestes religiosas que usávamos há um milênio em nossa última romagem carnal na Indo-China, isto é, espécie de indumentária iniciática dos bispados daquela latitude geográfica.

"OS ESPÍRITOS DELINQUENTES"


"Os espíritos delinquentes e malfeitores procuram ligar-se aos videntes excepcionais mas de moral duvidosa, a fim de interferirem em suas faculdades e levá-los ao ridículo, às sandices ou atiçar a intriga e a desconfiança entre os seus companheiros.
O seu intuito é o de afastá-los o mais cedo possível dos ambientes moralizados e assim neutralizar-lhes a vidência esclarecedora, de ajuda, na seara espírita. É por isso que certos videntes que vivem sob a ação desses espíritos mistificadores revelam quadros tolos, fatigantes e exóticos, que lançam a dúvida, despertam o riso ou semeiam a confusão entre os circunstantes.
Os espíritos maquiavélicos tudo fazem para baixar o tom de segurança e sensatez dos ambientes espíritas, e tentam anarquizá-los pelas revelações frívolas ou contraditórias, que nada têm a ver com a doutrina ou com os objetivos sérios do trabalho. Tanto pela psicofonia como pela vidência, eles fazem descrições ocas e extensas, acumulam detalhes inúteis e cansativos aos presentes, misturando propositadamente as idéias ridículas e justificando as superstições, quando podem atuar pelos médiuns ingênuos, ignorantes ou de sentimentos censuráveis. E se dispuserem de medianeiro exaltado, exibicionista ou envaidecido pelas competições de oratória mediúnica, então essas entidades das sombras falseiam a realidade do Além e chegam a abalar as convicções dos neófitos espíritas.
O médium, pois, vidente, intuitivo ou de vista-dupla direta, antes de se preocupar com o êxito técnico e o poder descritivo de sua faculdade, deve primeiramente evangelizar-se, a fim de assegurar o teor verídico e o sentindo benfeitor daquilo que "vê" ou "sente" no limiar do mundo invisível dos espíritos desencarnados. "

RAMATÍS - MEDIUNISMO

terça-feira, 13 de novembro de 2018

POR QUE MOTIVO É IMPOSSÍVEL AOS DESENCARNADOS DESCREVEREM PELOS MÉDIUNS, A REALIDADE DO ALÉM, COM TODA EXATIDÃO ?



PERGUNTA: — Por que motivo é impossível aos desencarnados descreverem pelos médiuns, com toda exatidão, a realidade do Além? Isso nos ajudaria muitíssimo a eliminar definitivamente as dúvidas bastante comuns que ainda existem em todos os gêneros de trabalhos mediúnicos e terminaria por nos dar uma só concepção coletiva da vida imortal. Que dizeis?

RAMATIS:
— É muito difícil para os encarnados que ainda vivem no mundo da terceira dimensão, compreender com absoluta clareza os fenômenos e as manifestações que se processam do "lado de cá", cujo plano é regido por dimensões sem apoio entendível na física humana. Acresce, ainda, que os estados vibratórios vividos pelos desencarnados superam qualquer concepção dinâmica de velocidade concebida pelos terrícolas.
As nossas comunicações para o mundo físico, como o fazemos neste momento, são transmitidas através do cérebro perispiritual do médium em que atuamos, e não diretamente sobre o seu cérebro físico. O nosso médium, por exemplo, a fim de tornar coerentes os nossos relatos do Além, mobiliza todos os seus esforços de memorização espiritual, na tentativa de evocar as lembranças dos seus estágios já vividos no mundo astral, durante os períodos em que se manteve desencarnado nos intervalos de suas anteriores encarnações.
Ele materializa-nos os pensamentos por meio dos sinais gráficos da escrita à medida que o inspiramos, e procura relacioná-los com as imagens e conhecimentos já armazenados no seu subconsciente durante as vezes em que se manteve fora do corpo físico.
O que lhe ditamos mentalmente, ele escreve como se viesse buscar o assunto no limiar dos dois mundos, para depois dar-lhe o retoque e o ajuste necessários à compreensão na linguagem humana.
Como não desfrutamos presentemente do cérebro físico que nos serviu na última existência física que tivemos na Indo-China, só podemos atuar no perispírito do médium, porém sem intervir diretamente no seu cérebro material. Isso só o poderíamos fazer se ele fosse um médium completamente sonambúlico, porque, então, a sua faculdade nos permitiria agir diretamente sobre seu sistema cérebro-espinhal em combinação com o conjunto de gânglios nervosos. Em conseqüência, ele se vê obrigado a recepcionar apenas "metade" da realidade espiritual do nosso mundo. Cabe-lhe, depois, compensar a outra metade com as sugestões e as imagens terrenas que lhe são conhecidas, ajustando-as de modo comparativo ao que pressupõe ser a fenomenologia astral.

HOMEOPATIA - FÉ OU PACIÊNCIA?


PERGUNTA: — Alguns adeptos da homeopatia afirmam que a cura homeopática é uma realidade, mas que só se processa naqueles que têm fé no remédio. Que nos dizeis a esse respeito? 

RAMATIS: — A fé, que essas pessoas acreditam ser tão necessária para o êxito do tratamento homeopático, não implica propriamente em uma crença ou um estado místico religioso, que o paciente deva assumir obrigatoriamente, a fim de só então lograr o êxito na cura.
A fé, nesse caso, é tão-somente a confiança, ou o otimismo do enfermo que, despertando a sua natureza receptiva e positivamente dinâmica, predispõe o seu campo mental e astral etérico a maior eletividade para a absorção da energia dinamizada pela dose homeopática.
O povo acredita que é necessário ter fé para curar-se pela homeopatia, porque em sua intuição pressente que é medicina de ação energética e não medicamentosa e que, por atuar no psiquismo humano, as doses então devem ser tomadas com “confiança”, malgrado sua aparência seja apenas a de água destilada. Demais, é preciso que o enfermo tenha paciência, pois não é tratamento violento, de efeitos rápidos e visíveis de imediato.


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