"A revelação da vida imortal do espírito e suas sequências avançadas são transmitidas ao vosso orbe por etapas gradativas, a fim de ser evitada a violência contra os preconceitos e a imaturidade mental ou espiritual das criaturas, cuja reação pode ser nefasta, como já tem ocorrido no passado, durante as perseguições e vinganças religiosas. Os ensinamentos do Alto são graduados de conformidade com o senso psicológico proporcional à suportação e compreensão dos seres humanos. Enquanto Maomé nivelou-se à belicosidade do povo árabe, para despertar-lhe a confiança e o interesse necessários para aceitarem alguns fragmentos da Verdade Espiritual, Buda pôde explicar muitos ensinamentos ocultos aos hindus, sem que necessitasse de qualquer contemporização com a violência. Moisés fez
rigorosas exigências ao povo hebreu através do temor e da ameaça; Jesus fez o convite celestial pela renúncia e pelo amor, enquanto Kardec, surgindo em época de maior despertamento mental da humanidade, fixou as bases definitivas do Dever que o próprio espírito encarnado deve impor a si mesmo.
Eis por que, no caso implícito em vossa pergunta, embora os espíritos comunicantes fossem entidades criteriosas, operando através de médiuns dignos, preferiram velar, em parte, a realidade da reencarnação e a sua consequente lei cármica de causa e efeito, guardando a prudência de não ferir os preconceitos e a psicologia desses povos ainda impermeáveis a uma revelação tão insólita.
Atendendo sabiamente ao seu delicado senso e tato espiritual, eles preferiram deixar em suspenso o esclarecimento definitivo sobre a reencarnação, até que a futura reforma de suas concepções sociais e raciais - ainda estratificadas pelos rígidos preconceitos do mundo - oferecessem melhor oportunidade para uma revelação mais lógica e perceptível.rigorosas exigências ao povo hebreu através do temor e da ameaça; Jesus fez o convite celestial pela renúncia e pelo amor, enquanto Kardec, surgindo em época de maior despertamento mental da humanidade, fixou as bases definitivas do Dever que o próprio espírito encarnado deve impor a si mesmo.
Eis por que, no caso implícito em vossa pergunta, embora os espíritos comunicantes fossem entidades criteriosas, operando através de médiuns dignos, preferiram velar, em parte, a realidade da reencarnação e a sua consequente lei cármica de causa e efeito, guardando a prudência de não ferir os preconceitos e a psicologia desses povos ainda impermeáveis a uma revelação tão insólita.
No princípio deste século, o povo inglês e o americano ainda não se apresentavam satisfatoriamente libertos das influências prejudiciais de certas castas, tradições seculares e diferenças raciais, o que os tornava muito violentos contra quaisquer revelações radicalmente contrárias à sua índole e psicologia em comum. Então os espíritos protelaram o esclarecimento da realidade indiscutível da reencarnação, assim como o das consequências decorrentes da sabedoria da Lei do Carma."
RAMATÍS - "A SOBREVIVÊNCIA DO ESPÍRITO"
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