Sabedoria Ramatis
quinta-feira, 29 de junho de 2017
segunda-feira, 26 de junho de 2017
OS AGENTES MÁGICOS
PERGUNTA - Em que consiste a "serventia"?
RAMATÍS - A serventia, que denota qualidade de servir a algo, alguém ou a uma causa, não deve ser interpretada como servidão ou subserviência.
Como as formas de apresentação de Caboclos, Pretos Velhos e Crianças na Umbanda são "ocupadas" por espíritos que vibram em certas freqüências sutis, ficam impedidos de atuar em determinados sítios vibracionais ocupados pelos antros de magia negra, sob pena de se imporem pesados rebaixamentos vibratórios que seriam motivo de sofrimento desnecessário, pela regularidade desse tipo de atuação. Para tanto, se utilizam da "serventia" dos agentes mágicos - Exus - como se fossem pares, mas cada um na sua faixa de caridade, se "complementando" no ideal de amparo e socorro àqueles que fazem jus diante dos tribunais cósmicos. Isso não quer dizer que não possam existir espíritos iluminados e libertos completamente do ciclo carnal atuando por amor a vós como agentes mágicos - Exus.
PERGUNTA - Podeis nos dar um exemplo de espírito iluminado que é um agente mágico - Exu entidade - que atua por amor nessa posição? Isto não contraria o programa evolutivo desta consciência espiritual no grande plano ascensional arquitetado pelo Pai Maior?
RAMATÍS Se o espírito que animou o corpo que personificou Jesus aceitou se impor imenso rebaixamento vibracional por amor ao vosso planeta e a coletividade espiritual que estagia nesta localidade cósmica, por que outros irmãos assim não podem igualmente proceder, diante do princípio de que o Pai a todos trata com equanimidade?
Quando um espírito conquista o passaporte cósmico que o habilita a agir e decidir por si mesmo quanto a sua movimentação no infinito universal regido pela onisciência do Criador, pode, dentro do exercício do seu livre-arbítrio, optar por como e onde continuará evoluindo, desde que seja de seu direito e merecimento, mesmo que para isso se imponha atuar em locais de baixa densidade vibracional em relação ao seu atual estágio evolutivo. Quantos luminares e santos de vossa História não estiveram junto dos exércitos que comandavam as batalhas sanguinolentas em nome da mansuetude do Cordeiro, por livre escolha?
A ascensão espiritual não é qual carrasco que impõe os páramos celestiais retratados nas abóbadas de vossas igrejas ou os planos idílicos de arquitetos ou engenheiros siderais. Os que estão "embaixo" não podem "subir" sem merecimento mas os que estão "em cima" podem "descer" por amor, o que é direito cósmico inalienável conquistado; e todos, indistintamente, são "olhados" com os mesmos critérios pelo Pai, que é todo amor, imanente na diversidade de planos dimensionais em que estua a vida no cosmo. Não daremos um exemplo de entidade espiritual que atue nos moldes descritos, pois a estaríamos distinguindo diante da necessidade de mencionarmos um nome. Podemos afirmar que na linha vibratória do orixá Oxalá é mais "comum" encontrardes espíritos que já poderiam estagiar em paragens cósmicas inimagináveis a vós, atuando como Exus na Umbanda.
ELUCIDAÇÕES DE RAMATÍS SOBRE O SEXO ENTRE ESPÍRITOS
PERGUNTA - Podeis falar-nos algo sobre o sexo no plano astral? Os espíritos mantêm relação sexual como entendemos?
RAMATÍS Sexo é fundamentalmente troca de energia. Na caminhada
evolutiva do espírito imortal, ocupais transitoriamente um corpo
masculino ou feminino, que durante o conluio amoroso se completam
energeticamente, momentaneamente em uníssono como se fôsseis um só
espírito, assexuado. Ocorre que o sexo para vós está
associado meramente ao prazer sensório fato que associado ao caráter
pecaminoso das religiões punitivas, que ressoa em vosso inconsciente
milenar, faz com que o ato sexual seja visto como algo impuro. O amor é a
mola que mantém as energias sexuais revitalizantes. Segundo vossos
psicanalistas a sexualidade tem fases evolutivas, sendo que infelizmente
classificam a fase adulta como fática, como se o órgão físico fosse o
centro de tudo, cegos que estão ao enorme manancial de energia
suprafísica envolvido na troca saudável e embasada no amor.
Com certeza há sexo entre os espíritos, inclusive pode ocorrer relação sexual anômala, entre um encarnado desdobrado e uma entidade desencarnada.
Com certeza há sexo entre os espíritos, inclusive pode ocorrer relação sexual anômala, entre um encarnado desdobrado e uma entidade desencarnada.
sexta-feira, 23 de junho de 2017
"CONDICIONAMENTOS E VICIAÇÕES MENTAIS-EMOCIONAIS" - ll
PERGUNTA: - Então, devemos fugir das condições adversas, como são as duras provações com a finalidade de subjugar nosso eu inferior na condição de médiuns encarnados?
RAMATÍS: - De maneira alguma. Todavia, alguns espíritos se impõem demasiada pressa. Muitos dos que se dizem espiritualizados, como falsos santos em conventos, não suportam a intensificação das provações a que se submeteram por sua livre
vontade para se reformar. Não é de uma hora para outra que vos "santificareis".
É óbvio que deveis levar com o máximo de seriedade o nobre desafio de subjugar vosso eu inferior. Isso passa ao longe do precipitado equívoco do pedreiro imprudente que, ao colocar mais areia do que o comum no carrinho de mão para não fazer serão depois do expediente, acaba fazendo uma liga insuficiente na argamassa usada para sustentar os tijolos do edifício.
RAMATÍS: - De maneira alguma. Todavia, alguns espíritos se impõem demasiada pressa. Muitos dos que se dizem espiritualizados, como falsos santos em conventos, não suportam a intensificação das provações a que se submeteram por sua livre
vontade para se reformar. Não é de uma hora para outra que vos "santificareis".
É óbvio que deveis levar com o máximo de seriedade o nobre desafio de subjugar vosso eu inferior. Isso passa ao longe do precipitado equívoco do pedreiro imprudente que, ao colocar mais areia do que o comum no carrinho de mão para não fazer serão depois do expediente, acaba fazendo uma liga insuficiente na argamassa usada para sustentar os tijolos do edifício.
Os senhores do carma aguardam pacientemente o fortalecimento de cada individualidade, seja em que planeta for do Universo. Não interpreteis isso como excesso de compaixão e não vos deixeis conduzir a dispensáveis acomodações do espírito. No Cosmo, no processo evolutivo que conduzirá todos aos páramos celestiais, a cada um são oferecidos os pedregulhos que podem ser carregados.Os planejadores cármicos contemplam não somente o que cada um merece, mas também o necessário ao seu pleno desenvolvimento espiritual no estágio em que se encontra. Assim, ao arquiteto é dado oportunidade à elaboração da planta de uma construção de conjunto habitacional na periferia da cidade; ao contador cabe conseguir os recursos financeiros, repassando-os às classes populares; ao mestre de obras, zelar pelos materiais em sua qualidade, não extrapolando o orçamento da construção elaborado pelo engenheiro; e
finalmente ao pedreiro, ao pintor, ao marceneiro, ao encanador, utilizar os insumos da forma mais eficiente possível. Assim, cada um, de acordo com o estágio evolutivo, na vida diária irá ter infinitas oportunidades de adquirir controle sobre os desejos, sentimentos e emoções que escravizam o corpo mental inferior ao corpo astral e este ao corpo físico.
finalmente ao pedreiro, ao pintor, ao marceneiro, ao encanador, utilizar os insumos da forma mais eficiente possível. Assim, cada um, de acordo com o estágio evolutivo, na vida diária irá ter infinitas oportunidades de adquirir controle sobre os desejos, sentimentos e emoções que escravizam o corpo mental inferior ao corpo astral e este ao corpo físico.
"CONDICIONAMENTOS E VICIAÇÕES MENTAIS-EMOCIONAIS"
PERGUNTA: - Com todos os apelos sensórios com que somos bombardeados
diariamente (Internet, televisão, jornais, revistas, anúncios, modismos), sentimo-nos como uma formiga tendo de remover o Himalaia. Não há um caminho mais ameno?
RAMATÍS: - Lembrai-vos de que é muito fácil ser virtuoso quando não há tentações à vista. Vossas predisposições anteriores à atual personalidade vos instalam o saudosismo dos antigos eremitérios, onde o trabalho interno era perseguido no isolamento. Isso vos leva a cair em comportamentos demasiado eletivos, quando não completamente isolados dos profanos comuns, "pobres mortais que nada sabem", muitos deixando a caridade em grupo para tentar alcançar sozinhos o pico da montanha.
Na primeira queda, não há ninguém para segurar vossas mãos; ao contrário: muitos inimigos a empurrar ladeira abaixo ou a colocar pedras em vossos bolsos.
Aqueles que são verdadeiramente convictos de si e fiéis seguidores de seus planejamentos reencarnatórios, nas circunstâncias adversas da' crosta terrícola, conseguirão inevitavelmente uma importante iniciação, adquirindo o direito cósmico de alçar vôos no plano astral, e conseguirão dominar sua natureza inferior em meio ao burburinho da coletividade.
Muitos espíritos, antes de voltar à carne, pedem duras provações para livrar-se mais rapidamente de pesados débitos do passado.
diariamente (Internet, televisão, jornais, revistas, anúncios, modismos), sentimo-nos como uma formiga tendo de remover o Himalaia. Não há um caminho mais ameno?
RAMATÍS: - Lembrai-vos de que é muito fácil ser virtuoso quando não há tentações à vista. Vossas predisposições anteriores à atual personalidade vos instalam o saudosismo dos antigos eremitérios, onde o trabalho interno era perseguido no isolamento. Isso vos leva a cair em comportamentos demasiado eletivos, quando não completamente isolados dos profanos comuns, "pobres mortais que nada sabem", muitos deixando a caridade em grupo para tentar alcançar sozinhos o pico da montanha.
Na primeira queda, não há ninguém para segurar vossas mãos; ao contrário: muitos inimigos a empurrar ladeira abaixo ou a colocar pedras em vossos bolsos.
Aqueles que são verdadeiramente convictos de si e fiéis seguidores de seus planejamentos reencarnatórios, nas circunstâncias adversas da' crosta terrícola, conseguirão inevitavelmente uma importante iniciação, adquirindo o direito cósmico de alçar vôos no plano astral, e conseguirão dominar sua natureza inferior em meio ao burburinho da coletividade.
Muitos espíritos, antes de voltar à carne, pedem duras provações para livrar-se mais rapidamente de pesados débitos do passado.
quarta-feira, 21 de junho de 2017
"MEDIUNISMO UMBANDISTA NO BRASIL"
PERGUNTA: - O Brasil é um país continental e tem um povo de grande misticismo, que abriga variadas formas de mediunismo mais arcaico, inclusive com sacrifícios de animais: pajelança da Amazônia, candomblés de caboclo, catimbós, ritual de xangô, catimbó-jurema, entre outros. Qual a finalidade desses movimentos? Podemos chamá-los de Umbanda?
VOVÓ MARIA CONGA: - Agradeçamos todos ao Alto por essa pátria abrigar todos os seus filhos em seus anseios espirituais. O que parece uma balbúrdia para os homens, é abençoada acomodação das consciências em evolução. É com essa liberdade de semeadura que vão os filhos evoluindo, e o que muitas vezes parece uma insensatez aos olhos dos julgamentos precipitados dos homens, é sensata caminhada rumo à colheita de luz. Os mais recatados em seus valores espirituais consideram tais ritos e práticas como "pecaminosos", já que são de opinião que estão no caminho certo e que suas doutrinas ou religiões são as verdadeiras, como se a Divindade os elegesse. Mesmo os que estão ainda retidos em rituais "arcaicos", como o de sacrifício de animal em nome de orixá cultuado, oferenda dispensável, já que nenhuma vida no Cosmo deve findar em prol de outra, reconheçamos que por tratar-se de ato de fé, de crença fervorosa para com a Divindade, esses filhos também estão no caminho do despertamento amoroso, como todos no Universo. Muitas vezes, esses mesmos críticos acham-se superiores no seu misticismo com o Além, mas esquecem-se da palavra fraterna e solidária no banquete diário de negócios em que a maledicência se instala, servidos que se encontram com finos alcoólicos e cortes especiais de carnes suculentas e mal passadas, distantes dos locais em que se mostram caridosos e humildes no encontro do culto semanal que praticam.
Nessas ocasiões que se satisfazem avidamente, não imaginam que, para os "olhos" do Além, a expressão da fé, mesmo "arcaica", é direito inalienável de cada cidadão, ao contrário da satisfação dos instintos animalescos dos homens "evoluídos". Não podemos afirmar que essas manifestações de mediunismo sejam Umbanda, de conformidade com o planejamento sideral desse movimento, mas pela sua universalidade nata, pois oriunda do Cristo Cósmico na sua essência amorosa, as altas entidades do Astral, dirigentes do mediunismo umbandista no Brasil, preveem que a Umbanda acabará abrigando em seu seio todas essas expressões de fé, pois há uma depuração irreversível de todas essas práticas, o que é coerente com a própria evolução dos homens, sendo que a própria Umbanda está em constante mudança evolutiva nesta era de Aquário.
MEDIUNIDADE E HOMOSSEXUALISMO
PERGUNTA: - E aqueles médiuns que notadamente são homossexuais?
VOVÓ MARIA CONGA: - Isso pouco nos importa. A conduta "culposa" que está relacionada com a moral dos homens, e o fato de um médium se encontrar em situação
provacional, como o é a questão da homossexualidade, é meramente efeito na atual encarnação de causas passadas, assim como o são as provas diárias do egoísmo, da vaidade, dos ciúmes e das maldades "comuns" para os homens. Pode um filho de conduta sexual "normal" aos olhos dos valores fugazes da sociedade dos homens ter pouco ou nenhum valor moral na visão da Espiritualidade, nos casos em que se exige um instrumento mediúnico. O sexo em si não
ofende as leis espirituais e não devemos classificar o homossexual como um anormal ou impuro. O amor, a solidariedade, o perdão das ofensas e a pureza do espírito, isso sim são requisitos indispensáveis, como objeto de julgamento severo que se estabelece quando do abençoado labor como aparelho mediúnico...
domingo, 18 de junho de 2017
O ASTRO INTRUSO
PERGUNTA: Dissestes há pouco que a humanidade terrena está atraindo coletivamente o psiquismo agressivo do planeta intruso, fixando-o na capacidade pessoal de cada ser. Podíeis dar-nos um exemplo para melhor entendermos como se processa essa interceptação ou aprisionamento da ação do astro?
RAMATÍS: É um fenômeno que pode ser apreciado sob mil modalidades diferentes. Essa interceptação físio-psíquica que um orbe ou uma humanidade efetua no seio do éter cósmico, varia de conformidade com as condições de seu progresso sideral. Enquanto os terrícolas, mergulhados no mesmo éter cósmico, situam energia na faixa vibratória que ainda é magnetismo ou energia degradada, os marcianos, com o mesmo éter, podem penetrar profundamente no fenômeno, e lidam, então, com o magnetismo etérico, uma forma ainda mais pura desse éter cósmico. Eles já conseguem transformar a luz em energia!
A vossa ciência trabalha com energia que se liberta continuamente e exige dificultoso aparelhamento para interceptá-la a contento econômico, visto que aprisiona essa energia depois de produzida ou degradada. Os marcianos, os jupiterianos, os saturninos, conseguem lidar com a energia no seu descenso vibratório, original, isto é, na sua forma realmente positiva e energética que, embora com abaixamento vibratório, é de índole impulsiva e não eclosão eletrônica consumível.
Servindo-nos de um exemplo corriqueiro, dir-vos-emos que a luz é sempre uma vibração única, no sentido de sua pureza iniciática; mas, conforme a capacidade dos que a recepcionam ou interceptam, torna-se luz intensíssima, forte, média ou fraca. Enquanto o homem se debate nas trevas, o gato enxerga no escuro, porque alcança menos de 16 vibrações por segundo; e a luz fraca, para o ser humano, já é intensa para o gato. No extremo da faixa vibratória da luz, o homem se ofusca acima de 20.000 vibrações por segundo, enquanto que essa luz é ainda fraca para a multiplicidade de insetos dos climas límpidos e equatoriais. A luz é sempre a mesma em sua fonte original; existiu antes do vosso orbe e existe como uma só expressão atuante, variando apenas quanto ao ser ou objeto que a intercepta e ajusta na
dosagem que lhe é apropriada. onsiderando que o astro de que tratamos é um "quantum" de energia agreste, primitiva e estimulante, os habitantes da Terra irão interceptá-la conforme a sua maior ou menor resistência psíquica no treino da vida. Enquanto um Francisco de Assis, sob essa mesma influência, dosá-la-ia como "vitalidade virgem", que só lhe atuaria no dinamismo do trabalho a favor do próximo, uma alma tipo Nero encherse- ia de ânimo e de audácia para vencer qualquer escrúpulo contemporizante de uma ação má.
segunda-feira, 12 de junho de 2017
"ASSIMILAÇÃO EQUIVOCADA DO VERDADEIRO EXU".
PERGUNTA: - A nosso ver, a assimilação equivocada do verdadeiro exu da
umbanda com o inexistente demônio popularizado pelos crentes católicos e
evangélicos contribui para a acirrada perseguição religiosa das
igrejas neopentecostais, que genericamente atacam toda a comunidade
umbandista. Em vossa opinião, isso não é contraditório e injusto?
RAMATÍS: - Na verdade, as leis cósmicas que regem a harmonia universal desconhecem a contradição e a injustiça. Assim como os sacerdotes negros que vieram como escravos tinham sido, em eras remotas, ferrenhos conquistadores, ditadores, generais e soldados de impérios dominadores do pretérito, perseguidores das religiões nos territórios conquistados, a reencarnação coloca ex-inquisidores opulentos como ovelhas tosquiadas de suas parcas moedas diante de pastores e bispos, em nome do dízimo que garante o salvo-conduto para as regiões paradisíacas.
Os mesmos que atacam os umbandistas e têm como meta aumentar o rebanho do bom pastor, fechando o maior número possível de terreiros na vizinhança, são liderados por
organizações sedentas de dominação coletiva, de grande poder mental, angariando abertamente novos cofres vivos pela hipnose amparada pelo verbo fácil, acumulando riquezas para a abertura de novas igrejas "em territórios a ser conquistados, com outros terreiros que devem ser fechados.
A umbanda não distingue o bem e o mal aos moldes judaico-cristãos ocidentais. Preconiza, fundamentada nos valores crísticos, universais, a possibilidade de felicidade, numa teologia que libera os adeptos da compunção lacrimosa de sofrer nas entranhas da carne os pecados praticados, desoprimindo da autoflagelação psíquica. Isso acabou criando uma armadilha ante as populações crentes, evangélicas, católicas e neopentecostais: os espíritos de pretos velhos, caboclos e crianças, bons e virtuosos, teceram a representação do bem, equiparados aos mentores kardecistas e aos santos canonizados. A aplicação da justiça cósmica é entendida precariamente pela maioria, que, inadvertidamente a interpreta como sendo o mal, o sofrimento.
Agrava-se essa dissonância com a prática desmesurada de cobrança de trabalhos mágicos, amarrações e despachos pelos motivos mais rasteiros ~ mundanos, em que vários terreiros de práticas mágicas populares, distorcidas, competem na busca dos fiéis, cada vez mais escassos, na tentativa de sobrevivência do "pai ou mãe-de-santo" e para a manutenção das despesas. Nessa competição, para mostrar quem tem o axé (força) mais eficaz, faz-se qualquer trabalho, atendem-se todos os pedidos pagos, de aborto a desencarne encomendado com despacho sanguinolento em porta de cemitério, encaminhados para os cultos de "exus" e "pomba-giras", identificados erroneamente como espíritos diabólicos da "umbanda". Isso se agravou com o tempo, já que muitos sacerdotes das religiões. afro-brasileiras se "umbandizaram", estruturando um tipo misto de religião.
RAMATÍS: - Na verdade, as leis cósmicas que regem a harmonia universal desconhecem a contradição e a injustiça. Assim como os sacerdotes negros que vieram como escravos tinham sido, em eras remotas, ferrenhos conquistadores, ditadores, generais e soldados de impérios dominadores do pretérito, perseguidores das religiões nos territórios conquistados, a reencarnação coloca ex-inquisidores opulentos como ovelhas tosquiadas de suas parcas moedas diante de pastores e bispos, em nome do dízimo que garante o salvo-conduto para as regiões paradisíacas.
Os mesmos que atacam os umbandistas e têm como meta aumentar o rebanho do bom pastor, fechando o maior número possível de terreiros na vizinhança, são liderados por
organizações sedentas de dominação coletiva, de grande poder mental, angariando abertamente novos cofres vivos pela hipnose amparada pelo verbo fácil, acumulando riquezas para a abertura de novas igrejas "em territórios a ser conquistados, com outros terreiros que devem ser fechados.
A umbanda não distingue o bem e o mal aos moldes judaico-cristãos ocidentais. Preconiza, fundamentada nos valores crísticos, universais, a possibilidade de felicidade, numa teologia que libera os adeptos da compunção lacrimosa de sofrer nas entranhas da carne os pecados praticados, desoprimindo da autoflagelação psíquica. Isso acabou criando uma armadilha ante as populações crentes, evangélicas, católicas e neopentecostais: os espíritos de pretos velhos, caboclos e crianças, bons e virtuosos, teceram a representação do bem, equiparados aos mentores kardecistas e aos santos canonizados. A aplicação da justiça cósmica é entendida precariamente pela maioria, que, inadvertidamente a interpreta como sendo o mal, o sofrimento.
Agrava-se essa dissonância com a prática desmesurada de cobrança de trabalhos mágicos, amarrações e despachos pelos motivos mais rasteiros ~ mundanos, em que vários terreiros de práticas mágicas populares, distorcidas, competem na busca dos fiéis, cada vez mais escassos, na tentativa de sobrevivência do "pai ou mãe-de-santo" e para a manutenção das despesas. Nessa competição, para mostrar quem tem o axé (força) mais eficaz, faz-se qualquer trabalho, atendem-se todos os pedidos pagos, de aborto a desencarne encomendado com despacho sanguinolento em porta de cemitério, encaminhados para os cultos de "exus" e "pomba-giras", identificados erroneamente como espíritos diabólicos da "umbanda". Isso se agravou com o tempo, já que muitos sacerdotes das religiões. afro-brasileiras se "umbandizaram", estruturando um tipo misto de religião.
sexta-feira, 9 de junho de 2017
O MILAGRE DA MEDIUNIDADE
"No Universo não existem fantasias nem milagres, mas tudo obedece a um processo de ciência cósmica com leis invariáveis." RAMATÍS, Elucidações do Além, 1964.
Cansada
de tanta dor, a jovem senhora que mais parecia uma velha, pela
aparência do corpo arqueado, resolveu que daquele momento em diante não
buscaria mais o auxílio da medicina, e sim o "milagre" dos Céus. Assim,
descendo de seu pedestal de "madame", resolveu começar subindo a
escadaria da santa, durante uma romaria. Lá rezou à sua maneira, acendeu
velas e pediu cura. Ensinaram-lhe que precisava fazer novena, e assim
ela fez. Nenhum sinal, nada de o milagre acontecer.
As dores lancinantes na coluna, depois de subir a escadaria, e a falta
de resultado, após todo aquele sacrifício, já a estavam desanimando,
quando recebeu nas mãos um panfleto. Ali estavam promessas de cura, de
verdadeiros milagres operados pela força do Espírito anto, e foi para lá
que ela se dirigiu. No primeiro dia, era preciso expulsar o demônio, e
só depois de "colaborar" com o templo e iniciar uma corrente de oração é
que receberia a graça. Ela deixou naquele lugar uma boa quantia do
dinheiro que já escasseava em decorrência de tantos gastos com a saúde, e
no final de meses não obteve nenhum resultado. Angustiada, já pensava
em suicídio quando uma amiga, das poucas que ainda lhe restavam, falou
de uma sortista afamada que, além de ver o futuro por bem pouco
dinheiro, faria algumas xaropadas que com certeza a curariam. E assim
foi que gastou mais do que o prometido, e tudo o que conseguiu foi um
desarranjo intestinal.
A dor continuava. A fraqueza agora tomava conta daquele corpo, e sua mente já estava com dificuldade de raciocínio. Das Dores, que era sua confiável e amorosa cozinheira de longos anos, encolhida em sua humildade, mesmo nada falando para a patroa, fazia rezas e pedidos para que recobrasse a saúde. Sabendo da aversão que a madame tinha pelos cultos afro, nunca ousou lhe contar que frequentava um terreiro de umbanda na periferia.
Naquela manhã, a jovem senhora, após uma noite de insônia e muita dor, repensando sobre. como a vida lhe estava sendo roubada dia após dia, desejou não levantar mais da cama. Desde que as dores se instalaram em sua coluna, só somara perdas, uma após outra. Primeiro, foi o marido que arranjou outra mulher, diante da limitação da esposa em acompanhá-lo em sua ativa vida social, depois, a filha casou-se e mudou de país, e, em seguida, os amigos, foram aos poucos se
afastando, pois o dinheiro escasseava.
A dor continuava. A fraqueza agora tomava conta daquele corpo, e sua mente já estava com dificuldade de raciocínio. Das Dores, que era sua confiável e amorosa cozinheira de longos anos, encolhida em sua humildade, mesmo nada falando para a patroa, fazia rezas e pedidos para que recobrasse a saúde. Sabendo da aversão que a madame tinha pelos cultos afro, nunca ousou lhe contar que frequentava um terreiro de umbanda na periferia.
Naquela manhã, a jovem senhora, após uma noite de insônia e muita dor, repensando sobre. como a vida lhe estava sendo roubada dia após dia, desejou não levantar mais da cama. Desde que as dores se instalaram em sua coluna, só somara perdas, uma após outra. Primeiro, foi o marido que arranjou outra mulher, diante da limitação da esposa em acompanhá-lo em sua ativa vida social, depois, a filha casou-se e mudou de país, e, em seguida, os amigos, foram aos poucos se
afastando, pois o dinheiro escasseava.
Das
Dores, vendo que a patroa desistia de lutar, solicitou à sua protetora,
uma preta velha chamada Maria Redonda, que lhe intuísse sobre como agir
para ajudar aquele espírito enfermo. E, naquela mesma noite, Das Dores
foi transportada em corpo astral para uma colônia espiritual denominada
Aruanda e de lá carregou os ensinamentos de que precisava para socorrer a
madame.
Haveria de levantar a patroa daquele leito e, mesmo a contragosto, procuraria dar-lhe um
banho quente, vestir roupas claras e levá-la ao terreiro de umbanda, na noite de gira de preto velho. Então, inventando uma desculpa qualquer, a bondosa negra obedeceu à sua mentora, chamou um táxi e transportou a patroa até o local. Quando lá chegaram, a sessão estava sendo aberta. A madame, mesmo confiando na bondosa empregada, assustou-se ao ver que estava num "centro de macumba", denominação que usava para esses locais.
Escutando lá de fora a batida dos tambores e o cantarolar efusivo da corrente mediúnica, seu coração disparou, suas mãos suaram, as pernas tremeram; em sua mente fervilhavam imagens que, por mais que forçasse, não conseguia apagar. Afloravam ressonâncias de um passado em que usara a magia de maneira errada, bem como de quando se viu vítima da Inquisição. Ora as imagens que tumultuavam sua mente eram de uma fogueira enorme, onde via seu corpo queimando; eram cenas de matança de aves cujo sangue lhe banhava a fronte. Dando um grito de horror, desmaiou. Mesmo assim, foi transportada para o interior do templo por dois cambonos e colocada aos pés do congá. Rapidamente, sob as ordens do guia-chefe que já estava atuando em seu médium, formou-se uma corrente de medianeiros ao seu redor, que, com a puxada de pontos cantados, incorporavam seus guias e protetores. A vibração de exu se fez necessária para a contenção das forças que teimavam em comandar aquele espírito que ocupava o corpo inerte. Dementados pelo ódio, nem perceberam que a luz os havia atraído, e assim se tornaram iscas para que fosse localizado no plano astral seu chefe, mago negro que comandava a operação.Além de todos os socorros efetuados no Astral, os trabalhadores espirituais ali presentes, por intermédio dos médiuns que cediam seus aparelhos, limpavam e curavam os corpos imateriais da jovem senhora, que agora acordava sob o amparo da bondosa Das Dores. Sem tempo de tomar qualquer atitude, foi levada pela empregada a uma sala interna do templo, onde, deitada em maca coberta por alvos lençóis, ficaria até se restabelecer do desmaio.
Haveria de levantar a patroa daquele leito e, mesmo a contragosto, procuraria dar-lhe um
banho quente, vestir roupas claras e levá-la ao terreiro de umbanda, na noite de gira de preto velho. Então, inventando uma desculpa qualquer, a bondosa negra obedeceu à sua mentora, chamou um táxi e transportou a patroa até o local. Quando lá chegaram, a sessão estava sendo aberta. A madame, mesmo confiando na bondosa empregada, assustou-se ao ver que estava num "centro de macumba", denominação que usava para esses locais.
Escutando lá de fora a batida dos tambores e o cantarolar efusivo da corrente mediúnica, seu coração disparou, suas mãos suaram, as pernas tremeram; em sua mente fervilhavam imagens que, por mais que forçasse, não conseguia apagar. Afloravam ressonâncias de um passado em que usara a magia de maneira errada, bem como de quando se viu vítima da Inquisição. Ora as imagens que tumultuavam sua mente eram de uma fogueira enorme, onde via seu corpo queimando; eram cenas de matança de aves cujo sangue lhe banhava a fronte. Dando um grito de horror, desmaiou. Mesmo assim, foi transportada para o interior do templo por dois cambonos e colocada aos pés do congá. Rapidamente, sob as ordens do guia-chefe que já estava atuando em seu médium, formou-se uma corrente de medianeiros ao seu redor, que, com a puxada de pontos cantados, incorporavam seus guias e protetores. A vibração de exu se fez necessária para a contenção das forças que teimavam em comandar aquele espírito que ocupava o corpo inerte. Dementados pelo ódio, nem perceberam que a luz os havia atraído, e assim se tornaram iscas para que fosse localizado no plano astral seu chefe, mago negro que comandava a operação.Além de todos os socorros efetuados no Astral, os trabalhadores espirituais ali presentes, por intermédio dos médiuns que cediam seus aparelhos, limpavam e curavam os corpos imateriais da jovem senhora, que agora acordava sob o amparo da bondosa Das Dores. Sem tempo de tomar qualquer atitude, foi levada pela empregada a uma sala interna do templo, onde, deitada em maca coberta por alvos lençóis, ficaria até se restabelecer do desmaio.
quarta-feira, 7 de junho de 2017
LEI DO CARMA
PERGUNTA: Estamos propensos a supor que a ação inflexível da lei do Carma sobre as almas em trânsito pelos mundos materiais significa uma cobrança tão severa quanto a da implacável lei do “olho por olho e dente por dente”. Não é assim?
RAMATIS: Em obras anteriores já vos temos explicado que a Lei do Carma não pune, mas reajusta. Malgrado ela vos pareça uma lei draconiana ou processo corretivo severo demais, em que a causa equívoca mais diminuta também gera um efeito milimetricamente responsável, tudo isto se sucede sempre objetivando a felicidade do espírito e o mais breve desenvolvimento de sua consciência angélica.
O Carma é a lei benfeitora que indica o caminho certo ao viajante despreocupado ou teimoso, corrigindo-lhe os passos titubeantes e os desvios perigosos, a fim de ajustá-lo mais depressa à sua ventura imortal. A humanidade terrena já se encontra suficientemente esclarecida para compreender que o seu sofrimento decorre, em particular, das suas infrações contra a Lei que justamente opera em seu favor! Uma vez que Jesus já deixou elevados ensinamentos que marcam o roteiro para o homem viver em perfeita harmonia com a Lei Cármica, e que regulam o equilíbrio da Vida e da ascensão angélica, jamais se justificam as reclamações humanas sob o pretexto de qualquer injustiça divina! Mesmo entre a vossa humanidade, a ignorância da Lei não é motivo para o infrator se eximir de sua responsabilidade! Deus não é um cérebro atento e implacável que intervenha punitivamente em cada momento em que vos equivocais; o pagamento do “ceitil por ceitil” é efetuado automaticamente pelo próprio espírito faltoso e, se a isso ele se sujeita, é porque costuma entrar em conflito com as regras que dirigem a sua ascensão espiritual. Então há de sofrer a ação contrária, da Lei, assim como a criança que queima a mão no fogo, não porque este seja vingativo e a castigue, mas apenas porque é um elemento comburente. Deus não cataloga ofensas praticadas por seus filhos, assim como não concede condecorações àqueles que o lisonjeiam constantemente. Ele apenas estabeleceu leis equânimes e sábias, que agem sob a égide do próprio bem. Elas arrebanham os retardatários, os rebeldes e os teimosos que ainda estacionam à margem dos caminhos da vida ilusória da forma, ajustando-os novamente ao curso exato de sua ventura espiritual.
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