Sabedoria Ramatis

Sabedoria Ramatis

sábado, 29 de outubro de 2016

"NAMORA COM A DOENÇA E TE CASARÁS COM ELA".


PERGUNTA: - Naturalmente, essas pessoas agravam os seus menores males porque pensam neles incessantemente e, então, dificultam a sua cura. Não é assim?

RAMATÍS: - "Namora a doença e te casarás com ela", diz certo provérbio do vosso mundo, aludindo a esses enfermos que fazem da doença e da morte a única preocupação da vida. Eles ignoram os postulados sadios do espiritualismo emancipado, que explicam a função purificadora da enfermidade e que o fatalismo da morte física é indispensável para desatar as algemas carnais do espírito. Muitos deles transformam-se em assíduos consultantes das sessões espíritas, à cata de pormenores minuciosos de "sua doença", pois consideram que é muito mais grave a sua dispepsia comum, do que a tuberculose da vizinha. Facilmente tornam-se adversários gratuitos do Espiritismo, quando os espíritos só se limitam a dar-lhes conselhos de ânimo espiritual, em vez de atendê-los com a prescrição de remédios miraculosos ou diagnósticos exatos de sua doença.
Certo é que, dia mais ou dia menos, algum espírito leviano ou médium anímico e imprudente acaba por fazer-lhes o diagnóstico certo ou errado, mas perturbador e trágico; o qual, então, se constitui na derradeira gota de água a entornar o copo de simples conjetura.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

O QUE SIGNIFICA O VOCÁBULO FEITIÇO?


PERGUNTA:  Mas o que significa, realmente, o vocábulo feitiço?

RAMATÍS: 
Feitiço, sortilégio, bruxaria e enfeitiçamento significam operação de "magia negra" destinada a prejudicar alguém. Antigamente, a palavra feitiço ou sortilégio expressava tão-somente a operação de encantamento, ou no sentido benéfico de "acumular forças" em objetos, aves e animais e seres humanos. Daí, o feitiço significar, outrora, a confecção de amuletos, talismãs, escapulários e orações de "corpo fechado", cuja finalidade precípua era proteger o indivíduo.
O encantamento ou enfeitiçamento de objetos ou seres sempre implicava na presença de um mago, porque era um processo vinculado à velha magia. Mas em face de sua proverbial subversão e incitado pelo instinto animal inferior, o homem logo percebeu nessa acumulação de forças e dinamização do éter físico de objetos ou seres vivos, um ótimo ensejo para tirar o melhor proveito a seu favor. Logo surgiram os filtros mágicos e as beberagens misteriosas, para favorecer amores e casamentos, enquanto se faziam amuletos com irradiações nocivas, com finalidades vingativas.
A palavra feitiço, que definia a arte de "encantar" a serviço do bem, então passou a indicar um processo destrutivo ou de magia negra!

RAMATÍS - MAGIA DE REDENÇÃO

INSTRUMENTOS DA FÉ


Nas escolas filosóficas da Antigüidade, especialmente na Grécia, os mestres utilizavam-se de acentuado simbolismo nos ensinamentos aplicados aos discípulos mais instruídos das confrarias iniciáticas. Esse método de ensino muito lhes exigia e fazia-se necessário, pois era também uma forma de dificultar e restringir o acesso ao conhecimento, servindo de modo seletivo ao ingresso dos interessados, sendo que apenas os mais capazes, intelectualmente, conseguiam integrar esses círculos restritos.
No estudo da psique humana, eram bastante utilizados, como símbolos, os quatro elementos da natureza: a terra, o ar, o fogo e a água, que eram tomados por base e colocados em contraposição dualista, como forma de entendimento da alma e como introdução ao conhecimento ocultista das formas energéticas da natureza, ou elementais.
A terra simbolizava o homem racional, previsível e "pé no chão", em comparação com o ar, o homem filosófico, contemplativo e algo melancólico. O fogo, significando as paixões, os desejos ardentes e a exigência de satisfação imediata, em oposição à água, a serenidade, o domínio de si e a sensibilidade do feminino. Esta é apenas uma pálida idéia dos ensinamentos esotéricos, que, na verdade, eram muito mais profundos e demandavam tempo para sua assimilação. Mostrava-se a coexistência de dois princípios irredutíveis e de posições opostas, em qualquer ordem de idéias. O exemplo exposto, refere-se à alma e ao corpo, ao bem e ao mal, à matéria e ao espírito. Como modelo comparativo, a terra e o fogo estariam mais para os ocidentais e o ar e a água mais para os orientais. Nenhum é melhor que o outro e todos são iguais perante o Pai. Da amálgama desses elementos opostos, surgirá o homem do Terceiro Milênio, mais espiritualizado, muito mais mental.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

A INFLUÊNCIA DA LUA



PERGUNTA: — Cremos que nesses casos se faz sentir uma influência mais positiva, mais física, porém astronômica e não astrológica. Que dizeis?

RAMATÍS: — Se colocardes em um extremo a influência astronômica e no outro a astrológica, ser-vos-á dificílimo distinguir qual das duas forças age com mais vigor, na hora de sua atuação. Embora fugindo à cartomancia e aos horóscopos dos "dias felizes", há perfeita identificação entre as coisas e os seres que nascem sob absoluta influência astrológica da Lua. Ambos podem assemelhar-se, tanto no psiquismo, nas características físicas, como nas conjeturas astrais do satélite da Terra. 
As criaturas "astrologicamente lunares" são de cútis branca, pálida, carne flácida, vivendo imersas em sonhos e visões; são místicas e proféticas, conhecidas como indivíduos que "vivem no mundo da lua". Os seus estados psíquicos e psicológicos coincidem, perfeitamente, com a natureza poética, física, magnética e fundamentalmente astrológica da Lua. As plantas lunares são de aparência bizarra, predominando nelas a cor branca; são pouco atrativas, isentas de cheiro, lembrando o exotismo de um "sabor de luar". Predominam entre elas as leitosas, frias, antiafrodisíacas, de folhas grandes, ovaladas ou redondas, como a couve, a alface, o repolho, e algumas recordam o suave hipnotismo das noites enluaradas; são narcóticas e produzem o sono letárgico, como a papoula branca — que fornece o ópio ou a heroína — a alface, que é aconselhada como medicamento contra a insônia, o sândalo branco, docemente hipnótico ou o heléboro branco, que causa a melancolia. Há as que lembram as características e a cor da própria face da Lua voltada para a Terra, como o lírio, a açucena, as pétalas da margarida e a rosa branca.

ALIMENTAÇÃO - MUDANÇA COM EQUILÍBRIO

PERGUNTA: — Deveríamos, porventura, violentar o nosso organismo físico, que é condicionado milenarmente à alimentação de carne? certos de que a natureza não dá saltos e não pode adaptar-se subitamente ao vegetarianismo, consideramos que seria perigosa qualquer modificação radical nesse sentido. O nosso processo de nutrição carnívora já é um automatismo biológico milenário. que há de exigir alguns séculos para uma adaptação tão insólita. Quais as vossas considerações a esse respeito?

RAMATÍS:  Não sugerimos a violência orgânica para aqueles que ainda não suportariam essa modificação drástica; para esses, aconselhamos gradativamente adaptações do regime da carne de suíno para o de boi, do de boi para o de ave e do de ave para o de peixe e mariscos. Após disciplinado exercício em que a imaginação se higieniza e a vontade elimina o desejo ardente de ingerir os despojos sangrentos, temos certeza de que o organismo estará apto para se ajustar a um novo método nutritivo de louvor espiritual. Mas é claro que tudo isso pede por começar e, se desde já não efetuardes o esforço inicial que alhures tereis de enfrentar, é óbvio que hão de persistir tanto esse tão alegado condicionamento biológico como a natural dificuldade para uma adaptação mais rápida. Mas é inútil procurardes subterfúgios para justificar a vossa alimentação primitiva e que já é inadequada à nova índole espiritual; é tempo de vos asseardes, a fim de que possais adotar novo padrão alimentício. Inegavelmente, o êxito não será alcançado do modo por que fazeis a substituição do combustível de vossos veículos; antes de tudo, a vossa alma terá que participar vigorosamente de um exercício, para que primeiramente elimine da mente o desejo de comer carne.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

EXPURGAR VENENOS PSÍQUICOS


PERGUNTA:  De vez que o espírito expurga gradativamente pelo corpo físico o seu veneno psíquico acumulado em vidas passadas, não lhe seria possível descarregar todo esse tóxico de uma só vez, ou seja, livrar-se dele numa só encarnação?

RAMATIS:
  Os venenos psíquicos que são despejados do perispírito para o vaso físico, que é o corpo humano, significam o lixo resultante das “operações baixas” efetuadas pela mente espiritual no passado e no presente. Assim, variam a resistência de cada espírito e a sua capacidade estóica para agüentar a operação tóxica drenativa para a
carne.
Muitos espíritos, depois de encarnados, e olvidando a promessa corajosa feita no Espaço, desesperam-se ante a impossibilidade de uma cura corporal e preferem fugir da vida terrena pela porta truculenta do suicídio. Mesmo aqueles que aceitam uma expurgação tóxica muito intensa, mas que ainda se conservam encarnados até o fim do prazo combinado no Além, algumas vezes também se deixam aniquilar por um pessimismo tão desolador e mortificante, que ainda acrescentam nova dose de fluidos mórbidos à sua carga erifermiça primitiva, trazida do passado. Assim, não só prejudicam grandemente a oportunidade de sua higienização psíquica, pelo excessivo compungimento e forte melancolia, como também se transformam nos conhecidos tipos hipocondríacos descrentes dos experimentos benfeitores da vida humana e curtindo amarguras até nos momentos venturosos. O otimismo e a fé nos objetivos da espiritualidade ajudam a diafanizar o perispírito e favorecem a maior eclosão de luz interior, que fluirá em socorro do espírito combalido.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

APOCALIPSE



PERGUNTA: Poderíamos conhecer qualquer afirmação do Apocalipse que nos possa induzir a maior certeza de que haverá uma prostituição de costumes entre os poderes máximos, e quais são esses poderes? A maioria das interpretações sobre a Besta Apocalíptica varia conforme a religião ou a índole psicológica dos interpretadores. Os católicos coligiram dados para provar que a Besta é a Reforma do século XVI; os protestantes e diversos espiritualistas costumam relacioná-la com o Clero Católico-Romano. Investigadores mais decididos, dando buscas na numerosofia, encontram o número da Besta nos títulos do Papa! Que nos dizeis a esse respeito?

RAMATÍS:  Não vos esqueçais de que o simbolismo da Besta alicerça-se exclusivamente no instinto humano desregrado, que pode manifestar-se em qualquer latitude geográfica "do mundo ou setor de trabalho religioso, filosófico, científico ou social. Seria injustiça atribuir a relação desse simbolismo exclusivamente para com o Clero Católico-Romano, que é um agrupamento isolado no vosso mundo, significando apenas um conjunto religioso, que não constitui uma maioria nem um predomínio no mundo terreno. A Besta que se fazia adorar representa a parte má de toda classe de sacerdotes, ministros, adeptos, mestres ou instrutores de todos os credos, doutrinas e religiões da vossa humanidade. Há, portanto, que incluir nessa parte má todos os maus clérigos da Igreja Católica, da Budista, da Muçulmânica, da Taoísta, da Israelita, da Induísta, da Reformada, mais os responsáveis por milhares de outras doutrinas, seitas e movimentos espiritualistas ou fraternistas, que hajam corrompido os seus ministérios elevados. Cumpre incluir também as instituições que são erigidas para o bem humano, mas que os homens dirigem de modo satanizado ou bestial. Atribuir a uma entidade religiosa, constituída para o serviço crístico, a responsabilidade total pelos atos de alguns de seus agentes desonestos, seria o mesmo que considerar a existência do vinho falso como crime cometido por todos os estabelecimentos que fabricam o vinho bom!
É preciso não olvidar as condições em que João Evangelista escreveu o Apocalipse. Ele não afirma ter visto ou presenciado pessoalmente as cenas descritas, mas declara que foi arrebatado em espírito para, quando voltasse a si, escrever em um livro a visão que tivera. Isto acarretou-lhe imensa dificuldade para relatar depois a visão, em estado de vigília, do que teriam decorrido certas confusões nos símbolos percebidos. No entanto, a despeito dessas dificuldades, ele deixou claro que a Besta sempre estende a sua ação às esferas diretoras das principais instituições responsáveispelos destinos humanos, procurando conduzi-las à invigilância crística.

domingo, 2 de outubro de 2016

RAMATÍS ELUCIDA SOBRE O ÓDIO, O CIÚME, O EGOÍSMO...


Pergunta: - Não seria o egoísmo o responsável por toda a calamidade de sofrimentos e desventuras humanas?
Ramatís:
- O egoísmo é tão-somente uma fase de consolidação da consciência do espírito lançado na corrente das vidas planetárias. Ele existe só quando arrecada e acumula avaramente, na ansiedade de ser alguma coisa e formar a sua própria personalidade no, interesse pessoal de possuir! Os próprios rios só crescem através da fase de atrair e incorporar a si todos os afluentes menores que surgem no seu curso. Mas, depois de fartos de água, então se transformam na fonte altruística e pródiga de vida em seu seio, e alimento precioso em suas margens!
Pergunta: - Que dizeis dos sentimentos de ódio, ciúme ou inveja, que são contrafações do amor?
Ramatís:
- Através da doutrina católica, espírita, protestante, teosófica, rosacruciana ou ioga, o homem aprende que só existe um Deus, como a Causa original do Universo e do Amor Infinito Onipresente em todos os homens e em todas as coisas. Obviamente, embora os nossos dizeres possam chocar-vos, ainda palpita no seio do próprio ódio o potencial do amor subvertido numa inversão negativa. O ódio, ciúme ou a inveja, são estados de espírito do homem produzidos pela frustração do amor próprio, por não obter o "melhor" que deseja só para si e nada para os outros! A vingança, que surge do ódio, é a infeliz e desesperadora solução adotada pelos incapazes de explorarem o próprio amor latente em suas almas, e que, desenvolvido, compensaria regiamente a falta dos tesouros transitórios do mundo material! Portanto, a forma negativa e censurável do ódio ou ciúme só desaparece quando for desenvolvido o amor na sua forma positiva. Mas como libertar a cicuta do seu veneno, antes de a sublimarmos nos enxertos das espécies benfeitoras? A doçura, a lealdade e a devoção do cão para o homem, porventura, não é o mesmo ódio feroz do lobo selvagem depois de sublimado em amor pela domesticação? O ódio só existe enquanto não chega o amor! Por isso, ninguém se perde no seio de Deus, porque o amor indestrutível e criador precisa apenas ser desenvolvido para embeber o homem na Felicidade! É de Lei que Nero poderá sublimarse e amar tanto quanto já amou Francisco de Assis; mas Jesus, o Amor em sua plenitude, jamais voltaria a odiar como Nero!
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