PERGUNTA: - A oração também pode ser mobilizada
como um recurso positivo de segurança e defesa do corpo físico?
RAMATÍS: - A
oração, embora constitua uma atitude de sublimação espiritual, não pode livrar
o homem das agressões e hostilidades dos malfeitores do vosso mundo. Inúmeras
criaturas de vida santificada foram trucidadas no momento que proferiam a mais
fervorosa prece. Paulo foi decapitado quando orava; os mártires do Cristianismo
sofreram o massacre mortal das feras dos romanos, enquanto interligavam-se pela
força emotiva da prece e dos cânticos excelsos de renúncia à vida humana.
Jesus, o Divino Amigo, enquanto os algozes lhe perfuravam as carnes com os
espinhos e os cravos do martírio, comungava na mais elevada prece de amor ao Pai;
Giordano Bruno, João Huss, Joana D'Arc e outros, apesar de suas rogativas
fervorosas a Deus, não puderam livrar-se das chamas que lhes torravam as carnes
no suplício das fogueiras.
Embora a prece seja um admirável processo de dinamização
das forças angélicas do espírito imortal, não pode imunizar o homem contra os
efeitos ofensivos e destrutivos das leis que estejam vigorando no mundo
material. Nem mesmo Jesus violentou tal princípio, pois deixou esclarecido que
ele não viera ao mundo material perturbar suas leis comuns.
Aliás, se isso fosse possível, então o ser humano só
se devotaria à prece pelo interesse de proteger o seu corpo físico. No entanto,
desde o berço, ele cuida de proteger-se contra as intempéries e demais
hostilidades do meio onde renasce por determinação cármica.
Cumpre-lhe sobreviver na carne a maior cota de tempo
possível, a fim de melhor purificar a sua consciência espiritual, devendo,
portanto, zelar pela saúde do seu corpo. A oração catalisa as reservas
espirituais do homem, assim como o imuniza contra a interferência dos
"maus" espíritos e dos pensamentos daninhos. Em consequência, a harmonia
espiritual que é ensejada pela prece também proporciona ao corpo carnal melhores
condições de equilíbrio nervoso e harmonia fisiológica.
DO LIVRO: “ELUCIDAÇÕES DO ALÉM” RAMATÍS/HERCÍLIO MAES
– EDITORA DO CONHECIMENTO.
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