PERGUNTA: — Os médiuns que negligenciam com esses compromissos
espirituais deverão sofrer severamente, depois de desencarnados,
as penas impostas pelo Tribunal Divino?
RAMATIS: —
Desnecessário é vos dizer que o sofrimento dos médiuns que não cumprem o
seu mandato espiritual dignamente na Terra — e que eles mesmos
requereram para a sua própria redenção bem antes de se
reencarnarem, não é imposto à semelhança
dos julgamentos da justiça humana. Embora não lhes seja aplicado
deliberadamente nenhum castigo determinado pelas autoridades
sidéreas, as suas condições vibratórias demasiadamente
confrangedoras e o remorso cruciante, devido ao desrespeito à
confiança angélica, são suficientes para vergastar-lhes a consciência e
maltratar-lhes a alma angustiada. Depois que despertam no Além e
reconhecem, à luz meridiana de sua consciência espiritual, os
enormes prejuízos que causaram na consecução do elevado programa
organizado pelos espíritos benfeitores, os médiuns delinqüentes se
tornam ainda mais infelizes, verificando a necessidade de
recomeçar novamente a mesma tarefa na Terra, não só em piores
condições como ainda deserdados do endosso angélico de que
abusaram negligentemente.