PERGUNTA
- Podeis falar-nos algo sobre o sexo no plano astral? Os espíritos mantêm
relação sexual como entendemos?
RAMATÍS
- Sexo é fundamentalmente troca de energia. Na caminhada evolutiva
do espírito imortal, ocupais transitoriamente um corpo masculino ou feminino,
que durante o conluio amoroso se completam energeticamente, momentaneamente em
uníssono como se fôsseis um só espírito, assexuado. Ocorre que o sexo para vós
está associado meramente ao prazer sensório fato que associado ao caráter
pecaminoso das religiões punitivas, que ressoa em vosso inconsciente milenar,
faz com que o ato sexual seja visto como algo impuro. O amor é a mola que
mantém as energias sexuais revitalizantes.
Segundo
vossos psicanalistas a sexualidade tem fases evolutivas, sendo que infelizmente
classificam a fase adulta como fática, como se o órgão físico fosse o centro de
tudo, cegos que estão ao enorme manancial de energia suprafísica envolvido na
troca saudável e embasada no amor.
Com
certeza há sexo entre os espíritos, inclusive pode ocorrer relação sexual
anômala, entre um encarnado desdobrado e uma entidade desencarnada. Como tendes
uma visão estandardizada do sexo, ficais impedidos de perceber todas as sutilezas
que o envolvem. Nesse sentido, o que mais se aproxima de vossa compreensão, já
que não conseguiremos definir em vosso vocabulário a troca de energias entre
espíritos nos planos livres da forma, é a visão dos hindus da Kundalini e dos
sistemas de chacras. Os chacras sendo núcleos energéticos, espécie de
mediadores vibratórios relacionados com o psiquismo da consciência que os
abriga, constituem degraus de uma escala evolutiva que vai do mais instintivo ao
mais espiritual. Podeis concluir que eles manifestam todo o espectro da
evolução da consciência e da mônada espiritual, do mais primitivo, selvagem e
instintivo, ao mais sublime e harmônico do espírito. A energia vital da
Kundalini, que no seu princípio mais selvático se expressa também na forma
sexual como entendeis na Terra, vai gradativamente se transformando e se
apropriando de energias mais sutis, em conformidade com as diversos estágios
evolutivos da consciência.
Podeis
concluir que estes centros vão se "desfazendo" gradualmente, se
unindo em um só, se tornando um grande coronário, quando então se alcança o
equilíbrio pleno das energias cósmicas que animam o espírito imortal, muito
próximo do Criador. Podeis concebê-las em pálido conceito como assexuadas, pois
não precisam mais se manifestar em uma única polaridade, masculina ou feminina,
e nesse estágio de expansão consciencial, é como se a existência fosse de um
contínuo êxtase e arrebatamento íntimo de cada individualidade, mas sentidos
coletivamente entre espíritos irmanados na mais intensa energia do amor.
DO LIVRO: “JARDIM DOS ORIXÁS” RAMATÍS/NORBERTO
PEIXOTO – EDITORA DO CONHECIMENTO.
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