Sabedoria Ramatis

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terça-feira, 13 de novembro de 2018

POR QUE MOTIVO É IMPOSSÍVEL AOS DESENCARNADOS DESCREVEREM PELOS MÉDIUNS, A REALIDADE DO ALÉM, COM TODA EXATIDÃO ?



PERGUNTA: — Por que motivo é impossível aos desencarnados descreverem pelos médiuns, com toda exatidão, a realidade do Além? Isso nos ajudaria muitíssimo a eliminar definitivamente as dúvidas bastante comuns que ainda existem em todos os gêneros de trabalhos mediúnicos e terminaria por nos dar uma só concepção coletiva da vida imortal. Que dizeis?

RAMATIS:
— É muito difícil para os encarnados que ainda vivem no mundo da terceira dimensão, compreender com absoluta clareza os fenômenos e as manifestações que se processam do "lado de cá", cujo plano é regido por dimensões sem apoio entendível na física humana. Acresce, ainda, que os estados vibratórios vividos pelos desencarnados superam qualquer concepção dinâmica de velocidade concebida pelos terrícolas.
As nossas comunicações para o mundo físico, como o fazemos neste momento, são transmitidas através do cérebro perispiritual do médium em que atuamos, e não diretamente sobre o seu cérebro físico. O nosso médium, por exemplo, a fim de tornar coerentes os nossos relatos do Além, mobiliza todos os seus esforços de memorização espiritual, na tentativa de evocar as lembranças dos seus estágios já vividos no mundo astral, durante os períodos em que se manteve desencarnado nos intervalos de suas anteriores encarnações.
Ele materializa-nos os pensamentos por meio dos sinais gráficos da escrita à medida que o inspiramos, e procura relacioná-los com as imagens e conhecimentos já armazenados no seu subconsciente durante as vezes em que se manteve fora do corpo físico.
O que lhe ditamos mentalmente, ele escreve como se viesse buscar o assunto no limiar dos dois mundos, para depois dar-lhe o retoque e o ajuste necessários à compreensão na linguagem humana.
Como não desfrutamos presentemente do cérebro físico que nos serviu na última existência física que tivemos na Indo-China, só podemos atuar no perispírito do médium, porém sem intervir diretamente no seu cérebro material. Isso só o poderíamos fazer se ele fosse um médium completamente sonambúlico, porque, então, a sua faculdade nos permitiria agir diretamente sobre seu sistema cérebro-espinhal em combinação com o conjunto de gânglios nervosos. Em conseqüência, ele se vê obrigado a recepcionar apenas "metade" da realidade espiritual do nosso mundo. Cabe-lhe, depois, compensar a outra metade com as sugestões e as imagens terrenas que lhe são conhecidas, ajustando-as de modo comparativo ao que pressupõe ser a fenomenologia astral.

Esse é um dos motivos por que a maioria dos médiuns não consegue fazer uma descrição exata do Além, na conformidade do que lhes é ditado pelos espíritos desencarnados.
Durante a comunicação mediúnica ocorre forte abaixamento vibratório das entidades comunicantes, devido ao seu grande esforço em direção à matéria, e a fim de exporem com o melhor êxito possível os fenômenos do mundo oculto.
É óbvio que essa redução vibratória só pode ocorrer com os espíritos superiores, pois os desencarnados imperfeitos, ou malévolos, por vezes ainda vibram em freqüência mais inferior do que os próprios médiuns. 


DO LIVRO: "MEDIUNISMO" RAMATIS/HERCÍLIO MAES - EDITORA DO CONHECIMENTO.

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