Sabedoria Ramatis

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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

"O CONHECIMENTO EXTEMPORÂNEO DAS ENCARNAÇÕES"



"Embora o conhecimento extemporâneo das encarnações pregressas não contribua praticamente para modificar a vossa existência atual, é evidente que a realidade espiritual de vossa alma abrange desde o primeiro fulgor racional, que deu início à vossa consciência, até o momento em que viveis. Quando o espírito lograr alcançar o conhecimento completo de si mesmo, para a integração consciente no seio do Criador, é fora de dúvida que, então, terá de vislumbrar todo o seu passado espiritual, vivido tanto no mundo físico como no astral, a fim de focalizar com êxito toda a memória de "ser" e "existir" no tempo e no espaço.
Embora vos digam ser inutilidade o conhecimento das encarnações anteriores, assim como para alguém poderia parecer inutilidade a empreitada de escreverdes a história da vossa vida atual desde o berço físico, o certo é que, quanto melhor conhecerdes o vosso passado, tanto melhor identificareis a natureza exata do vosso próprio caráter espiritual. Obviamente, com isso ser-vos-á mais fácil programar as futuras existências retificadoras, pois a visão panorâmica espiritual dos vossos sentimentos e objetivos vividos anteriormente é que justamente vos ajudará a extinguir os interstícios vulneráveis às paixões e aos vícios.
Conhecendo então a razão e a intensidade dos "desejos", que são os responsáveis pela necessidade das encarnações físicas, também ser-vos-á mais fácil empreender a libertação dos ciclos reencarnatórios.
A recordação espiritual das vidas passadas desperta lentamente na intimidade da criatura e se torna tão nítida e extensa quanto seja a capacidade psicológica de sua própria suportação interior. Mas nem todas as almas se encontram em condições favoráveis para conhecer toda a trama diabólica de suas vidas pregressas, principalmente se ainda fazem lisonjeiro julgamento de si mesmas e se consideram portadoras das mais excelsas virtudes.
Sendo assim, seria muitíssimo doloroso e decepcionante, para um homem que se julgasse um caráter ilibado e impoluto, vir a comprovar que na existência anterior fora um refinado larápio ou um cidadão desonesto; assim como a mulher que atualmente se envaidece da sua condição afidalgada ou de sua respeitosa situação matrimonial vir a descobrir que no passado dirigia infecto prostíbulo!
É por isso que muito se justificam a severidade e a lógica da advertência evangélica do Sublime Jesus quando, em razão dos nossos próprios pecados, Ele nos aconselhou sabiamente: "Não julgueis, para não serdes julgados."


RAMATÍS e ATANAGILDO - "A SOBREVIVÊNCIA DO ESPÍRITO" HERCÍLIO MAES - EDITORA DO CONHECIMENTO.

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