Sabedoria Ramatis

Sabedoria Ramatis

quarta-feira, 31 de maio de 2017

A SIMPLICIDADE DOS BENZEDORES



PERGUNTA: - Por que os benzedores, em geral, são criaturas incultas, pobríssimas,
supersticiosas e até analfabetas?

RAMATÍS: -
Eles podem ser incultos, analfabetos e supersticiosos com as suas
crendices exóticas, mas lidam com forças ocultas na mesma igualdade de condições com que os radiologistas mobilizam os raios de "Roentgen", na radiografia, o médico, o ultra-som, a eletroterapia, o infravermelho ou ultravioleta. Mas enquanto as energias projetadas pelos aparelhamentos da ciência médica só agem na estrutura física ou atômico-molecular, as forças mobilizadas pelos benzedores atuam intimamente no psiquismo humano.
O benzimento é uma projeção etéreo-astral impregnada da substância mental e emotiva do benzedor, ativando o campo energético combalido ou perturbado do paciente. Os médicos, benzedores "oficiais", usam a eletroterapia de projeção de ondas de toda a espécie oculta, e desintegram quistos, tumores ou excrescências virulentas, assim como substâncias enfermiças que formam a sinusite e outras conseqüências anômalas. No entanto, eles fracassam, quanto a eliminar
o "tóxico-psíquico" aderido ao perispírito do enfermo, cuja faixa vibratória transcende a interferência dos aparelhos materiais e que só é acessível às criaturas dotadas de faculdades mediúnicas.
Os benzedores, malgrado serem incultos, agem exclusivamente pelo sentimento caritativo de servir, enquadrando-se na simplicidade que é própria das "crianças" do generoso convite de Jesus! A sua fé e boa-vontade transformam-nos em verdadeiras usinas de forças catalisadas do
mundo oculto, as quais penetram na zona psicofísica dos enfermos e desintegram os fluidos ruinosos que aderem ao perispírito e são produzidos por sentimentos de inveja, ciúme, vingança ou maledicência. Enquanto o aparelhamento eletroterápico do mundo material só atua na organização física, as cargas do "magneto vivo", que é o benzedor, penetram a fundo na intimidade astralina do enfermo e removem-lhe a causa mórbida.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

ELUCIDAÇÕES DE RAMATÍS SOBRE AS ENTIDADES "FOLCLÓRICAS" NA UMBANDA


PERGUNTA: - E quanto às personagens que se apresentam em alguns terreiros, um tanto folclóricas, carismáticas, até rudes e violentas, mais parecendo do mal, emotivamente incentivadas pelo imaginário popular, os boiadeiros, baianos e marinheiros, trata-se de esPíritos da umbanda?

RAMATÍS:
- Há um aforismo popular, uma generalização positiva, muito repassado pelos pretos velhos que diz: "Todos os filhos são gente do Cristo, mesmo sem o saberem". Não deveis confiar em conceituações negativas, como se todos os espíritos que se apresentam nessas antigas personalidades fossem ovelhas perdidas do rebanho do Bom Pastor. Jesus, o Senhor da luz crística, deixou o paraíso para habitar as trevas eivadas de pecadores. O amado Mestre ensinava usando parábolas simples, permitindo que todos se aproximassem d'Ele em suas preleções. É evidente que todos vós, em determinado momento da vida pregressa de vossos espíritos, já fostes entidades "malfeitoras". Manifestados na Terra sob as formas mais simples, como a de um cavaleiro boiadeiro, estivador baiano ou intrépido viajante dos mares, existem anjos latentes que ainda não germinaram.
Em vez de classificarem esses espíritos, que estão desabrochando o Cristo interno, de meros malfeitores, como se a luz em sua refulgência fosse cegá-los, as entidades estruturais da umbanda fraternalmente aceitam e monitoram suas participações, como auxiliares nos terreiros que têm essa afinidade, em prol da caridade desinteressada, pelo natural efeito cármico de vidas passadas que os enreda numa exigência evolutiva recíproca, num agrupamento de médiuns e consulentes.
Em vez de impor virtudes, excluindo os que ainda não as possuem, deveis modificar o próximo pelos atos fraternos, acolhedores, imprimindo confiança e amizade. Lembrai-vos da renúncia e abnegação dos espíritos luminares que impõem sobre si pesado rebaixamento vibratório para assistir aos retidos no ciclo carnal, plasmando corpos de ilusão nas formas astrais de caboclos, pretos velhos e crianças, seguindo o exemplo do Divino Mestre que encarnou entre vós em missão sacrificial.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

QUATRO ELEMENTOS E MEDIUNIDADE



Qual a origem dos mistérios? Por que surgiram?
Houve uma época na evolução do orbe terrícola em que não havia necessidade de simbolismo e de iniciações secretas. Quando, na Atlântida, imperavam o amor e os interesses altruísticos, o conhecimento da Aumbandhã, com sua pureza, era corriqueiro, acessível a todos, pela inocência daquelas primeiras almas. Entretanto, parte da população exorbitou no uso da magia para interesses egoísticos e particularistas. Os mestres, magos brancos, verificaram o perigo em que incorreriam se permitissem o crescimento desordenado e ambicioso do uso daqueles conhecimentos milenares, chaves capazes de abrir as portas de todas as forças ocultas. Adotaram, então, medidas restritivas no intuito de coibir o avanço desordenado da magia negra, pois já anteviam, todos, os males que ocasionaria à comunidade.
A partir daí, interiorizou-se nos templos o uso da magia, adotaram-se alegorias e simbolismos com o objetivo de restringir-se o acesso aos conhecimentos e dificultar sua interpretação. Separou-se a arte milenar Aumbandhã dos considerados profanos e despreparados moralmente para a convivência harmoniosa com as leis de causalidade que regem o Cosmo. Não imaginavam os atlantes que era tarde, e que persistiria a utilização da magia para fins individualistas. Assim, os Maiorais do planejamento do orbe previram a depuração dessa civilização, através dos cataclismos, pelo seu afundamento gradual e pelas levas migratórias salvadoras; decorrências de um grande embate no Astral entre as forças do bem e do mal. Desse momento em diante, essa ciência e esses conhecimentos foram desfigurados, gerando várias interpretações, originando muitos credos e religiões que se formaram em todo o orbe. A simbologia primária, singela e pura, chave simples que abria todos os mistérios ocultos, perdeu-se, originando essas diversas idolatrias. Em todo esse movimento, sempre estiveram presentes os interesses mundanos, de domínio e poder dos mandatários e dos religiosos. 
O sentimento de fé, atrelado às religiões, foi ferramenta de interesses escusos e
materialistas em toda a História da humanidade. 
O poder, a ilusão da carne, pautaram a conduta dos homens e, em todas as religiões, da Atlântida, do Egito, da Grécia, da Índia, da China, citando as principais comunidades terrícolas da Antiguidade, estabeleceram-se castas de privilegiados, que utilizaram-se de suas posições de liderança religiosa para locupletarem-se no gozo da vida e nos arroubos propiciados pelas sensações do corpo físico.
O homem, como veículo da evolução, lei inexorável da vida, não deve causar o mal. A Lei de Causa e Efeito é maestro de ouvido delicado. Localiza, imediatamente, os sons desarmônicos da orquestra, ajustando os aparelhos musicais desafinados e equilibrando-os. A regência é disciplinadora do progresso espiritual de todos os seres no Cosmo. Estais inseridos numa grande orquestra cósmica, regida pela batuta do Criador. Vosso orbe é como se fosse uma pré-escola, que prepara os músicos neófitos para dedilhar os primeiros acordes, nas suas apresentações iniciais. Existem orbes que são como uma grande universidade, em que os músicos são talentos os professores da música universal, da fraternidade e da solidariedade. O orbe terrícola está inserido na faixa vibratória mais lenta e densa do Cosmo.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

O FENÔMENO DA "VOZ DIRETA"



PERGUNTA: - Como se processa a "voz direta" nos trabalhos de fenômenos físicos?
RAMATÍS: 
Não ignorais que a mente funciona em planos cujas oscilações estão muito acima do campo vibratório comum da atmosfera física; a mente, pois, vibra no éter, enquanto a voz vibra no ar. Assim, quando os espíritos querem falar com os encarnados, eles necessitam de um elemento intermediário que tanto lhes baixe o tom vibratório da "voz etérica", como também a faça repercutir de modo audível no ambiente
do mundo material. Esse elemento medianeiro, que conheceis e que já foi explicado anteriormente, é o ectoplasma, substância fluídica de origem psíquica, exsudada pelos médiuns através dos centros de forças do seu perispírito, em conjugação com o sistema nervoso do corpo físico. Em conexão com as forças vitais dos assistentes, o ectoplasma transforma-se em ponto de apoio para a repercussão da voz dos espíritos ou demais fenômenos comprovados pelos sentidos físicos dos encarnados.
A "voz direta", em geral processa-se da seguinte forma: os espíritos agregam em torno dos órgãos vocais do seu perispírito o ectoplasma mediúnico e, por um vigoroso esforço de emissão mental, conseguem fazê-los vibrar para o mundo físico; noutro caso, os químicos desencarnados misturam substâncias específicas (do plano astral) à energia ectoplásmica obtida do médium e dos fluidos dos assistentes; depois, modelam a máscara anatômica artificial, mas possuindo boca, língua e garganta, que possibilitam a mesma função da voz dos encarnados. Então, os espíritos que desejam falar para o mundo material passam a exercitar-se com essa máscara; e o seu mais breve ou demorado êxito fica dependendo do treino e da habilidade com que a utilizam para vibrar e transmitirem suas palavras aos terrícolas. Pela presença do ectoplasma humano, que reduz bastante a frequência vibratória desse
apetrecho de fonação, o seu bom resultado entre os planos físico e etereoastral exige muito esforço dos desencarnados. Nem todos os espíritos submetem-se aos treinos exaustivos com a máscara ectoplásmica, alegando alguns que nem sempre são compensados pelos esforços heróicos que efetuam para conversar com os seus parentes e amigos encarnados.
Em alguns casos, o espírito comunicante pode utilizar-se diretamente da laringe do médium em transe, fazendo-a vibrar sob sua vontade e dando-lhe a entonação desejada, e
os sons articulados nas suas cordas vocais são ampliados pela trombeta ou megafone que flutua no ar, através de um tubo de substância astral ligado diretamente aos órgãos vocais do médium. Os espíritos operantes controlam o médium, condicionam-lhe a voz para a trombeta, ajustando-a no diapasão ou tom de voz que o comunicante possuía quando estava encarnado.
O som produzido pela laringe do médium e sob o controle do espírito comunicante não resulta de repercussão do ar sobre as suas cordas vocais. Essa operação é executada do "lado de cá" exclusivamente no éter, depois do que é ampliada pelo megafone e ouvida pelos encarnados. O fenômeno processa-se primeiramente na laringe etereoastral do perispírito do médium, repercutindo logo em seguida, no mundo físico, através do ectoplasma catalisado pelas ondas sonoras da palavra falada, da música ou do cântico dos presentes.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

O PENSAMENTO E OS ESTIGMAS IMPRESSOS NO PERISPÍRITO





PERGUNTA:  Temos lido afirmação de que, devido à sua persistente atuação, a força mental produzida pelo pensamento desregrado causa modificações tão profundas na fisionomia de certos desencarnados, que alguns chegam a apresentar verdadeiros estigmas animais. Podeis nos dizer alguma coisa a respeito desse assunto?
RAMATÍS:  Realmente, há modificações que se processam no perispírito de certos desencarnados, dando-lhes aspectos exóticos ou repulsivos, em que, muitas vezes, reproduzem as feições de conhecidos animais. Mas é certo que também os encarnados podem revelar em sua fisionomia os mais variados estigmas resultantes das vicissitudes morais, ou então dos vícios aviltantes. A face da criatura humana assemelha-se à tela cinematográfica refletindo as sensações do filme; ali plasmam-se tanto os estados de ventura, bondade e otimismo, como se refletem as subversões íntimas e insistentes do ódio, da cupidez, da astúcia ou da avareza.
O semblante humano retrata prontamente as investidas emotivas da alma, assim como registra os seus mínimos pensamentos. Quantas vezes não tendes notado que os rostos das criaturas escravizadas ao vício e às paixões aviltantes são parecidos à fisionomia de certas aves e animais! O avarento, por exemplo, não é representado pela figura do abutre, com o seu nariz adunco e os olhos com o brilho da rapina? O homem lerdo e inexpressivo não o comparam ao boi, o astuto à raposa, o cruel à hiena, o voraz ao lobo e o luxurioso à figura do caprino?
Imaginai, pois, o que acontece quando o potencial vigoroso da força mental pode agir diretamente sobre a estrutura astral do perispírito desencarnado que, por ser dotado de incrível qualidade plástica, modifica-se rapidamente na sua configuração fisionómica! Raros homens conhecem o assombroso efeito do pensamento sobre a ideoplastia do perispírito, que é na verdade o mais admirável prolongamento da mente do mundo astral.

terça-feira, 9 de maio de 2017

"NINGUÉM VAI AO PAI A NÃO SER POR MIM".



PERGUNTA: - Quando Jesus preceitua o conceito evangélico, que "Ninguém vai ao Pai a não ser por mim", ele também expressava algum princípio oculto derivado da Lei do Cosmo?

RAMATÍS: - Há muito tempo, os velhos mestres da Grécia já advertiam de que a "lei é dura, mas é lei". Isso demonstra a implacabilidade da justiça, às vezes, aparentemente impiedosa, mas cuja aplicação correta não visa qualquer punição deliberada, mas, apenas um modo disciplinador e benfeitor para o próprio delinqüente, numa ação
profilática à sociedade.
De início, já é tempo de a humanidade entender que Jesus de Nazaré não é especificamente o Cristo, ou Deus, mas o sublime médium, o mais qualificado representante da Divindade na face da Terra, a fim de transmitir a mensagem libertadora do Evangelho. O espírito que conhecemos por Jesus de Nazaré, o melhor homem do mundo,
viveu trinta anos sob a mais intensa atividade "psicofísica", a fim de esmerar-se até alcançar a hipersensibilidade para sentir o espírito planetário em si. Mas, por tratar-se de entidade de alto gabarito psíquico, Jesus despendeu mais de mil anos do calendário terreno, para conseguir reduzir a sua vibração e atingir uma freqüência compatível da organização carnal de um homem à superfície da Terra.


PERGUNTA: - Considerando-se que Jesus foi o lavrador sublime a semear a palavra do Senhor nos diversos terrenos dos tipos humanos, há em nós a obrigação de nos tornarmos outros semeadores, mal grado a nossa ineficiência e improdutividade?

RAMATÍS: -
É evidente que os alunos de uma instituição escolar devem propagar os ensinamentos dos seus mestres, tão correta e eficientemente, quanto também puderam assimilar-lhes as lições. Os que aceitam a palavra do Cristo, sem qualquer reserva ou premeditação, cujo coração se impregna do entusiasmo de proporcionar ao próximo a mesma alegria que sentem em si, não somente devem viver integralmente o ensino sublime do Evangelho, como divulgá-lo à guisa de um novo semeador do bem e da ventura alheia.
A tarefa do discípulo esclarecido e bem-aventurado pela assimilação da realidade crística é a de evangelizar, a tempo e fora do tempo, sem se preocupar com a condição ou o tipo do terreno humano onde semeia. Deixe ao Senhor, quanto à deliberação de julgar do mérito e do aproveitamento dos demais filhos. Quem semeia a palavra do Cristo é um lavrador abençoado operando na lavoura do Bem e do Amor. Além de esclarecer, quanto à verdadeira conduta inerente ao cidadão angélico, ainda o liberta dos liames enfermiços das reencarnações corretivas e mortificantes.

RAMATÍS - "O EVANGELHO À LUZ DO COSMO" - EDITORA DO CONHECIMENTO
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