Sabedoria Ramatis

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domingo, 2 de outubro de 2016

RAMATÍS ELUCIDA SOBRE O ÓDIO, O CIÚME, O EGOÍSMO...


Pergunta: - Não seria o egoísmo o responsável por toda a calamidade de sofrimentos e desventuras humanas?
Ramatís:
- O egoísmo é tão-somente uma fase de consolidação da consciência do espírito lançado na corrente das vidas planetárias. Ele existe só quando arrecada e acumula avaramente, na ansiedade de ser alguma coisa e formar a sua própria personalidade no, interesse pessoal de possuir! Os próprios rios só crescem através da fase de atrair e incorporar a si todos os afluentes menores que surgem no seu curso. Mas, depois de fartos de água, então se transformam na fonte altruística e pródiga de vida em seu seio, e alimento precioso em suas margens!
Pergunta: - Que dizeis dos sentimentos de ódio, ciúme ou inveja, que são contrafações do amor?
Ramatís:
- Através da doutrina católica, espírita, protestante, teosófica, rosacruciana ou ioga, o homem aprende que só existe um Deus, como a Causa original do Universo e do Amor Infinito Onipresente em todos os homens e em todas as coisas. Obviamente, embora os nossos dizeres possam chocar-vos, ainda palpita no seio do próprio ódio o potencial do amor subvertido numa inversão negativa. O ódio, ciúme ou a inveja, são estados de espírito do homem produzidos pela frustração do amor próprio, por não obter o "melhor" que deseja só para si e nada para os outros! A vingança, que surge do ódio, é a infeliz e desesperadora solução adotada pelos incapazes de explorarem o próprio amor latente em suas almas, e que, desenvolvido, compensaria regiamente a falta dos tesouros transitórios do mundo material! Portanto, a forma negativa e censurável do ódio ou ciúme só desaparece quando for desenvolvido o amor na sua forma positiva. Mas como libertar a cicuta do seu veneno, antes de a sublimarmos nos enxertos das espécies benfeitoras? A doçura, a lealdade e a devoção do cão para o homem, porventura, não é o mesmo ódio feroz do lobo selvagem depois de sublimado em amor pela domesticação? O ódio só existe enquanto não chega o amor! Por isso, ninguém se perde no seio de Deus, porque o amor indestrutível e criador precisa apenas ser desenvolvido para embeber o homem na Felicidade! É de Lei que Nero poderá sublimarse e amar tanto quanto já amou Francisco de Assis; mas Jesus, o Amor em sua plenitude, jamais voltaria a odiar como Nero!

O ódio é apenas o amor enfermiço, intoxicado, o desespero da animalidade sonhando com a angelitude! Mas, desobstruída a ganga superficial e transitória que sufoca a essência pura do amor, então ele eclode e espanca as sombras da inveja, cobiça, do ciúme, ódio e orgulho, assim como a luz benfeitora aumenta depois da limpeza da lâmpada! Por isso, os sacerdotes, líderes, mestres e preceptores espiritualistas esforçam-se para desenvolver o amor nos homens e ajudá-los a eliminar o ódio, o ciúme, a inveja e todos os resíduos animais, que ainda pesam na linhagem humana! Durante a edificação de majestoso edifício e até ao seu término, ninguém deve condenar os resíduos inferiores do serviço transitório, pois a sua beleza final só se verifica, depois que os ornamentos, vidraças, assoalhos, pisos e paredes, também são submetidos à limpeza geral.
O ódio, forma negativa da manifestação do amor não desenvolvido, após o asseio espiritual, transforma em almas santificadas os próprios seres que o cultuavam por ignorância e imaturidade.
DO LIVRO: "A VIDA HUMANA E O ESPÍRITO IMORTAL" RAMATÍS/HERCÍLIO MAES - EDITORA DO CONHECIMENTO.

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