Sabedoria Ramatis

Sabedoria Ramatis

domingo, 28 de agosto de 2016

OS IMPEDIMENTOS QUE PREJUDICAM OS EFEITOS DAS MEDICAÇÕES ESPÍRITAS.



PERGUNTA: - Em nossas pesquisas sobre o serviço mediúnico intuitivo na seara espírita, por vezes chegamos ao desânimo, tal a incerteza e a improdutividade de certos trabalhos, que não ultrapassam o nível comum dos próprios médiuns. Que dizeis disso?
RAMATÍS: - Os médiuns, já o dissemos, atualmente ainda significam a cota de sacrifício atuando na vanguarda da divulgação da imortalidade da alma e do intercâmbio entre vivos e mortos. No futuro, o animismo improdutivo, as confusões freudianas, a associação de idéias, o histerismo, o automatismo psicológico e outros óbices indesejáveis, ainda existentes no intercâmbio mediúnico atual, hão de desaparecer em face do treino e da pesquisa dos próprios cientistas simpatizantes da doutrina.
A mediunidade evoluiu e aperfeiçoa-se, possuindo um roteiro definido para os desideratos superiores, tal qual a inteligência do homem também progride pelo exercício e o esforço incessante nos diversos setores da ciência do mundo. Inúmeras realizações técnicas e científicas que hoje deslumbram o vosso mundo, também requereram centenas de experimentos para corrigir os hiatos e as imprevisões, que existiam antes dos admiráveis padrões modernos.
Que seria da medicina terrena, caso os seus abnegados líderes, ante os seus equívocos iniciais, desistissem de prosseguir no estudo de tal ciência? Portanto, o pessimismo, a dúvida e a indiferença prejudicam o serviço dos médiuns incipientes.

PERGUNTA: - Quais são as dificuldades mais comuns que os espíritos terapeutas enfrentam para atender ao receituário mediúnico sob a responsabilidade do Espiritismo?
RAMATÍS: - Em geral, o público amontoa centenas de papeletas com consultas e pedidos, na mesa do centro espírita, à última hora; sua maior porcentagem, no entanto, só indaga coisas e doenças as mais triviais. O médium receitista então fica obrigado a um trabalho árduo e ininterrupto, que o esgota na sua resistência mental-física, como ainda lhe impede perfeita sintonia psíquica com o Além. O êxito do receituário mediúnico, em massa e em horário curto, exige rapidez de ação por parte do espírito terapeuta e do seu ajuste instantâneo e harmônico ao cérebro perispiritual do médium receitista. Qualquer vacilação ou interferência imprevista entre ambos pode resultar em alteração na prescrição das receitas.
Malgrado a tradição terrena ensinar que os espíritos desencarnados possuem o dom da ubiqüidade e podem transladar-se facilmente no mundo espiritual, superando também os obstáculos da própria matéria e visitando, ao mesmo tempo, inúmeros enfermos eqüidistantes, eles não estão aptos para prever as surpresas espirituais ou as dificuldades durante o exame psíquico, provocados pelos próprios consultantes. Sem dúvida, os médiuns criteriosos, sob o amparo dos espíritos terapeutas e experimentados no socorro dos encarnados, chegam a cumprir um receituário mediúnico útil e compensativo. Mas há casos em que os enfermos a serem examinados encontram-se tão fortemente impregnados de fluidos ruinosos, resultantes de sua emotividade descontrolada ou dos seus pensamentos nocivos, que os espíritos terapeutas não logram êxito na formulação do diagnóstico perispiritual e também falham na prescrição do medicamento. Também, infelizmente, às vezes, os médiuns cercam-se de influências tão perturbadoras, que isolam completamente a faixa vibratória dos seus guias terapeutas; então receitam medicamentos inócuos, remédios exóticos ou panacéias ridículas, pois ficam sob o forte domínio do animismo incontrolável, ou então podem sintonizar-se com as entidades do baixo astral. Acresce, ainda, que o seu subconsciente interfere, de modo vigoroso, durante o nosso labor e intercâmbio com os encarnados, obedecendo ao próprio automatismo de defesa da personalidade humana contra a intromissão de uma vontade alheia no seu comando pessoal.

domingo, 21 de agosto de 2016

A TÚNICA NUPCIAL





PERGUNTA: - Qual é o simbolismo da "túnica nupcial", mencionada na parábola do "Festim de Bodas"? Jesus referia-se a algum direito, privilégio ou concessão divina; talvez a alguma vestimenta iniciática, que o convidado do banquete divino deveria usar?



RAMATÍS: - A parábola indica, perfeitamente, que o convidado a participardo "Festim de Bodas" já deveria possuir a "túnica nupcial", ou seja, certa credencial ou estado espiritual superior que, então, lhe proporcionaria o direito de permanecer no banquete.

Assim como na Terra festeja-se alguém pelo término de algum curso, ou quando se distingue em alguma competição, ou por qualquer ação incomum ou obra meritória, na parábola de Jesus só vestem a "túnica nupcial" os convidados que conseguiram uma categoria de determinado gabarito espiritual. A "túnica nupcial", nesse caso, não é somente um direito pessoal, mas ainda define uma elevada transformação espiritual na intimidade do ser.



PERGUNTA: - Como se percebe no "Festim de Bodas" essa condição íntima e intrínseca superior do convidado, cujos méritos dão-lhe direito ao ingresso no banquete divino?

RAMATÍS: - Jesus explica na parábola do "Festim de Bodas" que o rei indaga ao intruso, com certo espanto: "Como entraste aqui, sem a túnica nupcial?" A surpresa do rei prende-se ao fato de ele ver alguém situado naquele ambiente de vibração tão excelsa e incomum, mas sem ter alcançado a sublimidade da freqüência vibratória espiritual exigida para a "túnica nupcial". Todos os convidados do banquete do rei, ali podiam se manter e equilibrar-se no meio tão superior, graças à posse da "túnica nupcial", ou seja, já haviam alcançado a purificação espiritual. Assim, era verdadeira aberração a presença do "intruso", o qual se traía frontalmente pela sua graduação inferior, uma vez que não vestia-se de acordo com a tradicional identificação sublime.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

“O CAMINHO DAS ÁGUAS”





PERGUNTA:  Há fundamento na assertiva de que Jesus caminhava "sobre as águas"?

RAMATÍS:  Ainda hoje, na Índia, não é muito difícil encontrarem-se indivíduos que conseguem realizar o prodígio de andar sobre as águas, caminhar sobre cacos de vidros acerados e deitar-se em braseiros sem quaisquer danos, pois a matéria não passa de energia condensada do mundo oculto, que pode ser dominada pelo homem, conforme a vossa ciência vos prova dia a dia. Mas é preciso distinguirmos a função de um prestidigitador que surpreende o senso comum das criaturas operando fenômenos exóticos, com a "missão" de um Espírito do quilate de Jesus.  O primeiro pode tornar-se um "homem dos milagres" e acompanhar-se de um cortejo de admiradores e fanáticos, que lhe prestarão homenagens até o dia da primeira falha ou incompetência; o segundo é um libertador de almas que dispensa os recursos da matéria para organizar o seu apostolado. Jesus poderia realizar todos os milagres que lhe foram atribuídos, embora operando sabiamente com as energias naturais do próprio mundo físico; no entanto, isso em nada lhe ajudaria a convencer a criatura humana necessitada de sua própria libertação espiritual!
Nenhum missionário, por mais excêntrico e poderoso no manejo das forças ocultas, conseguiria transformar um homem num anjo, somente à custa de fenômenos e milagres! O espírito do homem não se gradua para a angelitude presenciando milagres ou admirando "magos de feira", mas isso ele só o consegue despertando em si mesmo as forças espirituais que depois o libertam do instinto animal e abrem clareiras mentais para a amplitude de sua consciência!

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

O Código Moral do Evangelho



PERGUNTA: - Por que somente o Evangelho de Jesus é considerado pelos espíritos o "Código Moral" da humanidade terrena, quando também existem outros roteiros morais de importância espiritual, compilados e transmitidos pelos lideres de vários povos e que deveriam ser admitidos como divinos? Não seriam dignos de apreciação pelos espíritos o "Torah" dos judeus, "Alcorão': dos árabes, ou "Bagavad Gita ", dos hindus?

RAMATÍS: -
O Evangelho é a síntese global de todos os ensinamentos dos iniciados que, respeitando o livre- arbítrio individual, apresenta para todas as épocas normas de evoluir ao alcance de todos os homens, mas independente de qualquer atributo pessoal, grau de inteligência, raça ou condição social. É o "Código Moral" de maior poder esotérico para a modificação humana, porque é definitivo e integral na sua mensagem cósmica. É de senso comum que até o momento nenhum filósofo ou cientista digno de nome vislumbrou qualquer absurdo ou regra insensata na estrutura do Evangelho. Embora o Evangelho seja o resumo espiritual elaborado de acordo com a cultura e os costumes da etnia judaica, ele consegue expor a mensagem para qualquer temperamento humano, em face de sua contextura de universalidade, inclusive proporcionando novas interpretações educativas e redentoras em conformidade com qualquer época.
É um processo doutrinário de moral espiritual, que disciplina e orienta qualquer tipo humano. Não é um sistema nem tratado eletivo apenas para os místicos, mas é o sistema indiscutível, comprovado e vivido por Jesus, o mais sábio e evoluído dos homens. Não há mais ensejo para dúvidas e discussões. O Evangelho, já vivido por muitos homens que se devotaram ao Cristo, demonstrou que é de perfeita e sensata aplicação na vida humana, sem qualquer restrição ou condição. Jamais alguém refutou a conclusão lógica de que a humanidade resolveria todos os seus problemas emocionais, sociais, educativos, econômicos e morais, no mais sadio clima de paz e labor, caso adotasse integral e incondicionalmente o Evangelho como norma disciplinar para orientar as relações humanas pessoais e interpessoais. Sob a inspiração e a regência legislativa dos preceitos evangélicos, todos os problemas desagradáveis, trágicos e desventurados do mundo seriam definitivamente resolvidos com sabedoria, tolerância, amor e confiança mútua. Toda atividade criminosa, exploradora e separatista da personalidade humana, que por força de interesses pessoais chega até à perversidade de matar e pilhar, seria completamente extinta sob a norma incondicional do "Ama o próximo como a ti mesmo" ou "Faze aos outros o que queres que te façam".

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

RESSONÂNCIAS DE VIDAS PASSADAS SÃO FATORES INCONSCIENTES AOS ASSÉDIOS PSÍQUICOS.


PERGUNTA - Cremos que as ressonâncias de vidas passadas são fatores inconscientes que predispõem aos assédios psíquicos entre encarnados fora do corpo físico. Quais vossas considerações a respeito?

RAMATÍS -
Sem dúvida, as reverberações do inconsciente para o consciente existencial do
espírito influenciam seus automatismos de comportamento no corpo físico, e mais intensamente fora dessa vestimenta grosseira. Um exemplo é o de um pai que assedia a filha durante o sono para concretização de intercurso sexual, sendo que em existência pregressa foram amantes, aflorando a atração do atual progenitor, sem causa aparente, na adolescência da jovem. Outro, o caso de mulher que foi feiticeira vudu na América Central, e hoje é pobre negra da periferia urbana, saindo à noite do corpo físico e assumindo a personalidade da poderosa sacerdotisa de outrora, atacando seus inimigos encarnados do presente como se fossem bonequinhos espetados com agulhas.
O presente e o passado se misturam. A mente, liberta das grades retificativas do corpo físico, se amotina, assumindo comportamento rebelde em corpo astral. No atavismo que é próprio aos homens, podeis verificar que o ser é único, atemporal. As reminiscências latejantes do passado, quando não amainadas pela profunda mudança do espírito transformado moralmente pela conduta evangélica, estabelecem fortes injunções que acabam se transformando em ações, no vasto território do psiquismo, que derrubam as muralhas impostas no presente, buscando as satisfações dos desejos irrefreados.

DO LIVRO: "JARDIM DOS ORIXÁS" RAMATÍS/NORBERTO PEIXOTO - EDITORA DO CONHECIMENTO.

sábado, 13 de agosto de 2016

“O DESEJO E A MENTE” – CORPO MENTAL INFERIOR E CORPO ASTRAL








PERGUNTA: - A antecipação das sensações, prazeres e gozos de vidas passadas, projetados no sujeito por intermédio da imaginação, em fantasias e nos estados "oníricos", provoca desdobramentos noturnos do corpo astral, que se desloca para servir de instrumento de satisfação sensória. É isso?

RAMATÍS: - Tão ligados vibratoriamente são os corpos mental inferior e astral, nos espíritos encarnados e numa enorme massa de desencarnados, que acabam iguais à lâmina que não fica fora do seu estojo. O desejo e a mente (o conjunto kama-manas dos orientais) são companheiros inseparáveis até a libertação total do ciclo carnal. Obviamente, o corpo mental inferior não conseguirá se satisfazer sem os demais corpos densos. Como o corpo astral é mais facilmente manipulado, acaba por sofrer os descaminhos mentais rapidamente, projetando-se facilmente para os antros de sexo, bebida e glutonaria do Umbral inferior.
O desejo animalesco, como um tornado que a tudo destrói, impõe a busca desenfreada do prazer. O corpo mental inferior está constantemente estimulando o corpo astral para que sirva aos vícios que automatizou pela memória.
Nos homens que ainda estão lutando para interiorizar a reforma moral, quando o corpo físico não cede aos desejos sensórios, acaba levando o corpo astral a rebelar-se a sair, no plano vibratório correspondente (no caso, os subplanos mais baixos do mundo astral), numa busca cega de satisfação das exigências prazerosas antecipadas pelo corpo mental inferior, o que causa grande ansiedade, pois o ente antevê os gozos que o esperam. No cidadão pouco desenvolvido moralmente, se rotiniza a corrida desenfreada atrás da realização dos sentidos, tornando-o um ser que pensa e fala, mas não difere dos animais.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

QUAIS OS MOTIVOS QUE FAZEM OS MÉDIUNS NEGLIGENCIAREM SEUS COMPROMISSOS NA MATÉRIA?


PERGUNTA:  Podeis indicar os principais motivos ou fatos que, em geral,fazem os médiuns negligenciarem seus compromissos de última hora, impossibilitando os seus mentores de ultimarem na matéria o seu programa sideral manifesto depois de um andamento tão dificultoso?

RAMATÍS:
  Os médiuns, em sua maioria, e antes de se encarnarem na Terra, prometeram cumprir à risca determinados programas com objetivos espirituais, que lhes expuseram no Além, com o fito de influírem algumas criaturas para a sua renovação crística. Entretanto, à última hora, grande parte negligencia ou foge do seu compromisso espiritual, enquanto outra vive de modo tão equívoco, que se toma impermeável à receptividade dos seus elevados mentores. Em geral, eles se deixam
influir pelos espíritos maquiavélicos das sombras, que tudo fazem para interceptar as mensagens nobres do Alto e operam contra os objetivos sadios da vida crística.
Às vezes, após incessante assistência cotidiana e benfeitora do guia junto ao seu médium, incentivando-o para que participe de certo trabalho mediúnico com o fito de abalar as convicções errôneas de algumas criaturas, eis que ele desiste de sua tarefa mediúnica da noite, preferindo realizar a visita trivial, demorar-se no repasto glutônico, prender-se à prosa fútil ou entregar-se à aventura pecaminosa. Como o êxito do intercâmbio mediúnico superior depende muitíssimo do estado vibratório do espírito do médium, isso só é conseguido quando ele se devota a uma vida sadia de corpo e de alma, a fim de manter-se pronto, a qualquer momento, para a convocação do serviço espiritual. Mas, às vezes, o médium apresenta-se para cumprir o seu dever mediúnico só depois que abandona as mesas opíparas, com o estômago e os intestinos forrados pelos miasmas da carne regada a álcool, mal podendo dissimular as erutações da fermentação hostil produzida pela digestação descontrolada.
Quando não é assim, ele gasta os derradeiros minutos que o separam do serviço mediúnico no humorismo vil das palestras fesceninas e do anedotário indecente, cujos assuntos alicerçam-se despudoradamente sobre a figura da mulher. Então apresenta-se para cumprir a tarefa junto à"mesa espírita", com os fluidos corrompidos, malgrado o esforço profilático dos seus guias para o sanearem das impurezas comuns. Afora de tudo isso, ainda existem os médiuns que buscam a concentração mediúnica depois de violenta discussão conjugal ou da altercação insultuosa com o vizinho teimoso. Enfraquece-se ainda a prática da mediunidade naqueles que destrambelham os seus nervos com emoções tolas junto ao carteado clandestino, pela avidez de ganho na aposta imprudente ou então pela paixão fanática com que comenta colericamente os lances duvidosos do seu clube de futebol em competição infeliz.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

APEGO - "OBSESSÕES DE POSSE"



PERGUNTA: - Alhures lemos em certa obra que os objetos podem exercer forte influência nas criaturas que muito se apegam a eles. Isso é verdade ou trata-se de simples superstição?

RAMATÍS: - Pouco a pouco o terrícola irá comprovando que detrás de muita superstição do passado escondem-se as mais inconfundíveis verdades. É óbvio que os objetos e as coisas do mundo físico são apenas núcleos de energias ali concentradas, mas sem consciência formada e capaz de exercer domínio sobre os seres vivos. Na realidade, as criaturas é que se deixam influenciar pelas coisas do mundo exterior, pois abdicam de sua vontade, escravizam-se a caprichos tolos e obsessões de posse, terminando por imantaremse imprudentemente àquilo que na Terra é alvo de sua adoração fanática ou avareza.
Em inúmeras habitações terrenas ainda perambulam espíritos recém-desencarnados, bastante debilitados pelo sofrimento e demasiado apego e ciúme do que possuíam na matéria. Bastante saudosos, eles ainda hesitam em se afastar da rica biblioteca que adoravam egocentricamente, da coleção de selos raros, fruto de anos de labor infatigável, das jóias valiosas ou da vivenda luxuosa que haviam edificado para o "descanso" da velhice interrompido pela morte cruel. Há seres desencarnados ainda presos fortemente ao cachimbo de espuma, ao disco invulgar da radiola, à medalha exótica, ao troféu do melhor atirador de pombos, à relíquia pertencida a certo fidalgo inescrupuloso, ou então ao anel de brilhante herdado do bisavô. São almas que atravessam a existência humana sofrendo mil sustos e angústias cada vez que, por descuido, esquecem onde ficou a jóia ou o objeto a que se encontram imantados. Giram em torno daquilo que os escraviza; narram detalhes voluptuosos e assoma-lhes o prazer ao rosto ante a posse da coisa rara, exótica ou cobiçada por outrem. Algumas, empenham toda a sua fortuna e o seu tempo colecionando as coisas mais exóticas, grotescas ou tolas, vivendo a existência terrena exclusivamente ligadas a motivos e fatos que se relacionem com a sua mania. Desnecessário é dizer que essas criaturas, tão facilmente dominadas pela fixação mental dos objetos do mundo material transitório, logo em seguida à sua desencarnação
deixar-se-ão arrastar inapelavelmente para junto das mesmas coisas com que em vida se deixaram fascinar. Os seus protetores não conseguem afastá-las das quinquilharias terrenas, a que se imantam derramando lágrimas de dor e soluços de desespero. Às vezes, demoram se alguns anos interferindo no seio da família terrena, interpondo-se nas tricas domésticas, como se ainda vivessem no corpo físico. Doutra feita, angustiam-se, gritam discutem e até criam ódio aos parentes que resolvem se desfazer dos objetos ou bens que ainda os ligam fanaticamente à vida material.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

PLANO DIVINO DE EVOLUÇÃO




A compreensão das mudanças que ocorrerão no orbe terrícola em toda a sua amplitude não prescinde de uma breve retrospectiva histórica que, como sempre alertamos, é recurso empregado pelo fato de vossa memória ser curta. Esquecem-se as criaturas muito facilmente quando estão imersas no restrito equipo carnal, que deixa a percepção do espírito obnubilada, não dispondo da sua plenitude rememorativa.
Dentro dessa perspectiva, ficou obscurecida a consciência coletiva, decorrência ainda da época em que a ignorância preponderava e o acesso ao conhecimento estava delimitado ao interior dos templos, e os homens" descrentes", considerados hereges, foram sumariamente queimados em praça pública juntamente com milhares de livros por contrariarem, pelo livre pensar, as instituições dogmáticas. A ascensão e queda dos sistemas religiosos, filosóficos, monárquicos, matriarcais ou patriarcais fez parte dos sucessivos ciclos de escuridão e Luz que ocorreram na história do homem.
Cada era traz dádivas ou misérias, desenvolvimento ou estagnação, paz ou violência. As culturas que dominaram o orbe terrícola são provenientes das dinastias atlântidas, egípcias e gregas. Formando o caldo cultural da humanidade por milhares de anos até a queda moral da política romana, levada de roldão ao insano da conquista obrigatória do mundo, pelo fragilizado império que num último suspiro de dominação se "apropriou" do Cristianismo na azáfama de perpetuação do poder.
Nessas ligações das diversas eras e das influências da descendência genética, foi o homem perdendo a sua procedência cósmica, qual estrela que se apaga abruptamente diante de um painel incandescente de outros bilhões e trilhões de estrelas no céu da evolução inexorável.
Quantas vezes olhastes para a abóbada celeste em noite clara, para a infinidade de estrelas e astros cravados no firmamento e vos perguntastes: "Quem está lá no Além? São nos semelhantes ou diferentes?" A consciência individual não está separada da Consciência Cósmica, e muitos de vós não tivestes a evolução em um único orbe, em uma única partícula do Cosmo infinito. Muitos que vieram de outras constelações, de outras galáxias, estiveram e estão muito envolvidos com a evolução da humanidade. Do sistema estelar de Sírius vieram muitos espíritos em transmigração para contribuir com o Grande Plano de Evolução dos planetas e da vida no Universo.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

VAMPIRISMO


PERGUNTA: - Há fundamento de que os espíritos conhecidos por "exus" chegam a
sorver o sangue de galos, cabritos, bodes, carneiros e aves sacrificados nos "candomblés" ou erreiros africanistas? Não seria isso uma lenda ou fantasia?

RAMATÍS: -
Os vampiros que hoje atuam no mundo astralino, em geral, já foram cidadãos pacíficos, aí na Terra, enquanto os atuais encarnados, é possível que ao retomarem para o Além também se tornem outros vampiros explorando os vivos! O círculo vicioso do vampirismo só deixará de existir quando o homem libertar-se definitivamente dos vícios e desregramentos, das paixões fanáticas e da alimentação carnívora!
O vampirismo, feitiço e fetichismo religiosos não encontram solução satisfatória, porque os próprios espiritualistas, que deviam esclarecer os encarnados ou espíritos desencarnados, evitam o assunto nevrálgico que acham primitivo, repulsivo e anticientífico. Sem dúvida, as práticas de candomblés tendem a enfraquecer-se sob o inevitável progresso cientifico, pois o ritos sangrentos, oriundos do folclore africano, perdem o seu aspecto de magia e passam a ser admitidos como liturgia e devocionamento religioso!
No entanto, os "exus", espíritos elementares ou "compadres", quando incorporam em cavalos sonambúlicos, trincham com os dentes o pescoço de aves, sugam-lhes o sangue, numa fração de minuto, deixando-as completamente exauridas do tônus vital ou "enxutas", como um aco flácido de papel! É o processo prático e eficiente de tal tipo de entidade ainda escrava do mundo físico, para obter o ambicionado resíduo vital que existe no sangue das aves e dos animais.
Quando os médiuns de terreiros são intuitivos e resistem às intenções dos "exus" ou entidades primárias, estas então se contentam apenas com as emanações do eterismo vital-físico, que se exsuda do duplo vital do animal ou da ave sacrificados, algo potencializadas com o ritmo cadente dos ritos estranhos.
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