Sabedoria Ramatis

Sabedoria Ramatis

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

JESUS E A PARÁBOLA DO TRIGO E DO JOIO




PERGUNTA:  Que significa o joio?



RAMATÍS:  Embora o joio seja uma gramínea da mesma família do trigo, é considerado uma planta de má qualidade, pois sempre sufoca ou prejudica a espécie útil. Há mesmo, entre os homens, sentenças populares que definem essa anomalia do mesmo tipo de gramínea, quando se diz: "Cá isto é trigo sem joio", ou "É padre, mas é joio de Igreja, e não trigo de Santuário". 1

1 - Frase de Castilho, na obra "Avarento", II, 7, página 151, edição 1871. 
O joio oferece aspectos tão semelhantes ao trigo, que é muito difícil distingui-Io durante o seu crescimento. Quando começa a germinar é facilmente confundido com o trigo, pois lembra certas criaturas que, apesar de sua figura convencional e aparentemente correta, minam sub-repticiamente as atividades produtivas e benfeitoras dos outros seres.


PERGUNTA:  Qual o sentido íntimo e espiritual que levou Jesus a socorrer-se do exemplo do trigo e do joio para a sua exemplificação evangélica?

RAMATÍS:  Sob a visão sábia e sublime de Jesus, o joio simboliza toda reação e interferência nociva, que se faz na semeadura da palavra de Deus. É a própria atividade mistificadora de sacerdotes, lideres religiosos, mestres espiritualistas, chefões de seitas ou condutores de homens, que proliferam e crescem na mesma seara do bem, mas, na verdade, ali florescem, negativa e fraudulentamente, sufocando o próprio trigo que procura vicejar ao seu lado. É de bom senso que, se não fosse a fraude do joio no seio de todas as atividades espiritualistas, tanto quanto tem acontecido desde os tempos pagãos até os dias atuais, a palavra do Senhor já teria dominado toda a face da Terra.

PERGUNTA: Poderíeis informar-nos qual foi o acontecimento que atraiu Jesus para compor a parábola do trigo e do joio?


RAMATÍS:  Jesus recorreu ao exemplo do trigo sadio e do joio nefasto, talvez evocando certo acontecimento muito comum no Oriente, quando, por motivos de ciúmes, vingança ou maldade, o lavrador inconformado e vingativo mandava os seus agregados semearem ocultamente o joio no meio da seara de trigo plantada pelo vizinho concorrente.
Isso era feito à noite, às escondidas, quando dormiam os lavradores prejudicados, jamais à luz do Sol. O joio era semeado de modo tão sorrateiro, que as vítimas da indigna façanha só percebiam o prejuízo mais tarde, quando já havia crescido a erva nociva, e produzido os frutos inúteis.
A surpresa tomava os camponeses prejudicados e, por vezes, verificava-se que os próprios empregados podiam cometer tal delito a soldo dos outros vizinhos vingativos.

Isso, então, era considerado uma "segunda semeadura", porém, sub-reptícia, solerte e avassaladora, que minava a boa seara e anulava o labor sacrificial e correto dos bons lavradores.



DO LIVRO: “O Evangelho à Luz Do Cosmo” Ramatís Hercílio Maes – EDITORA DO CONHECIMENTO.














Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...