Sabedoria Ramatis

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terça-feira, 10 de novembro de 2015

CARNIVORISMO E O CONTROLE MENTAL...





Pergunta:  Qual é a primeira providência que deveríamos adotar a fim de libertarmo-nos do desejo carnívoro?
Ramatís: A primeira providência para a libertação do carnivorismo deveria ser o controle mental da realidade do que representa a zoofagia. Em verdade, há mais indisciplina ou negligência mental do que propriamente uma necessidade biológica ou condicionalmente milenário na devora de vísceras dos animais. Há flagrante contradição entre a realidade do carnivorismo e o que se perverte pela falsa imaginação, pois, se o homem não come ratos, cães e outros animais que acha repulsivos ao seu paladar, isso lhe poderia acontecer com todas as demais espécies de aves e bichos. Falta ao homem a vigilância mental necessária para ele não se hipnotizar ou fascinar por falsas suposições. Geralmente, diante dos cadáveres de animais vítimas de um incêndio ou de uma explosão, as criaturas sentem náuseas e repugnância devido ao odor desagradável de carne queimada! No entanto, excitam se, dominadas pelo mórbido apetite ante o churrasco fumegante, de carne de animal queimada a fogo lento, diferindo apenas pela natureza dos molhos que se lhes acrescentam. Aí a contradição é inexplicável, pois a repugnância diante do cadáver assado na explosão ou no incêndio desaparece sob um condicionamento biológico e desperta mórbido apetite, apenas porque está regado a pimenta, cebola e tomate.
A primeira providência da criatura para libertar-se do desejo mórbido de ingerir carne deve iniciar-se pela correção da imaginação deformada. A vontade, que se mostra débil diante do churrasco acebolado e o considera um acepipe gostoso, também deveria funcionar corretamente ante a mesma carne carbonizada e sem temperos. É preciso o homem identificar a realidade que se esconde sob o véu da ilusão do falso apetite, pois a deliciosa "dobradinha à espanhola" não passa de retalhos de bucho de boi extraídos da sua região digestiva impregnados de detritos nauseantes. A "feijoada completa" é também um charco de albumina onde sobrenadam as partes imundas do porco, como orelhas, pés, costelas e pedaços de couro curtido na lavagem e no lodo dos chiqueiros! As mais deliciosas salsicharias não passam de ensacados de feridas de sangue coagulado em mistura com retalhos de nervos e toucinho, que os homens devoram voluptuosamente!

Pergunta: - Porventura o homem terno e evangelizado é um culpado perante Deus só porque ainda come carne?

Ramatís:  Não existem culpados perante Deus, pois o Pai jamais se ofende com as tolices humanas de seus filhos! Também não é terno o homem que ainda come carne, malgrado seja ele evangelizado, pois a alimentação carnívora, sendo produto da matança de animais, é um desmentido à ternura. Louvamos as criaturas evangelizadas e submissas aos ensinos libertadores do Cristo-Jesus, mas não é terno e meigo quem devora as vísceras dós irmãos inferiores. O carnivorismo sustentado na prática de matar o animal é vigorosa fronteira entre o anjo e o homem, assim como severo agravo para vidas futuras!

Pergunta:  No entanto, conhecemos muitíssimas criaturas carnívoras que são piedosas, incapazes de matar um simples inseto, quanto mais uma ave ou animal! Que dizeis?
Ramatís:  O que não mata, seja por piedade ou remorso, e depois devora gostosamente a carne do animal ou da ave trucidada por outros, age manhosamente perante Deus e a sua própria consciência. A piedade a distância não identifica o caráter bondoso, pois isso lembra o clássico mistifório do sábado de Aleluia, em que os fiéis católicos, depois de estóico jejum de carne, na Quaresma preceituada pela Igreja, aguardam avidamente que o relógio marque o meio-dia para atirarem-se famintos aos retalhos fumegantes da moderna panela de pressão!
Comumente, o homem piedoso que se recusa a assistir à matança do animal, depois é o mais exigente e requintado diante do assado, pois escolhe o bocado mais tenro e mais gostoso da carne sacrificada a distância!

DO LIVRO: “A VIDA HUMANA E O ESPÍRITO IMORTAL”  RAMATÍS/HERCÍLIO MAES – EDITORA DO CONHECIMENTO

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