Sabedoria Ramatis

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domingo, 27 de setembro de 2015

O CURSO INICIÁTICO DE JESUS NA TERRA


PERGUNTA:  Como pôde Jesus assimilar tantos conhecimentos sobre o homem, sem um curso acadêmico ou disciplina filosófica do mundo, tão necessária para os mais abalisados pensadores?
RAMATÍS:   A humanidade profana ainda ignora o curso iniciático da vida de Jesus em que José de Arimatéia foi o seu cicerone dedicado e fiel. O jovem Jesus, além das intuições do muito que a sua própria alma já aprendera, rebuscou todos os movimentos espiritualistas e iniciáticos da época, na Judéia, e nações circunvizinhas; motivo porque a sua vida é cheia de hiatos e períodos desconhecidos dos seus mais fiéis biógrafos. Ele investigava e inquiria sobre todas as práticas da velha iniciação habitual na índia, no Egito e na Grécia, e seu espírito assimilava, com incrível rapidez, todo o conteúdo iniciático de cada escola. Descobria com facilidade as raízes fundamentais do ritualismo simbólico; e, embora jovem, os seus conceitos já valiam tanto quanto a palavra de muitos Mestres de sua época.
Entre os essênios, ele se distinguia pelo profundo respeito a todos os credos e movimentos espiritualistas; a sua apreciação ao trabalho religioso no mundo era de absoluta universalidade. Os velhos anciãos dos santuários situados nas grutas dos montes Horeb, Carmelo, Moab e Tabor afirmavam que se tratava de um jovem destinado a alguma extraordinária e importante missão entre os homens. E opinavam que ele deveria entregar-se a uma tarefa de esclarecimento das multidões. No entanto, o jovem Jesus, quer pela sua humildade ou porque achava prematura qualquer decisão em tal sentido, preferia silenciar a respeito. Algumas vezes, quando se fazia maior a insistência dos mestres essênios, então respondia-lhes que "se for da vontade do Pai que está nos céus, Ele me indicará a hora de minha missão!"
Não se considerava um ente superior nem o melhor de todos, mas apenas uma criatura incendida por um ideal que era incomum à maioria dos homens. Aliás, as barreiras fluídicas que separam o mundo espiritual do terráqueo impediam-lhe a posse completa da sua extraordinária consciência, pois ele submetia-se disciplinadamente à Lei que viera cumprir. Sua juventude era povoada de êxtases e visões, embora, por isso, muitas vezes fosse ridicularizado e refutado na sinagoga, pois os velhos rabis, conservadores, protestavam contra suas idéias avançadas. E nesse ambiente hostil aos seus conceitos, já o consideravam um visionário, porque afirmava que o Deus de Israel também abençoava os romanos e os infiéis.  
Jesus sentia em si assombrosa e estuante força que o conduzia a um objetivo superior, de implacável renúncia; por vezes antevia, no imo da alma, a fugaz imagem do seu futuro sacrifício programado pelo Alto. Mas, com o tempo, foi-se habituando a falar com absoluta confiança sob o impulso diretor do Ego Superior; e, à medida que o seu espírito emergia cada vez mais lúcido, dominando a potência escravizante da carne, abriam-se-lhe clareiras do entendimento espiritual em favor da humanidade!
 
DO LIVRO: “O SUBLIME PEREGRINO” RAMATÍS/HERCÍLIO MAES – EDITORA DO CONHECIMENTO.




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