Sabedoria Ramatis

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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A ÚLTIMA CEIA DE JESUS...




PERGUNTA:  E que dizeis da última ceia de Jesus com os .seus apóstolos? Realmente aconteceu tudo como explicam os evangelistas?




RAMATÍS:  A tradicional "santa ceia" comemorada pela Igreja Católica Romana, em verdade, precedia a cerimônia do "lava-pés", habitualmente realizada na sexta-feira, chamada a véspera do "grande sábado" da Páscoa. Era costume tradicional reunirem-se as famílias para essa refeição fraterna, onde se faziam promessas de vida feliz e em comum para o futuro. Nas famílias mais ricas trocavam-se presentes entre os membros da casa ou parentes de fora. Assim, Jesus a instituiu também com os seus apóstolos, pois os considerava a sua família itinerante, os seus verdadeiros parentes escolhidos pelo Senhor. Desejando torná-la mais expressiva, decidiu harmonizar a cerimônia da ceia da Páscoa com o lava-pés, que já era um culto ideado por João Batista, a finalidade de congraçamento entre os discípulos e os seus rabis ou mestres.

Em virtude do Mestre ter antecipado a cerimônia do lava-pés para a noite de quarta-feira, pois estava certo de ser preso de um momento para outro, então ambas as cerimônias foram feitas na mesma ocasião. Ao entardecer, os discípulos reuniram-se no aposento mais espaçoso da residência de Jeziel, o qual comemoraria a sua ceia de Páscoa na dia seguinte, quinta-feira, o dia exato. Após as orações e os cânticos de hinos, que eram motivos de alta espiritualidade no movimento cristão, os servos de Jeziel serviram a ceia de Páscoa, com a prodigalidade dos tradicionais pães e o vinho tinto, que Jesus abençoou como era de praxe.

Em seguida, aproveitou aquele momento tão expressivo para dirigir-se aos seus discípulos, referindo-se a motivos íntimos e saudosos. Em linguagem clara, simples e de profunda exatidão, que difere muito dos relatos empolados de certas passagens dos evangelistas, o Mestre Jesus assim resumiu o seu pensamento a todos: "Rendo graças ao Pai que me permite estar ainda convosco nesta festividade da Páscoa, pois sei pela voz do Espírito que não tarda a se iniciar a minha paixão! Não tornarei mais a comer convosco, nem me será dado a beber do próximo vinho No entanto, cumprida será a Vontade de meu Pai que está nos céus, pois minha hora é chegada; mas eu vos precederei na Galiléia e vos esperarei no Reino de Deus".

Eram nove horas da noite, quando Jesus, levantando-se da mesa, tirou a túnica que lhe ia aos pés e, "pegando numa toalha, cingiu-a em torno da cintura, lançou água numa bacia, e se pôs a lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido"



Do livro: “O Sublime Peregrino” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

                                                                         


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