Sabedoria Ramatis

Sabedoria Ramatis

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Prostituição.





PERGUNTA:  Que dizeis da prostituição, em face da vida espiritual?



RAMATIS:  É indubitável ser a prostituição fruto proveniente de um mau comportamento espiritual na matéria. Mas, também, não pode ser julgada e analisada exclusivamente por um parâmetro único, porquanto, há inúmeros fatores de ordem social, financeira, econômica, religiosa, política e patológica, que devem ser examinados, a fim de se julgar o grau de maior ou menor nocividade dessa condição humana, simplesmente qualificada como delito ou pecado, respectivamente, pela sociedade e pelas religiões.

Ademais, embora se diga que é a "profissão mais antiga do mundo", na atualidade, é crescente o número de amadoristas que se entregam a uma prática sexual algo criticável, mercenária ou puramente prazenteira, contribuindo, cada vez mais, para desaparecer o profissionalismo da prostituição. Mas, perante as leis espirituais, a prostituição é tão-somente mais uma condição que retarda a ascese espiritual do ser pela demasiada vivência instintiva e sem objetos definitivos para engrandecer cada vez mais o espírito do homem.



PERGUNTA:  Há quem aponte a prostituição como a pior "chaga da civilização". Que dizeis?



RAMATÍS:  A pior chaga da civilização ainda nos parece a prática nefanda das guerras, que massacram e mutilam agrupamentos humanos de velhos, mulheres, jovens, meninos e até recém-nascidos, os quais mal entreabrem os olhos para a vida. Sob tal, "chaga" ficam os rastros de sangue, vísceras humanas apodrecendo nos campos verdejantes ou nas metrópoles civilizadas, enquanto os sobreviventes gozam do direito de morrer, mais tarde, de fome, de epidemias funestas ou de irradiações atômicas. Jamais uma prostituta fez tanto mal ao mundo, quanto os puritanos religiosos que confeccionaram a bomba atômica e autorizaram seu lançamento sobre Hiroschima; os armamentistas, cuja mercadoria industrial é a destruição da própria carne humana; os monopolistas que centralizam até o leite, o pão e a medicação em suas mãos avaras, com os lucros ilícitos que lhes permitem o turismo incessante na "dolce vita" e, paradoxalmente, também se prostituem nos "rendez-vous" de alto bordo.



DO LIVRO: “SOB A LUZ DO ESPIRITISMO” RAMATÍS/HERCÍLIO MAES – EDITORA DO CONHECIMENTO.








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