Sabedoria Ramatis

Sabedoria Ramatis

sábado, 21 de fevereiro de 2015

A sabedoria milenar dos corpos espirituais - II





2 - Tanto que, ao transferir para esses corpos, em definitivo, a sua consciência - ao fim do longo (põe longo nisso!) trajeto na Senda da Sabedoria, o homem torna-se um Mestre, um Homem Perfeito, unido à Consciência Divina. É o "espírito puro" que Kardec mencionou. É a criatura que assumiu a própria perfeição latente, tornando-se o ser divino que sempre foi. "Não ouvistes que foi dito 'Vós seis deuses'?", disse Jesus, citando a Sabedoria Milenar.
O importante é salientar bem a natureza divina, portanto irretocável, desses três corpos - átmico, búdico e causal, que compõem o nosso Eu Real (o Self, de Jung)."Somos deuses" em nossa Individualidade - atma-buddhi-manas.
Será preciso mais para caracterizar a perfeição desse território superior de nosso ser? Esse é o nosso Deus Interno, a nossa Alma Imortal, a divina Psiché, cuja face Eros não podia enxergar na escuridão (da matéria). A Mitologia Grega também é boa para clarear as idéias.
Resumindo: o que já é, por definição, perfeito, não precisa ser aperfeiçoado. É de um primarismo constrangedor, não é mesmo? Mas a dura experiência nos ensina que o óbvio, ai de nós, nem sempre é ululante. ...
Mas não esqueçamos a "porção inferior" do centauro - o Eu Inferior, a Personalidade, o Ego – ou Quaternário Inferior, constituído dos corpos Mental Concreto, Astral, Etérico e Físico Denso.
Esses quatro veículos transitórios e perfectíveis - insistamos nesse termo: perfectíveis = passíveis de aperfeiçoamento - são os instrumentos que nosso Eu Superior utiliza para atuar nos três "mundos da ilusão" (mental, astral e físico), ali construindo a ampliação consciencial que o habilitará a "retomar" ao nível divino.
Somente aqui, nesses quatro veículos "inferiores", podem registrar-se as temporárias "imperfeições" de nosso caminho evolutivo. São os "cadernos escolares" onde rabiscamos, primeiro em garranchos assustadores, depois em letra mais caprichada, as lições do curso "Como Tomar-se Divino" que estamos fazendo, nas escolas planetárias deste universo.

Quando nossa consciência "desceu" do nível divino, e mergulhou nos planos inferiores para evoluir, sendo portanto "expulsa do paraíso" - que era a consciência enfocada ao nível de atmabuddhi- manas - foi delimitada uma barreira impeditiva de seu retomo imediato. Tal é o simbolismo do "anjo com uma espada flamejante" colocado como "sentinela ao redor do Jardim do Éden"
(vide Gênese), para garantir que Adão e Eva não pudessem retomar pulando o muro. Só poderemos retomar pela porta da frente - depois de, em evos incontáveis, termos abandonado em definitivo a nossa "parte de baixo do centauro" - os quatro veículos, repitamos, perfectíveis (cheios de rabiscos feitos desde o Jardim da Infância da evolução).

Do livro: “JARDIM DOS ORIXÁS” RAMATÍS/NORBERTO PEIXOTO – EDITORA DO CONHECIMENTO.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...