Sabedoria Ramatis

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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Casos Teratológicos de Idiotia e Imbecilidade – IX





PERGUNTA:  Como tivemos ocasião de ponderar há pouco, é pequeno o número de xifópagos que nascem na Terra, e menor ainda o dos que sobrevivem. Isto não poderia induzir-nos a crer que, devido a esse nascimento tão reduzido, também devem ser bem diminutas as oportunidades ou recursos de que a Lei do Carma dispõe para ajustar os inimigos irreconciliáveis do pretérito?

RAMATÍS:  Preliminarmente, precisais saber que o recurso de que a Lei dispõe para reconciliar inimigos não é apenas o de fazê-los encarnar como xifópagos no mundo da carne. Esse é um recurso especial para certos casos, a juízo das autoridades competentes. Demais, como encarnados, desconheceis grande parte dos nascimentos teratológicos em que os corpos dos recém-nascidos são criminosamente destruídos ainda no limiar do berço físico, nos lares de famílias de grandes recursos ou de grande inescrupulosidade. Não vos será difícil observar que os xifópagos, em geral, só sobrevivem na cabana pobre do sertanejo ou do homem rural, porquanto em seus corações, embora rudes, penalizam-se de destruir “aquilo que Deus sabe por que fez”. É indubitável que os xifópagos, que são espíritos odientos entre si e quase sempre antipáticos aos próprios pais, têm poucas probabilidades de sobreviver além do berço de nascimento físico, pois tanto espiritual como fisicamente são hostilizados, para a mais breve expulsão do corpo carnal. Quando tais criaturas desencarnam, quer devido ao bombardeio mental encontrado nos próprios lares, quer em face da dificuldade biológica que foi violentada em seus “genes” habituais, é muito comum aos genitores darem graças a Deus, alegando que, talvez reconhecendo o seu equívoco, ele os “chamou para o céu”. E isso justifica o compungido sentimentalismo de que tais criaturas “só iriam sofrer no mundo”. Inúmeras vezes temos presenciado as tentativas desesperadas que esses espíritos algemados pelo ódio secular fazem para poder sobreviver fisicamente nos lares que ainda lhes são antipáticos e hostís. A Técnica Sideral envida todos os esforços possíveis para concretizar tais experimentos retificadores de culpas recíprocas; no entanto, em face de a humanidade não compreender a importância desse acontecimento incomum mas útil aos espíritos adversos, raramente não passa de um breve ensaio, já fracassado de início pela hostilização da família terrena. Quando não é a própria armadura física que cede aos impactos mentais belicosos dos progenitores desejosos de se verem livres dos filhos anormais, há que contar, ainda, com os espíritos das sombras, que operam decididamente para destruir a oportunidade que foi doada para os seus desafetos buscarem na carne a prova de sua redenção espiritual.

PERGUNTA: Em face dessa dificuldade de sobrevivência por parte da maioria dos xifópagos e de, portanto, reduzir-se a oportunidade do reajustamento espiritual entre velhos adversários separados pelo ódio implacável, quais são os recursos que os técnicos do mundo espiritual adotam para a solução de tão cruciante problema?

RAMATIS:  Certamente, não duvidais de que a Terra não passa de um grão de areia solto no espaço, classificado nas tabelas siderais como um mundo de aprendizado espiritual primário. Mas o planeta terráqueo não é o único mundo destinado a se resolverem nele as situações odiosas dos espíritos rebeldes. A ascensão espiritual se processa através de vários orbes semelhantes, afins ou divergentes, que representam outros tantos estágios evolutivos e preparatórios para planos mais aperfeiçoados. Aquilo que não é possível concretizar num orbe físico pode muito bem lograr sucesso noutro mundo semelhante ou mesmo inferior.
Existe incontável número de mundos tanto acima como abaixo do vosso orbe de educação primária, e que atualmente também servem para a depuração dos espíritos que ainda não se ajustam às lições de afeto e tolerância. Os espíritos que ainda se odeiam, sem esperanças de acordo fraterno, são então enviados para mundos inferiores à Terra, e, através de nascimentos xifópagos ou deformações físicas, aprendem a suportar-se pela mútua presença e obrigatoriedade.

Do livro: “Fisiologia Da Alma” - Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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