Sabedoria Ramatis

Sabedoria Ramatis

sábado, 29 de março de 2014

Espíritas carnívoros!


Se os animais pudessem falar, que diriam eles a respeito dessa gentil disposição de muitos espíritas de os devorarem sob festivos cardápios e requintados molhos que deixariam boquiabertos muitos zulus antropófagos?

E estranhável, portanto, que ainda se façam censuras às solicitações seguintes, em que temos situado o nosso principal labor:

1) que não coopereis para o aumento de matadouros, charqueadas e açougues;

2) que não promovais as efusivas churrascadas sangrentas, ria confraternização espírita;

3) que eviteis que penetre na vossa aura o visco nauseante e aderente do astral inferior, que se liberta do animal sacrificado;

4) que vos distancieis, o mais depressa possível, dos velhos antepassados caiapós ou tamoios que, devido à ignorância dos postulados espíritas, se entredevoravam em ágapes repugnantes;

5) que, se não encontrar eco em vossos espíritos tudo quanto vimos solicitando, pelo menos tenhais piedade do animal inocente, que é vosso irmão menor perante Deus!

Ramatís - "Fisiologia Da Alma"

A Escola da alma



Umbanda à luz do Cosmo – V



PERGUNTA: - O Brasil é um país continental e tem um povo de grande misticismo, que abriga variadas formas de mediunismo mais arcaico, inclusive com sacrifícios de animais: pajelança da Amazônia, candomblés de caboclo, catimbós, ritual de xangô, catimbó-jurema, entre outros. Qual a finalidade desses movimentos? Podemos chamá-los de Umbanda?
VOVÓ MARIA CONGA:  Agradeçamos todos ao Alto por essa pátria abrigar todos os seus filhos em seus anseios espirituais. O que parece uma balbúrdia para os homens, é abençoada acomodação das consciências em evolução. É com essa liberdade de semeadura que vão os filhos evoluindo, e o que muitas vezes parece uma insensatez aos olhos dos julgamentos precipitados dos homens, é sensata caminhada rumo à colheita de luz. Os mais recatados em seus valores espirituais consideram tais ritos e práticas como "pecaminosos", já que são de opinião que estão no caminho certo e que suas doutrinas ou religiões são as verdadeiras, como se a Divindade os elegesse.
Mesmo os que estão ainda retidos em rituais "arcaicos", como o de sacrifício de animal em nome de orixá cultuado, oferenda dispensável, já que nenhuma vida no Cosmo deve findar em prol de outra, reconheçamos que por tratar-se de ato de fé, de crença fervorosa para com a Divindade, esses filhos também estão no caminho do despertamento amoroso, como todos no Universo.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Umbanda à luz do Cosmo – IV




PERGUNTA: - E aqueles médiuns que notada- mente são homossexuais?
VOVÓ MARIA CONGA:  Isso pouco nos importa. A conduta "culposa" que está relacionada com a moral dos homens, e o fato de um médium se encontrar em situação provacional, como o é a questão da homossexualidade, é meramente efeito na atual encarnação de causas passadas, assim como o são as provas diárias do egoísmo, da vaidade, dos ciúmes e das maldades "comuns" para os homens. Pode um filho de conduta sexual "normal" aos olhos dos valores fugazes da sociedade dos homens ter pouco ou nenhum valor moral na visão da Espiritualidade, nos casos em que se exige um instrumento mediúnico. O sexo em si não ofende as leis espirituais e não devemos classificar o homossexual como um anormal ou impuro. O amor, a solidariedade, o perdão das ofensas e a pureza do espírito, isso sim são requisitos indispensáveis, como objeto de julgamento severo que se estabelece quando do abençoado labor como aparelho mediúnico.

PERGUNTA:  Notamos um processo de "orientalização do Ocidente", sendo crescente o interesse por temas místicos, esotéricos, de vidas passadas, carma, reencarnação, fitoterapia, Nova Era, enfim, de espiritualismo em geral. Como se coloca a Umbanda nesse cenário?
VOVÓ MARIA CONGA:  Umbanda é luz, sabedoria milenar e pura harmonia. Conduz as consciências ao entendimento da verdadeira vida, que é a do espírito imortal. É unidade no Cosmo, um todo de que fazemos parte. É universalismo na sua essência, que está registrado em todos nós por nossa ancestralidade espiritual. A Umbanda, regida pelo Cristo Cósmico, tendo em Jesus a sua manifestação máxima na Terra, é mais antiga que todas as religiões dos homens, e terá enorme importância por sua procedência sagrada nesta Era de Aquário. Aceita todas as outras religiões, e, por ser anterior as mesmas, em todas teve grandes influências, principalmente nas oriundas do Oriente. Nesse cenário, cabe à Umbanda um papel muito importante, pois será uma das expressões de unificação amorosa na Terra.



Do livro “Evolução No Planeta Azul” Ramatís e Vovó Maria Conga/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento.

terça-feira, 25 de março de 2014

Ramatís elucida sobre os sonhos coloridos e em preto e branco.




À noite, quando o espírito abandona o seu corpo adormecido e contempla diretamente as paisagens ou os acontecimentos que se sucedem no mundo astral, a sua percepção psíquica o capacita a fixá-los nas suas cores correspondentes, mas isso não ocorre quando se trata de sonhos produzidos pela emersão da memória astral das vidas passadas ou mesmo das lembranças cotidianas, cujas imagens, então, se apresentam em
preto-branco, mesmo porque são mais comuns as evocações pretéritas e as influências da vida carnal cotidiana quando o espírito se ausenta do corpo físico adormecido.
Uma grande parte dos sonhos é apenas conseqüente dos desejos e impulsos instintivos da criatura, que emergem à noite, impulsionados pela própria luta interior que a alma sustenta entre o senso crítico do inconsciente e do consciente. Neste caso, o sonho é quase que só a revivescência dos próprios conflitos da vida física, que se transformam em imagens atropeladas pelas emersões e recalques mentais, e não qualquer visão ou participação direta do espírito no mundo astral. Quando os sonhos são coloridos e acompanhados de impressões vigorosas, nitidamente recordadas ao despertar, em verdade não se trata de sonhos fantasiados, mas de acontecimentos reais que foram vividos pela alma durante a sua saída astral. Por isso, embora fatos ocorridos durante uma vivência íntima fora do corpo físico, deixam a sensação perfeita de coisas objetivas, que são gravadas definitivamente pela alma encarnada. Em sua maior parte, os sonhos coloridos são frutos dessa observação direta da própria alma nos seus fugazes momentos de liberdade astral, pois quando se trata apenas de flutuações do subconsciente ou de reminiscências da vida cotidiana, à noite, se transformam em imagens branco-pretas.
Os sonhos descoloridos não passam, pois, de emersões dos conflitos emotivos ou dos desejos represados pela alma encarnada no estado de vigília, pois quando a consciência comum da matéria adormece, dominam então os dramas, as aventuras e os recalques ou acontecimentos interiores, que se projetam como ecos de angústias e aflições mentais. No entanto, quando se trata de fatos percebidos diretamente no turbilhão incessante das cores do mundo astral, eles ficam gravados na consciência física como lembranças agradáveis, que o espírito conserva com clareza até o despertar, como seqüências reais vividas fora do corpo carnal.
 É evidente que as recordações matinais, dos acontecimentos vividos fora do corpo físico, serão tão nítidas quanto tenha sido a clareza da visão astral, de acordo com a maior ou menor capacidade da memória no estado de vigília física. No entanto, como a tendência natural do espírito humano é a de olvidar as coisas que lhe causam angústia ou lhe são desagradáveis, o cérebro do perispírito se desinteressa da conservação das lembranças de acontecimentos hostis, guardando apenas as que causam alegria e satisfação.

domingo, 23 de março de 2014

Umbanda à luz do Cosmo – III




PERGUNTA: - Verificamos um caráter andrógino em muitos chefes de terreiro, pais e mães-de-santo. Qual o motivo dessa aparência ou modo indefinido no campo sexual? Isso tem importância para a mediunidade?


VOVÓ MARIA CONGA:  Se os filhos prestarem mais atenção, a situação relatada não se prende somente ao movimento de Umbanda. Muitos dos líderes atuais, nos quais a mediunidade é ferramenta de amparo e socorro, recaem em condicionamentos milenares, pois a maioria já esteve ligado ao sacerdócio, em mais de uma religião terrena, vivências que os levaram a virar as costas para o "profano" dos simples mortais e se voltarem exclusivamente para as coisas espirituais e internas dos templos. O sexo, visto como feio e pecaminoso, foi reprimido em suas polaridades que demarcam o feminino e o masculino dos espíritos encarnados.

Umbanda à luz do Cosmo – II






PERGUNTA:  Podemos afirmar que já existe uma "identidade" umbandista, embora não haja um sistema doutrinário e ritualístico codificado que propicie uniformidade para a Umbanda. Essa identificação não se estende à maioria dos seus adeptos, que não se declaram de fé ou crença umbandista, e sim de outras religiões, principalmente a católica. Por que esse "receio"?

VOVÓ MARIA CONGA:  Em todos os povos e sociedades que já se formaram na Terra, têm os filhos registros da utilização da magia. Desde as comunidades mais antigas e tribais, os homens já se reuniam à volta do fogo e, com urros e danças agressivas, se preparavam para a caçada. As forças cósmicas atuavam por meio da criação de formaspensamentos emitidas pelo grupo nesse ritual à volta da fogueira, pois a mente sempre foi e será geradora de magia, que por si só não é boa nem má, porque está ligada à intenção de quem o gerou e não à magia em si, que pode ser valioso instrumento de cura.
Ocorre que o conflito do "sagrado" católico com o profano "herege" das crenças mágicas, foi igualmente criado pelos homens em busca do domínio de sua religião sobre as coletividades. Pela ancestralidade divina que vibra em todos, os filhos são por si só agentes mágicos, já que a mente é um motor gerador de pensamentos que nunca cessa.
A Umbanda lida com a magia, manipula fluidos os mais diversos e forças do Astral, tendo na comunicação com o Além e na chamada mecânica de incorporação o alicerce de sua caridade na Terra. O mediunismo ainda é visto como espécie de "culto de possessão", situação que não se prende somente à Umbanda, pois se estende como um todo àquelas doutrinas e crenças sustentadas pelo exercício da mediunidade.

sábado, 22 de março de 2014

Deus



O carma como Lei imutável



Umbanda à luz do Cosmo – I







PERGUNTA: - A Umbanda, enquanto expressão de religiosidade, como espiritualismo em que se pratica o intercâmbio mediúnico com desencarnados, só existe em solo brasileiro. Qual o motivo desse exclusivismo?



VOVÓ MARIA CONGA: - Essa situação é condizente com o carma coletivo do Brasil, pátria que abrigou em seu fértil solo grande parte dos espíritos ligados à Inquisição. Inquisidores vieram como escravos, e suas vítimas de outrora como" donos" da terra, como se retomassem a posse dos bens confiscados. Aliado a isso, o fato de a população indígena aqui presente, que também foi escravizada e "catequizada" pelo homem branco, juntamente com os ritos africanistas e a cultura católica dos colonizadores portugueses e espanhóis, e mais recentemente o Espiritismo provindo da França de Kardec, terem demarcado o sentimento de religiosidade dos brasileiros como se fosse uma grande colcha de retalhos.

Fez-se necessário um movimento religioso que abrigasse harmoniosamente todas essas tendências que desaguaram no país, expurgando-se definitivamente o carma negativo gerado pela intolerância e pela perseguição religiosa do "Santo" Ofício inquisitorial. Sendo assim, reuniu-se uma Alta Confraria Branca no Astral Superior, que planejou, com a permissão direta  de Jesus, o nascimento da Umbanda no solo dessa pátria chamada Brasil.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Considerações sobre a mediunidade natural e de prova – 3ª Parte (Final)


PERGUNTA: A nosso ver, ainda é grande a porcentagem dos médiuns que  fracassam no exercício da mediunidade, após terem gozado o prestígio de faculdade  mediúnica incomum. Que dizeis?

RAMATIS:
Quando Jesus enunciava que "muito se pedirá àquele a quem muito se  houver dado e maiores contas serão tomadas àqueles a quem mais coisas se haja confiado", (Lucas, 12: 47,48),  provavelmente o seu augusto pensamento referia-se também ao exercício da mediunidade. Sem dúvida, o  médium natural, o intuitivo puro, que já possui o tesouro espiritual da intuição angélica, é aquele que mais  recebe por mérito de sua maturidade e a "quem muito se pedirá". Mas ao médium de prova, embora seja  pobre espiritualmente,"maiores contas lhe serão tomadas", pois também "mais coisas lhe são conferidas" no  serviço mediúnico, para ressarcir os seus pecados pregressos.
Mas não é propriamente a posse prematura da faculdade mediúnica o motivo responsável pelo  fracasso muito comum de alguns médiuns em prova na matéria. Isso é mais conseqüente de sua imperfeição  ou contradição espiritual, pois o médium, em geral, é espírito que decaiu das posições privilegiadas do  passado, sendo ainda muito apegado à sua personalidade humana transitória. Deste modo, ele subestima a  transcendência dos fenômenos que se processam por seu intermédio e os considera mais como produto  exclusivo de sua vontade e capacidade mental.
Embora muitos médiuns sejam inteligentes e mentalmente desenvolvidos, o orgulho, a vaidade, a  ambição, a prepotência, a cupidez ou a leviandade ainda os fazem tombar de seus pedestais frágeis, porque  se crêem magos excepcionais ou indivíduos de poderes extraordinários para a produção de fenômenos
extemporâneos ou revelações incomuns. A Terra ainda é pródiga de magos de feira, curandeiros mercenários  ou iniciados sentenciosos que, através de rituais extravagantes, atraem e exploram as multidões ignorantes.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Considerações sobre a mediunidade natural e de prova – 2ª Parte





PERGUNTA:  Mas o médium de 'prova" não poderia alcançar o mesmo êxito do médium "natural", se depois de desenvolvido viesse a enquadrar-se sob os princípios elevados do Evangelho do Cristo?

RAMATÍS:  O que o médium natural alcança por via intuitiva, como decorrência espontânea de sua própria sutilidade psíquica e sem necessidade de quaisquer esforços ou adaptação fora do tempo, o médium em prova, e sem a linhagem superior para se situar espontaneamente nas faixas vibratórias das esferas crísticas, vê-se obrigado ao desenvolvimento espinhoso, graduando-se através de treino exaustivo com os desencarnados imperfeitos, enfrentando as mais desanimadoras decepções psíquicas.
O aguçamento imaturo muitas vezes leva o espírito em prova a desenganos, malogros e rebeldias, tal qual o jogador de xadrez que, após muitos lances frustrados, vacila em mover no tabuleiro a peça de menor importância.
Tratando-se de faculdade prematura e ainda provisória, que exige árduo e sacrificial exercício no seio das atividades terrenas, o médium sem a acuidade espiritual espontânea, que orienta facilmente o indivíduo entre os problemas confusos da vida, quase sempre só conclui o seu programa mediúnico depois de muitos tropeços verificados nos atalhos falsos, que são trilhados à guisa de caminho certo. Só a perseverança, o bom ânimo, a tenacidade, o estudo incessante, o combate impiedoso contra as paixões da animalidade inferior e a integração definitiva ao Evangelho do Cristo é que, realmente, podem assegurar o êxito mediúnico. Servindo-nos de uma comparação, diríamos que o médium natural assemelha-se ao músico ou pintor já nascido com o "dom" espontâneo para exercer sua arte, à qual ele se entrega com facilidade e prazer. O médium de prova, no entanto, é o aluno que está sendo obrigado a estudar uma ciência ou arte para a qual ainda não apresenta qualidades espontâneas. Então precisa esforçar-se heroicamente para consegui-las sob um longo treino exercido entre vacilações, malogros e decepções.

domingo, 16 de março de 2014

Considerações sobre a mediunidade natural e de prova – 1ª Parte





PERGUNTA:  Gostaríamos que nos dissésseis algo sobre os médiuns que já gozam de sensibilidade psíquica avançada, cuja mediunidade, como nos tendes dito, é fruto exclusivo do seu aprimoramento espiritual.

RAMATIS: Os espíritos que já atingiram um alto nível moral e que, portanto, integraram-se à vida psíquica superior, quando encarnados são mais sensíveis aos fenômenos do mundo oculto, embora isto não aconteça de modo ostensivo, mas apenas através da intuição pura. A sua faculdade mediúnica, então, é o sagrado corolário do seu próprio aprimoramento espiritual, em vez de uma "concessão" extemporânea. Eles transformam-se em centros receptivos das manifestações incomuns que transcendem os sentidos físicos. Sua alta sensibilidade, fruto de avançado grau espiritual, afina-se incessantemente com os valores psíquicos do melhor quilate, facultando-lhes não só o conhecimento instantâneo dos acontecimentos presentes, como ainda as revelações mais importantes do futuro. O abençoado dom da Intuição Pura, e que em alto grau o possuíam Antúlio, Hermes, Rama, Crisna, Pitágoras, Buda, Ramacrisna e Jesus, além de outros seres que passaram anonimamente pelo mundo terreno, foi a faculdade iniciática que serviu para esses grandes espíritos liderarem as transformações admiráveis do espírito do homem. Eles tanto aferiram os fenômenos imediatos do mundo invisível, como ainda descortinavam amplamente a síntese dos acontecimentos futuros mais importantes, da Terra.
Há grande diferença entre o médium cuja faculdade é aquisição natural, decorrente de sua maturidade espiritual, e o médium de "prova", que é agraciado imaturamente com a faculdade mediúnica destinada a proporcionar-lhe o resgate de suas próprias dívidas cármicas. Através de processos magnéticos, que ainda vos são desconhecidos, os técnicos do Astral hipersensibilizam o perispírito daqueles que precisam encarnar-se com a obrigação de trabalhar, pelo serviço da mediunidade, a favor do próximo, e também empreender a sua própria recuperação espiritual.

quarta-feira, 12 de março de 2014

TÉCNICA APOMÉTRICA – X







PERGUNTA: - Podeis dar-nos maiores informações das vidas passadas do consulente que afluem no psiquismo dos médiuns, como se estes estivessem vivenciando a experiência traumática, e do atendido no grupo apométrico? Como são determinadas, pois entendemos ser algo como procurar agulha num palheiro? Ou seja, o espírito milenar tem tantas reminiscências em sua memória perene que entendemos ser impossível aos médiuns captar aleatoriamente as corretas situações para liberação da condição sintônica do consulente!



RAMATÍS: - Os médiuns atuam como fiéis exaustores nessas situações. Os sensitivos, tal qual instrumentos musicais afinados para ressonarem ao mínimo acorde, experimentam em si um processo catártico intenso, como eficaz medicamento purgativo, 'soltando" o consulente enfermiço do quadro patológico mórbido de vidas passadas que o perturba e o aflige na atualidade. Deveis entender que quando um assistido adentra no atendimento caridoso de um grupo de Apometria moralizado e com retaguarda do Plano Espiritual Superior, imediatamente temos acesso, em tela holográfica, espécie de monitor de poderosos computadores plasmáticos do Astral que ainda não conseguimos vos descrever pela dificuldade de encontrar palavras no vosso atual vocabulário, a todo o encadeamento cármico das vidas pregressas do adoentado, até o exato instante do vosso tempo em que ele se encontra em corpo presente para ser atendido. Podeis entender as ressonâncias mais comuns somatizadas, como "nós" traumáticos de existências pregressas que ainda repercutem consciencialmente na vida dessa criatura. Nos casos em que há merecimento e não se contraria o livre-arbítrio do cidadão assistido, autorizamos a captação por um médium, como se fosse uma estação receptora televisiva que passará um filme de terror com todas as sensações, dores, emoções, vivenciando a catarse que libertará o doente do quadro repercussivo que o está aturdindo.

Certo está que a maioria de vós não percebe tais sutilezas pela "rapidez" desses procedimentos em vossa dimensão espacial. Disso, podeis inferir que é inconcebível um trabalho de caridade com a Apometria sem o apoio participativo do Plano Espiritual Superior. Deixai de lado as discussões estéreis sobre os animismos e não vos preocupeis exageradamente com as críticas. O fato de determinadas técnicas do abençoado bálsamo, Apometria, que foi materializada na Terra por determinações dos Maiorais sidéreos, serem de cunho a explorar vossas capacidades da alma, não deve vos desanimar sob nenhuma hipótese, pois o ser anímico ou mediúnico é de somenos importância diante da doação amorosa e do desinteresse pessoal, elementos que formam o amálgama que dá condição de sustentação aos bons espíritos do "lado de cá" aos vossos labores na seara do Cristo, como demonstramos neste pequeno exemplo. São muito importantes esses comentários e esclarecimentos, para que cessem os embates divisionistas alardeados pelos críticos zelosos das purezas doutrinárias que, no fundo, denotam acomodação e um certo ranço sectarista por tudo que difere um pouco do diapasão usual a que se acomodaram passivamente.

segunda-feira, 10 de março de 2014

TÉCNICA APOMÉTRICA - IX



PERGUNTA: Ficamos um tanto estarrecidos com esse incomum relato das técnicas malévolas dos magos negros. Como se desfaz essa sintonia, implantada, pelo que entendemos, em um tipo de polarização de lembrança traumatizante na memória presente de um encarnado, e que causa tão nefasto desequilíbrio existencial em poucos dias? Não estamos seguros nem em nossas rememorações?

RAMATÍS: - Na maior parte das vezes, essa sintonia se desfaz quando um médium é conduzido pelos mentores espirituais a captar a faixa de frequência que está vibrando com a ocorrência traumatizante passada, fonte geradora oriunda do subconsciente do encarnado, que pulsa afligindo-o terrivelmente. A catarse que ocorrerá com o psiquismo do medianeiro, dando passividade como se fosse para um espírito sofredor, estabelece a imediata liberação da condição sintônica do encarnado, aliviando-o em suas somatizações. Isso acontece muitas vezes, sem que saibais, em todos os trabalhos socorristas que envolvem a mediunidade.
Nem tudo é espírito nas manifestações, sendo a receptividade do sensitivo conduzida para se dar "naturalmente" com situações de vidas passadas que estão aflorando do inconsciente para a zona consciencial do adoentado, se fazendo necessária a libertação. É uma espécie de exaustão catártica que verterá pelos corpos etérico e físico do aparelho mediúnico, numa purgação que desfaz o estímulo de memória que está "vivo" na rememoração atual do encarnado, embora não totalmente consciente, e muitas vezes habilmente aproveitada pelos espíritos benfeitores para atenderem todos os espíritos "presos" pelo influxo mental-magnético coletivo que gera o bolsão de sofredores desencarnados.

sábado, 8 de março de 2014

Os médiuns de cura e os curandeiros




PERGUNTA: - Como poderemos distinguir os verdadeiros médiuns de cura e aqueles outros que são apenas ignorantes, palpiteiros ou interesseiros, e que, sob a legenda de Espiritismo, exploram o sofrimento alheio? Às vezes, tais aventureiros astuciosos receitam com tal presteza e habilidade, à guisa de médiuns espíritas, que se torna bastante difícil distingui-los dos médiuns idôneos ou verdadeiros. Que dizeis?

RAMATÍS:  'A mediunidade também obedece a um roteiro progressista que se impõe e aperfeiçoa tanto pela experimentação como pelo estudo sensato. Deste modo, é difícil, no princípio de sua manifestação, alcançar-se o êxito e a clareza desejada, pois em sua fase inicial ela se manifesta envolvendo o médium em dúvidas e confusões. E, assim, esse período é propício a que o médium incipiente, pela sua inexperiência e invigilância, incorra na distorção da ética rígida exigida no desempenho de tal função. No entanto, efetivamente, há os que se dizem receitistas, mas que, de fato, são curandeiros mercenários. E os sucessos que, em alguns casos, lhes atribuem, é apenas aparente, pois os doentes que os procuram já estão, quase sempre, cumprindo prescrições médicas ou sentiriam melhoras em sua saúde independente de qualquer remédio.
As enfermidades, em sua maior porcentagem, são estados transitórios de reajuste fisiológico ou uma espécie de reação do metabolismo orgânico, no sentido de resguardar e evitar que o corpo sofra consequências mais graves, tal como a morte súbita; assim como também se destina a apurar o grau espiritual do ser na sua resistência moral contra a dor.
Existem determinadas metamorfoses na vida animal, cujas manifestações também se assemelham a enfermidades, embora se trate apenas de fenômenos destinados a revigorar o equipamento orgânico. Citamos, por exemplo, o caso da "muda" das penas, nas aves, da pele, nos répteis, do pelo, nos animais, ou da lã, nos carneiros. Mudanças físicas de aparência enfermiça, que são apenas transições processadas em épocas próprias. E graças a essa sábia disposição da Natureza, a "muda" resulta sempre num reajuste mantenedor de saúde mais vigorosa. Notai que, no homem, à medida que ele cresce e se desenvolve, ocorrem certas crises fisiológicas produzidas no seu corpo, as quais, embora sejam naturais, também se manifestam com aparência de "moléstias". Referimo-nos ao período da puberdade nos jovens, à menopausa nas mulheres ou à inatividade das glândulas sexuais, nos velhos. Muitos sintomas desagradáveis ou incomuns, no ser humano, têm seu ciclo, sua curva ascendente ou descendente, mas desaparecem na época apropriada, sem qualquer interferência estranha. No entanto, se as manifestações e o desaparecimento desses incômodos coincidirem durante o tratamento receitado por algum curandeiro, certamente que o resultado seria tido como invulgar sucesso do mesmo.
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