Sabedoria Ramatis

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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A evolução espiritual nos mundos materiais e os profetas.




PERGUNTA:  A evolução espiritual nos mundos materiais reclama a necessidade absoluta de profetas para relatarem os acontecimentos futuros? Parece-nos que a profecia é algo dispensável, pois não vemos nela um sentido utilitário ou doutrinário, capaz de operar reformas concretas à sua simples enunciação. Que nos dizeis a esse respeito?


RAMATÍS:  Essas vossas conclusões são precipitadas, porque analisais, na precariedade de uma existência humana, eventos que só se concretizam no decorrer de séculos. As profecias representam, iniciaticamente, no cenário humano, os marcos fundamentais dos acontecimentos futuros, que são previamente determinados pelos Construtores dos Mundos, no Plano Geral. Os povos que constituem as humanidades repetem em rodízio contínuo e sob novas roupagens históricas, mais evoluídas, as mesmas características que já viveram os seus predecessores. Os grandes movimentos litúrgicos e os ritos solares, cultuados pelos atlantes, astecas e incas; o culto dos mortos, que os egípcios realizavam no colosso das pirâmides, perpetua-se modernamente nos mausoléus suntuosos com que os milionários terrícolas atenuam o seu remorso para com os parentes já desencarnados. O fausto, o poderio e a floração da Babilónia, da Alexandria e das civilizações assírias e caldaicas tiveram na Roma Imperial a sua reprodução aproximada; as maravilhas do passado, como os jardins suspensos de Babilónia, o farol de Alexandria ou o colosso de Rodes, encontram os seus similares nas gigantescas represas, pontes e canais da vossa civilização moderna.  
Os canudos de cimento e aço, denominados "arranha-céus", que abrigam milhares de criaturas separadas pela diversidade de idiomas, costumes e raças, são na realidade as novas Torres de Babel do século XX. As hostes sanguinárias sob  o comando de Hitier, que arrasaram civilizações pacíficas, para a glória .efêmera da conquista humana, tiveram os seus precursores no barbarismo de Átila à frente dos Hunos. Cada civilização, sob vestuário diferente, pseudamente moderno, continua a repetir, em aspectos mais sadios ou mais conscientes, mais estéticos ou mais científicos, os mesmos vandalismos dos povos já extintos!

As célebres colônias nudistas, para as quais se invocam altas razões de higiene e de estética corpórea, apenas sublimam, em recalque atávico, o gosto antiestético da nudez das tribos primitivas. Os magníficos ginetes de pura raça, oriundos da Arábia, ajaezados de ouro e prata, que faziam as delícias dos fidalgos do passado, exaltam-se, atualmente, na figura ostensiva dos automóveis caríssimos e luxuosos, que transportam "bugres civilizados"... O fumo e as ervas que o pachorrento cacique ou pajé mascava de cócoras transformaram-se em vistosos charutos-havana, que se incineram sob o babar e a respiração ofegante dos felizardos do livro de cheques!

Do livro: “Mensagens do Astral” – Ramatís/Hercílio Maes- Editora do Conhecimento.

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