Sabedoria Ramatis

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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Benzimentos e simpatias – IV





PERGUNTA:  Por que os benzedores, em geral, são criaturas incultas, pobríssimas, supersticiosas e até analfabetas? 

RAMATÍS: Eles podem ser incultos, analfabetos e supersticiosos com as suas crendices exóticas, mas lidam com forças ocultas na mesma igualdade de condições com que os radiologistas mobilizam os raios de "Roentgen", na radiografia, o médico, o ultra-som, a eletroterapia, o infravermelho ou ultravioleta. Mas enquanto as energias projetadas pelos aparelhamentos da ciência médica só agem na estrutura física ou atômico-molecular, as forças mobilizadas pelos benzedores atuam intimamente no psiquismo humano. 
O benzimento é uma projeção etéreo-astral impregnada da substância mental e emotiva do benzedor, ativando o campo energético combalido ou perturbado do paciente. Os médicos, benzedores "oficiais", usam a eletroterapia de projeção de ondas de toda a espécie oculta, e desintegram quistos, tumores ou excrescências virulentas, assim como substâncias enfermiças que formam a sinusite e outras consequências anômalas. No entanto, eles fracassam, quanto a eliminar o "tóxico-psíquico" aderido ao perispírito do enfermo, cuja faixa vibratória transcende a interferência dos aparelhos materiais e que só é acessível às criaturas dotadas de faculdades mediúnicas. 
Os benzedores, malgrado serem incultos, agem exclusivamente pelo sentimento caritativo de servir, enquadrando-se na simplicidade que é própria das "crianças" do generoso convite de Jesus! A sua fé e boa-vontade transformam-nos em verdadeiras usinas de forças catalisadas do mundo oculto, as quais penetram na zona psicofísica dos enfermos e desintegram os fluidos ruinosos que aderem ao perispírito e são produzidos por sentimentos de inveja, ciúme, vingança ou maledicência. Enquanto o aparelhamento eletroterápico do mundo material só atua na organização física, as cargas do "magneto vivo", que é o benzedor, penetram a fundo na intimidade astralina do enfermo e removem-lhe a causa mórbida.

Se os benzedores fossem criaturas eruditas ou científicas, não tardariam em fracassar, perturbados pela especulação acadêmica e a frieza do intelecto humano. Aliás, muitos cientistas ainda lembram um eletricista teimoso, que julga mais importante o vidro da lâmpada do que a força da usina elétrica. Como o êxito do benzimento depende mais da fé e do sentimento amoroso do benzedor, em vez da sua especulação científica, então é melhor que ele seja inculto e ingênuo, a servir incondicionalmente sem alimentar qualquer desconfiança de ordem científica. O intelecto do homem atual ainda é resultante de um desenvolvimento artificial repleto de equívocos e frustrações; o cientista moderno é um incontestável produto de laboratório fortemente dominado pelo vício de negar "a priori" os princípios espirituais superiores da vida humana. Lembra, às vezes, o cego que se julga seguro na caminhada pelas estradas do mundo, mas só vê as coisas pelos olhos do cachorro que o guia. É um condicionado ao aforismo de que "o espírito não existe", e que são tolas, supersticiosas e "não cientistas" as pessoas que o creem. Em face desse condicionamento de "não crença", o cientista pesquisa o imponderável através de fórmulas negativas e já consagradas pelos cientistas precedentes, os quais, por sua vez, também as herdaram de outros cientistas cépticos. 
O benzedor não pode ser um cientista, pois, se ele o fosse, jamais se abalaria a benzer criaturas que se dizem vítimas de mau-olhado, enfeitiçamento, quebrantos ou inveja! O poeta que se extasia diante do poente irisado de cores deslumbrantes ficaria seriamente perturbado, caso o cientista lhe provasse que a paisagem deslumbrante derramada pelo céu não passa de pura reflexão solar! Ele também deixaria de cantar a beleza e a fragrância da rosa, ante a perfídia do legista botânico, ao demonstrar-lhe a matemática atômica da flor, a composição química da cor e a técnica prosaica da construção da nervura vegetal, que nada têm de poesia, mas apenas de ciência.
Do livro: “Magia De Redenção” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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