Sabedoria Ramatis

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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Benzimentos e simpatias – VI




PERGUNTA: Poderíeis explicar-nos melhor esse assunto?

RAMATÍS:  O espírito encarna-se na Terra para corrigir as suas deficiências espirituais ocorridas no passado, assim como desenvolver as virtudes que lhe compensem os equívocos orgulhosos de outrora. Assim, o potentado de ontem pode retornar à carne para desempenhar a modesta função de lixeiro, ou viver existência enfermiça, dependendo da generosidade alheia e convocado a meditar sobre o abençoado sentimento da fraternidade humana!
O médico presunçoso, que após adquirir o diploma acadêmico tornou-se frio e egotista, algo parecido a um computador eletrônico lidando com números vivos e não seres humanos, então pode renascer na figura do caboclo analfabeto ou do preto pobre, a fim de recuperar o tempo perdido pela antiga dureza do coração, atendendo hoje ao serviço humilde e até ridículo de benzedor! A guisa de condensador vivo dos maus fluidos alheios, espécie de ímã da sujeira do próximo, o homem orgulhoso do passado pode purificar a sua indumentária perispiritual na prática singela do benzimento. Assim como o pó-de-pedra purifica a água suja e a vela do filtro retém as impurezas, benzer sublima e melhora a qualidade psíquica.
Então a criatura desperta primeiramente em si a fé que subestimou no pretérito por excesso de cientificismo ou vaidade, aceitando a posição do homem humilde, que o destino inflexível desvia desde menino de todas as oportunidades de cultura e prestígio humano, para atender os enfermos da alma! Cientista, alhures, confiava exclusivamente no academicismo do mundo, e só sabia reger-se pelas "leis da física"; benzedor, depois, desenvolve proveitosamente a fé pelas curas que realiza, passando a viver somente as "leis do coração"!

PERGUNTA: - E que dizeis da simpatia?

RAMATÍS: - A simpatia é mais propriamente uma derivação da magia aplicada sem fortes ritos ou conhecimentos iniciáticos, é uma espécie de curandeirismo mágico popular. A magia é a arte e a ciência de empregar conscientemente os poderes invisíveis para obter efeitos visíveis. A vontade, o amor e a imaginação são poderes mágicos que todos possuem, pois aquele que sabe desenvolvê-los e empregá-los conscientemente é um mago. Quem os emprega para fins benéficos pratica a magia branca e quem os emprega para o mal pratica a magia negra. A Alta Magia mobiliza o poder supremo do Espírito, ao passo que a feitiçaria e a baixa magia empregam os poderes psíquicos ou as forças astrais do mundo inferior.
Em consequência, as pessoas que fazem simpatias, responsos ou desmancham bruxarias praticam a magia a varejo. Elas podem ser espíritos primitivos, cumprindo uma função terapêutica por força de sua vitalidade e tradição de família, mas também ter sido famosos esculápios e cientistas que, abusando de sua capacidade científica, entorpeceram-se no orgulho da exaltação personalista no pretérito!

Do livro: “Magia De Redenção” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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