Sabedoria Ramatis

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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Problemas do Vício de Fumar – VII





Pergunta: - Não será o fumo um recurso subjetivo do próprio espírito do homem, a fim de atenuar a vivência humana tão angustiosa e desconcertante?



Ramatís: - Se fosse sensata tal idéia, teríamos de explicar porque a humanidade conseguiu viver normalmente, sem precisar de tabaco, até o dia em que Colombo o trouxe da América para a Europa; e então, se divulgou tal vício. Os selvagens, como criaturas primitivas e ingênuas, sugavam fumaça pelos canudos de folhas de tabaco num divertimento tolo e infantil; e os civilizados passaram a imitá-los de modo bastante ridículo. O sistema anti-higiênico de incinerar essa erva malcheirosa teve início depois que Monsenhor Nicot, embaixador francês em Portugal, passou a cultivar o tabaco em sua horta, como se fosse uma planta de excelente benefício para a humanidade. Caso os selvagens tivessem um pouquinho de senso de humor, teriam rido dos civilizados, que passaram a levar a sério o que era simples gozação! E os civilizados, hoje, exploram o vício de fumar, despendendo vultosas somas numa propaganda comercial e sensacionalista. 
De princípio, só os homens e as mulheres de má reputação é que fumavam às claras; porém, hoje, fumam as criaturas de todas as classes, pois o médico descansa o seu cigarro, enquanto aconselha o cliente a deixar de fumar para recuperar a saúde, ou o sacerdote excomunga todos os vícios do alto do púlpito, embora ele também seja um fumante.



Pergunta: - Cremos que a maioria dos fumantes busca uma distração.



Ramatís: - Não há dúvida que o tabagista alega que é para se distrair; e com a sua tolice viciosa gasta uma parte de sua economia na aquisição de cigarros. Ante a perspectiva de uma viagem de negócios, turismo ou "pic-nic", a sua mente, primeiro, se preocupa com o fumo! No caso de esquecimento voltará do meio do caminho ou se desviará para a cidade mais próxima, a fim de adquirir o tabaco! Dominado pelo desejo vicioso é capaz de atrasar-se para o almoço ou jantar, e até perder o último ônibus, na aflição de comprar o seu atormentador. O tabagista suja de cinzas as vestes, os tapetes, as toalhas e as roupas de cama, deixando a marca da nicotina pelos lugares onde perambula; corre até o risco de incendiar a própria casa ou escritório, ante o descuido de um fósforo mal apagado, um toco de cigarro aceso sobre o tapete ou na cesta do lixo. Mal abandona as cobertas do leito para lavar os  dentes, suas mãos tateiam o maço de cigarros!


Do livro: “A vida Humana E O Espírito Imortal” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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