Sabedoria Ramatis

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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A sugestão e a imaginação nas comunicações mediúnicas – 2ª Parte






PERGUNTA:  Deveríamos censurar ou afastar o médium que se deixa sugestionar tão facilmente, de modo a causar prejuízos à contextura doutrinária do Espiritismo?

RAMATÍS:  Em qualquer situação da vida, ainda é a recomendação de Jesus, "Não julgueis para não serdes julgados", que deve orientar nossas apreciações sobre os atos do próximo. É evidente que, se o médium demasiadamente sugestionável tivesse certeza do fato desastroso que ocorre consigo, não o contaria, semeando o seu próprio ridículo. Não existindo dolo, por não haver propósitos censuráveis, o dever dos espíritas esclarecidos é nortear o médium desgovernado para exercer o serviço mediúnico com o máximo de critério, evitando causar o desânimo e a decepção aos que o ouvem.

O êxito das comunicações intuitivas mediúnicas depende principalmente da maior passividade do médium intuitivo. No entanto, nesse estado neutro o seu psiquismo tende muitíssimo ao estado de autohipnose, em cuja fase é bem fácil a sugestão e o domínio das ideias que foram alimenta das durante o dia. Há casos em que sensitivos de pouco controle mental chegam a transmitir, à conta de mensagens de espíritos desencarnados, as ideias e os pensamentos de algum frequentador do trabalho mentalmente desenvolvido. Outros são facilmente dominados pela "empatia", ou seja a capacidade da criatura em colocar-se no lugar de outrem e viver-lhe as dores ou vicissitudes. E os mais sugestionáveis passam então a materializar, à noite, no centro espírita, aquilo que durante o dia mais os impressionou.
Raros médiuns sabem controlar os avançados recursos de sua imaginação, de modo a aproveitá-los para dinamizar as ideias que os espíritos lhes transmitem, pois, em geral, confundem as imagens virtuais do seu pensamento, supondo-as como de entidades concretas e fora do corpo físico. A ausência de estudo e a falta de autocrítica leva grande número de medianeiros a confundir a realidade com a fantasia.

DO LIVRO: “MEDIUNISMO” RAMATÍS/HERCÍLIO MAES – EDITORA DO CONHECIMENTO.

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