Sabedoria Ramatis

Sabedoria Ramatis

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

OS QUE EMIGRARÃO PARA UM PLANETA INFERIOR – X






PERGUNTA:  Dissestes alhures, que há vida animal nesse astro; no entanto, pelo que está ao alcance do nosso entendimento, esse planeta não recebe suficientemente a luz solar para possuir vida orgânica. Planetas mais próximos do nosso Sol, como Saturno, Netuno e Plutão, são dados pela nossa ciência como impossibilitados de manter vida orgânica. Que dizeis a esse respeito?

RAMATÍS: Não podemos nos estender em descrições fisioquímicas com relação a Saturno, Plutão ou Netuno, de modo a vos provar que a vida que lá existe é preciosa e compatível com as determinações do Divino Arquiteto. Se ele fez o mais difícil, como seja criar os mundos, consequentemente faria o mais fácil: povoá-los! As leis que estabelecestes, valendo-vos dos fenômenos conhecidos da vossa tela astronômica, não servem para que analiseis a vida no planeta que se aproxima, cujo evento estamos relatando sob dois aspectos distintíssimos: o acontecimento físico, acessível à vossa ciência astronômica no futuro, após o progresso da ótica etérica, e o evento espiritual só compreensível aos cabalísticos.
Não poderíamos explicar-vos minuciosamente o processo em suas bases expressivas, porque se trata de um fenômeno que ocorre no "mundo interior", onde a efervescência de energias suplanta as demarcações das formas objetivas e muda os conceitos de distância e velocidade! Na realidade, o que vos parece um deslocamento geográfico ou astronômico é só operação de mudança vibratória interior e a criação de um campo magnético condutor dos acontecimentos determinados na zona mental.
É necessário não esquecerdes de que o Supremo Arquiteto não criou um só grão de areia que não fosse visando a consciência espiritual de seus filhos. Os seus propósitos inteligentes disciplinam rigorosas medidas que controlam as despesas na economia do Cosmo; os orbes, os sistemas, as constelações e galáxias são celeiros de formas vivas, sob as mais variadas expressões, sem se distanciarem um mícron da direção íntima espiritual, que cuida e plasma as consciências individuais através dos seus obreiros espirituais. Não é necessário vos afastardes da Terra para comprovardes que por toda parte existem condições de vida sob aspectos os mais extremistas e contraditórios!
Enquanto o condor tem o seu "habitat" no pico dos Andes, em atmosfera rarefeita, o tatu, a toupeira ou a minhoca encontram conforto no meio asfixiante do subsolo; o pássaro se banha na leveza do oceano de luz atmosférica, mas o monstro marinho suporta ciclópicas toneladas de pressão oceânica na sua morada submarina; o leão sacode a juba, feliz, sob o calor ardente do deserto, enquanto o urso polar mostra o seu euforismo na continuidade da neve; a carapaça alimenta-se nas pedras, e os batráquios se rejubilam no gás de metano dos pântanos; a borboleta é um floco delicado que se extingue ao sopro da brisa mais forte, enquanto a tartaruga é pesado bloco de pedra viva, que sobrenada na água; a foca saltita contente na água gelada e inúmeros insetos reavivam-se nos gêiseres de água fervente!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

OS QUE EMIGRARÃO PARA UM PLANETA INFERIOR - IX





PERGUNTA:  Após o afastamento desse astro, não ficarão na Terra pessoas que deveriam emigrar como "esquerdistas"?

RAMATÍS:  O fenômeno se processa de modo lento, pois esse planeta influencia gradativamente, quer na sua aproximação, quer durante o período de seu afastamento. Os sobreviventes esquerdistas ainda na matéria — supondo-se que o planeta se distancie sem atraí-los no devido tempo — serão catalogados no Espaço, após a desencarnação, e conduzidos pelos "Peregrinos do Sacrifício" ao orbe primitivo ou a outros mundos inferiores que lhes sejam eletivos. E a Lei é inexorável quanto ao tempo de exílio, pois os da esquerda do Cristo não retornarão à Terra antes de seis a sete milênios.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

A desobsessão na umbanda e a contra-magia para o reequilíbrio





A desobsessão na umbanda ocorre durante as consultas da sessão de caridade. Com a palavra mansa e calma do preto velho, com a austeridade direta do caboclo, com a irreverência do exu, vão os obsessores sendo doutrinados e encaminhados ao Astral. Muitas vezes, basta um passe com galhinho de arruda e o enorme amor de uma vovó para que os ferrenhos inimigos do "lado de lá" se apaziguam e se deixam levar. Quem tem olhos de ver e ouvidos de escutar podem observar o
que acontece em nossas "engiras".
Entendemos como contra-magia todo o axé (força) do orixá que é canalizado para o equilíbrio do consulente. É como um suprimento energético que está faltando. Numa sessão de caridade, todas essas energias se movimentam para que as entidades possam utilizá-las na medida exata para o bem-estar de cada um. O que são orixás? · Os sítios vibracionais dos orixás · Alguns tipos psicológicos associados aos orixás · Os florais · Os florais e sua afinidade com os orixás · Os florais na técnica da apometria.

DO LIVRO: “UMBANDA PÉ NO CHÃO”


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

OS QUE EMIGRARÃO PARA UM PLANETA INFERIOR - VIII





PERGUNTA: Quais os traços característicos daqueles que não serão transferidos para o planeta inferior que se aproxima da Terra?

RAMATÍS:  Conforme os prognósticos siderais, apenas um terço da vossa humanidade reencarnada estará em condições de se consagrar como o "trigo" e as "ovelhas" ou "direita" do Cristo, a fim de se juntar à outra porcentagem que será escolhida no Além, entre a humanidade de 20 bilhões de desencarnados que constituem a carga comum no mundo astral, em torno da Terra.
Os da direita do Cristo possuem um padrão vibratório, espiritual, acima da frequência "mais alta" do magnetismo primitivo do planeta que se aproxima. Em consequência, não vibrarão em sintonia com as suas energias inferiores, que acicatarão o instinto inferior do psiquismo humano, furtando-se, portanto, à subtração magnética gradativa, do referido planeta. Esse acicatamento magnético do planeta primitivo, só encontrará eco nos esquerdistas que, na figura de "vassalos da Besta", responderão satisfatoriamente a todos os apelos de ordem animalizada. Entretanto, não penseis que os "direitistas" sejam aqueles que apenas se colocam rigorosamente sob uma insígnia religiosa ou uma disciplina iniciática; eles serão reconhecidos principalmente pelo seu espírito de universalidade fraterna e de simpatia para com todos os esforços religiosos bem intencionados. Pouco lhes importam os rótulos, as bandeiras ou os postulados particularistas de sua própria religião ou doutrina espiritualista; facilmente se congregam aos esforços coletivos pelo bem alheio, sem lhes indagar a cor, a raça, os costumes ou preferência espiritual. São desapegados de proventos materiais, desinteressados de lisonjas e despreocupados para com as críticas de suas ações; obedecem apenas à índole de amar e servir! Colocam acima de qualquer feição personalista as regras crísticas do "amai-vos uns aos outros" e "fazei aos outros o que quereis que vos façam". Esse grupo dos "poucos escolhidos" entre os "muitos chamados", será a verdadeira falange de ação do Cristo no vosso mundo, na hora desesperadora que se aproxima.

domingo, 27 de outubro de 2013

JESUS, O PSICÓLOGO SIDERAL.


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O DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO



O desenvolvimento mediúnico na umbanda é prático e requer um tempo de aprendizado para o médium, a fim de que ele se acostume com as vibrações das entidades e aprenda a ser passivo para deixar o guia se manifestar. Como vivemos a era da mediunidade consciente, esse período é necessário para o auto-conhecimento e o aprofundamento da confiança do neófito. Nosso desenvolvimento mediúnico não acontece em dia separado, e sim durante as sessões de caridade, dentro de uma proposta prática, "pé no chão". É ao lado dos médiuns que já estão dando consultas, vendo os cambonos atuando e escutando todo o burburinho da "engira", que os médiuns iniciantes, aos poucos, vão se tornando mais confiantes e, no momento certo, manifestam os seus guias.
É muito raro haver mais de três médiuns em processo de desenvolvimento na Choupana, em razão da atenção requerida. E consideramos que um dia específico para o desenvolvimento só é necessário em agrupamentos com grande número de integrantes, o que, no nosso caso, comprometeria a qualidade do trabalho. Somos de opinião que umbanda não é quantidade de médiuns, nem terreiro com axé significa terreiro maior.


DO LIVRO: “UMBANDA PÉ NO CHÃO” RAMATÍS/NORBERTO PEIXOTO – EDITORA DO CONHECIMENTO.








sábado, 26 de outubro de 2013

OS QUE EMIGRARÃO PARA UM PLANETA INFERIOR - VII




PERGUNTA: — Poderíeis citar algum caso em que, embora estando a alma em reencarnação inferior, pode-se provar que a sua natureza espiritual não baixou de nível?


RAMATÍS:  A prova de que o espírito mantém a sua consciência integral do pretérito, mesmo sob qualquer deformação física ou situação deprimente na matéria, está nas experimentações de hipnotismo, quando determinados pacientes, submetidos à hipnose, revelam pendores artísticos, senso intelectual ou conhecimentos científicos que lhes transcendem fortemente a personalidade comum conhecida.
Quantas vezes o camponês, inculto, depois de hipnotizado, se expressa corretamente em idioma desconhecido, revela uma inteligência superior ou uma individualidade elevada! É uma bagagem de produtos elaborados nas vidas anteriores, que emerge superando a provisória condição a que o espírito se ajustou, devido a ter exorbitado da sua inteligência ou do seu poder no passado.
A roseira de qualidade, quando plantada em terreno impróprio, embora reduza o perfume de suas flores ou se atrofie na sua formosura vegetal, revelará novamente a sua plenitude floral assim que a replantem em terreno fértil. Sob idênticas condições, a alma inteligente não perde a sua consciência espiritual já estruturada nos evos findos, mesmo quando privada de todas as suas faculdades de expressão no mundo de formas; ela apenas fica ofuscada e restringida na sua ação mental. A ausência das pernas, no aleijado, não lhe extingue o desejo de andar, nem mesmo esse desejo se enfraquece; é bastante que lhe ofereçam pernas ortopédicas e ele tudo fará para reconquistar a sua antiga mobilidade, provando a permanência da sua consciência diretora do organismo.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

OS QUE EMIGRARÃO PARA UM PLANETA INFERIOR - VI





PERGUNTA: Quando os exilados se reencarnam como filhos de homens das cavernas, a força bruta e vital, do novo mundo inóspito, não lhes domina completamente o psiquismo terrícola, que é mais refinado e sublimado? O perispírito do terrícola não fica, porventura, completamente subjugado pela poderosa energia psíquica da carne animalizada do orbe primitivo? 

RAMATÍS: Assim como no reino vegetal podeis enxertar a muda frutífera superior na planta agreste, no pitoresco "cavalo selvagem", também o espírito exilado, da Terra, se enxerta no tronco rude do psiquismo selvático do homem das cavernas. A seiva vigorosa de planta primitiva sobe, violenta e rude, para subjugar a espécie intrusa, que lhe é enxertada, tentando impedir-lhe a produção dos frutos.
A planta inferior não domina o seu ciúme, cólera e despeito e teima em não ceder a sua energia para a espécie estranha. Mas o jardineiro atencioso vela pelo êxito da nova espécie civilizada e prodigaliza-lhe os socorros necessários; extermina os ramos agressivos do caule selvagem, que tentam debilitar a muda enxertada. A poda inteligente enfraquece a planta bravia, porque lhe decepa as folhas e os galhos que lhe garantiam a personalidade vigorosa; então a seiva é obrigada a subir, para desenvolver e avantajar melhor a planta, que assim distribui, com cuidado e harmonia, a mesma seiva vigorosa e rude que recebe do plano vegetal inferior; produz então os brotos, tece as folhas, e desabrocham as flores, que prenunciam os frutos sazonados do Outono! Sob os olhos vigilantes do jardineiro, o "cavalo
selvagem", ou antigo caule agressivo, torna-se um escravo dócil e um pedestal obrigatório para a planta superior. Mas não tarda, também, que ele mesmo se deixe influenciar pela transformação e se renove na seiva e o adubo cientificamente administrado em suas raízes. E o velho tronco se torna então luzido, vistoso e nutrido, extinguindo-se o seu ciúme e a sua cólera, para se constituir num prolongamento vivo da mesma espécie superior. Em consequência, recebe também a afeição do jardineiro, que lhe asseia o invólucro exterior e também o protege contra os vermes, os insetos e as formigas. Em breve, ei-lo fazendo parte dos pomares nutritivos ou a sustentar os arbustos carregados de flores perfumadas!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Estrutura energética do homem, carma e regência dos orixás – II.





orixás regentes demonstrativo hipotético de influência.

Oxossi (primeiro) 30 a 40%
Iansã (segundo) 15 a 20%
Iemanjá (terceiro) 10 a 15%
Omulu (quarto) 5 a 10%

Os demais orixás se "pulverizam" podendo alterar-se em determinados momentos de nossa existência, como em situações em que nos deparamos com um problema sério de saúde ou passamos por mudanças pessoais abruptas. Nesses casos, a regência do orixá poderá ser alterada momentaneamente, prevalecendo a energia afim necessária ao momento cármico. Quando da fundação de um templo umbandista, por exemplo, que envolve sérias mudanças nas tarefas do médium destinado ao comando do terreiro, muito provavelmente esse médium ficará com a regência de Ogum provisoriamente em primeiro plano, 5 pois esse orixá está à frente das grandes demandas. Ao envolver-se com o aspecto jurídico da legalização da casa, Xangô passará a influenciá-lo intensamente, a fim de que haja equidade e justiça em suas decisões perante o agrupamento de médiuns e à assistência. Dessa forma, em certos momentos de nossas existências carnais, de acordo com o arquétipo e a influência psicológica dos orixás, essas energias se intensificam ou amenizam em nosso psiquismo e no nosso comportamento, sem alterar-se definitivamente a regência original dos orixás na nossa coroa mediúnica, uma vez que eles prevalecerão por toda a encarnação para auxiliar nossa própria evolução.

Estrutura energética do homem, carma e regência dos orixás – I.





O homem é o último elo de uma cadeia de rebaixamento energético. Os chamados corpos sutis (ou veículos da consciência) abrigam o espírito no meio dimensional necessário para que ele se manifeste na busca de experiências destinadas à sua evolução. Desde que somos criados pelo amor de nosso Pai, somos deslocados por um movimento maior que nos conduz a vivências múltiplas destinadas à nossa educação cósmica. Existe um grande contingente de espíritos que habitam em volta da Terra, no chamado plano astral, onde vivem em seus corpos astrais (perispíritos) aguardando na fila a oportunidade divina de ocupar o vaso carnal para resgatar débitos acumulados em vidas passadas, o que podemos denominar de "carma acumulado".
Pensemos que somos uma pilha que está destinada à descarregar-se para esgotar a quantidade de energia que precisa ser queimada no plano físico, mas nossa semeadura livre, que impõe a colheita obrigatória, acaba sendo potente dínamo que não nos deixa descarregar o carma acumulado. Isso ocorre em razão de nossa infantilidade perante às leis universais, pois, ao invés de gerarmos saldo positivo na balança de nossas ações (darma), geramos dívidas (carma negativo) para com nossos semelhantes, obrigando-nos a saldar débitos por meio de tantas reencarnações quantas forem necessárias ao aprendizado definitivo. O tempo é como um pai bondoso e a eternidade uma mãe amorosa que nunca se cansa de nos esperar. Os sofrimentos do nosso caminho são, portanto, conseqüências exclusivamente de nossas próprias ações.
Os orixás, ou melhor, as energias e forças da natureza que estão presentes em todas as dimensões do Universo, tal como se fossem o próprio hálito divino, formam impressões nos corpos espirituais desde o momento em que somos criados. Nesse instante, os orixás vibram em nosso nascituro espírito e demarcam, para o eterno devir, suas potencialidades em nós, como um carimbo que bate com força numa folha em branco. No exato momento em que tomamos contato com a primeira dimensão expressa na forma, se impregna em nossa matriz espiritual indestrutível (a mônada) um orixá que mais nos marcará, conhecido no meio esotérico como orixá ancestral. Cada um tem essa marca de nascença espiritual, como uma digital cósmica, e somente os espíritos celestiais responsáveis pelos planejamentos cármicos têm acesso a essa "radiografia" do eu espiritual mais primário de cada um, se é que podemos nos fazer entender, dado a ausência de nomenclaturas equivalentes em nosso vocabulário terreno para melhor descrever a criação de espíritos e a gênese divina.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A Ventura Espiritual


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OS QUE EMIGRARÃO PARA UM PLANETA INFERIOR - V




PERGUNTA:  Coo poderão os terrícolas retificar-se no planeta inferior, se estarão no comando de corpos ainda mais primitivos e, conseqüentemente, viveiros de paixões brutais? É crível que, depois de fracassarem em organismos mais evoluídos, os espíritos terrícolas consigam a sua alforria espiritual em organismos inferiores? A convivência selvagem não há de despertá-los psiquicamente para os antigos desequilíbrios e desregramentos?



RAMATÍS: Realmente, a natureza passional do organismo do homem das cavernas há de predominar com mais vigor do que nos antigos corpos terrestres; o espírito do exilado há de sofrer maior assédio inferior, sob os estímulos hereditários e irrefreados do psiquismo passional do homem do sílex; no entanto, assim o determina a sabedoria da Lei e da Técnica Sideral, que bem sabe do êxito a ser conseguido, pois que apenas se repetem os mesmos acontecimentos, que em milhares ou bilhões de ocasiões têm sido empregados como recursos de retificação à rebeldia espiritual, nos mundos materiais e no astral junto à crosta.
O exilado terrícola recebe o corpo na conformidade apenas de sua psicologia espiritual, e que corresponde à sua estultícia, desregramento e indiferença pelos bens superiores. Lembra o irresponsável e desastrado condutor de veículo, que se torna indigno da confiança do seu chefe ou patrão, e só merece ser colocado na direção de viaturas tão imperfeitas e desconfortáveis quanto a sua própria índole daninha no dirigir!

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

"MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO"- (FINAL)






PERGUNTA:  Poderíeis definir-nos algo dessa ventura no reino de Deus?



RAMATÍS:  A conceituação do Cristo-Jesus convidando o homem a ser perfeito, como perfeito é o Pai, indica-lhe a meta definitiva e venturosa, pois há de ser tão feliz como feliz deveríamos conceber a natureza divina. Embora não possamos dizer que Deus é feliz, porque não dispomos de uma unidade de medida exata, que nos proporcione a idéia do oposto «infeliz", sabemos, através de Jesus, que o «homem perfeito" é o homem absolutamente feliz, porque ele já desenvolveu em si mesmo o fundamento divino de Deus.
Enquanto o espírito do homem não alcançar essa perfeição e o conhecimento da Verdade, ele ainda opera no plano dos contrastes e sujeito a medidas, limites dados pelo tempo e espaço, que o obrigam a um incessante desgaste energético e a uma instabilidade insatisfatória. Mas assim que atinge a realeza notificada por Jesus, quando passa a atuar absolutamente livre de quaisquer contingências ou coações exteriores, então é o anjo tendo à sua disposição um campo de energias sutilíssimas, que jamais se desgastam ou se modificam sem a sua própria vontade. Sem dúvida, as energias, quanto mais puras e sutis, também são mais afins ao espírito mais eletivo às vibrações criativas de Deus.
No reino de Deus, ou no seio da Verdade absoluta, que é a fonte da vida em todo o Universo, a ventura é um «estado de espírito", e não fruto da posse ou propriedade particular. No primeiro caso, é preciso o espírito adquirir, treinar e afinar o seu estado íntimo no uso dos objetos e no intercâmbio do mundo físico; no segundo caso, o estado de posse é precário, satura logo, porquanto a retenção de um lote de terra, uma fartura de ouro ou luxuoso veículo, malgrado a diferença ilusória do ser, é sempre um estado de espírito transitório e sem valor definitivo, porque é tão-somente posse ou poder precário.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

OS QUE EMIGRARÃO PARA UM PLANETA INFERIOR - IV




PERGUNTA: Quais outros exemplos de progressos que os emigrados da Terra poderiam proporcionar aos habitantes do planeta inferior?



RAMATÍS: Como a transmigração de espíritos é fenômeno rotineiro no mecanismo evolutivo do Cosmo, os mundos inferiores se renovam e progridem, espiritualmente, com mais brevidade, graças a esses intercâmbios, que são constantes. Só as humanidades libertas das paixões inferiores e devotadas ao Bem espiritual é que dispensam as transmigrações compulsórias. Os movimentos migratórios dos povos, realizados nas latitudes geográficas do vosso mundo, encontram analogia nas romagens de almas que se deslocam nas latitudes cósmicas. A diferença está em que estes acontecimentos siderais obedecem, inevitavelmente, a leis e processos da mais alta técnica de adaptações.

"MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO"- VII






PERGUNTA: - Qual seria o sentido mais evidente ou particularizado, quando Jesus assim responde a Pilatos: "Meu reino não é deste mundo"? Ele ainda teria insinuado algo além do conceito do reino na energia livre do espírito, em contraste com o mundo comum da matéria, ou da energia compactada?



RAMATÍS: - Narra o Evangelho de João que, tendo Pilatos entrado no palácio e feito vir Jesus à sua presença, então perguntou-lhe: "És o rei dos judeus"? Respondeu-lhe Jesus: "Meu reino não é deste mundo. Se meu reino fosse deste mundo, a minha gente houvera combatido para impedir que eu caísse nas mãos dos judeus; mas o meu reino não é daqui". Disse-lhe Pilatos, então: "És, pois, rei?" Jesus lhe respondeu: "Tu o dizes; sou rei; não nasci e não vim a este mundo senão para dar testemunho da verdade. Aquele que pertence à verdade escuta a minha voz". 2


2 - João, 18:33,36 e 37.


É evidente que nesse curso de palavras Jesus distingue, um "reino" ou vivência superior, disciplinada e dirigi da, convenientemente, tal qual uma nação terrícola é amparada por certo governante. Em oposição, ele figura o "mundo" habitado por todos os homens e concitados por paixões, interesses, competições e vícios, uma vivência indisciplinada sob o egoísmo individual. Mas num reino vivem os que pelo progresso espiritual foram "escolhidos" sob uma proteção; e para todos basta que a espontaneidade de alma tão sublimada de cada um seja a garantia da ventura geral. Mas o mundo subentendesse um local de satisfações, gozos, paixões imediatas e indisciplinadas, as quais se manifestam conforme a índole e a graduação de cada homem. Respondendo a Pilatos, que era rei, Jesus servia-se do sentido figurativo do próprio vocábulo para enunciar sua hierarquia de espírito liberto das contingências humanas, embora decidido a cumprir até o final a sua missão sacrificial para a libertação dos homens.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

"MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO"- VI






PERGUNTA: - Quando Jesus menciona que "meu reino não é deste mundo", isto ajusta-se à mesma interpretação doutrinária, caso ele dissesse: "meu reino não é deste reino" ou meu mundo não é deste mundo"?

RAMATÍS: - Alhures vos temos dito que Jesus não empregava uma vírgula a mais ou a menos nas suas máximas evangélicas. Em sua autenticidade angélica, jamais ele se serviria de vocábulos imprecisos ou substituíveis, para expor o seu pensamento definitivo e correto. Ademais, não usava de qualquer artificialismo ou eloquência rebuscada para ressaltar a sua pregação como é muito comum entre os oradores do mundo profano. Num punhado de vocábulos familiares, expunha o esquema de uma virtude ou a revelação de um estado de espírito angélico. Cada vocábulo e cada frase possuíam a força estrutural do alicerce do seu pensamento, em ebulição e a firmar os fundamentos do edifício evangélico.
Só as criaturas primárias ou melodramáticas são verborrágicas, pois desperdiçam palavras sem qualquer motivação íntima. Os indecisos e insensatos é que oferecem uma frase gráfica ou verbal, sob a vestimenta rota das palavras e dos vocábulos inadequados, para então expressar a natureza dos seus pensamentos. Os verdadeiros sábios são singelos e comunicativos na sua exposição mental; só o homem presunçoso apela para a excentricidade, frases complexas e acadêmicas para tornar mais difícil o que diz, crente de que o julgam mais sábio, por ser mais difícil de se fazer entender. Isso é tão frequente pela demonstração medíocre e a verbosidade vazia de líderes de grupos e facções políticas, que se verifica no curso das ambições dos homens atuais.
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