Sabedoria Ramatis

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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O QUE É CONCHA ASTRAL-MENTAL?






PERGUNTA: - Os sensitivos que estão há anos no trabalho mediúnico e insistem em dar comunicações psicofônicas dos mesmos mentores, guias e protetores, identificando-os rotineiramente pelos nomes próprios, geralmente médicos e destacadas personalidades do passado, pertencentes à classe eclesiástica (freiras, clérigos e altos sacerdotes) podem estar criando conchas astral-mentais que os aprisionam?

RAMATÍS: - Sem dúvida, é possível o sensitivo ficar aprisionado na concha astral-mental que ele mesmo idealiza, como se tivesse uma viseira.
Há de se distinguir cada caso. O médium que é movido pelo amor e não apresenta interesse de promoção pessoal, não tem necessidade de ficar dizendo o nome sempre que o benfeitor, guia ou protetor se aproxima. Outros, disfarçadamente, anseiam o reconhecimento do grupo e até a sua dependência em relação a ele, "único" instrumento dos benfeitores. É lamentável quando o diretor terreno cria dependência de um único médium, alimentando as vaidades dissimuladas entre ambos.
Muitos homens consideram o tempo de experiência mediúnica um troféu a ser exibido, desconsiderando que a idade sideral do espírito encarnado não se encontra em proporção direta ao número de aniversários no corpo físico provisoriamente ocupado. Esquecem que nenhum sensitivo é insubstituível, muito menos proprietário dos espíritos.
Existem os que anseiam tanto pelo médico mentor, a freira erudita, o sacerdote doutrinador, o iogue oriental de grande sabedoria, o filósofo grego ou o iniciado egípcio, que plasmam inconscientemente uma forma de pensamento artificial que o substitui. O verdadeiro mentor não consegue mais chegar próximo, pela vaidade de seu antigo aparelho mediúnico e pela muralha preconceituosa que retém o sensitivo preso à forma transitória, que esmaga a essência duradoura do espírito. Agravam-se essas situações em médiuns neófitos, em que o animismo descontrolado gera um tipo de auto-obsessão. Portanto, é indispensável o autoconhecimento do sujeito.

Muitos casos requerem o acompanhamento psicológico terreno como terapia coadjuvante ao processo de educação mediúnica, que nunca termina. Predominam, nesses casos desequilibrados, as ressonâncias de vidas passadas, de seres que foram portadores de patologias psíquicas. A força do inconsciente é tão intensa que rompe os laços da consciência da atual personalidade encarnada, estabelecendo-se vivências anímicas clarividentes indesejáveis. É tamanha a vontade de se ter um mentor importante, que muitas vezes essas ocorrências se instalam em pleno estado de vigília, seja no lar ou no trabalho.
Cabe aos diretores de agrupamentos mediúnicos, seja na umbanda ou na apometria, esclarecerem aos sensitivos que o valor do instrumento mediúnico, ante a espiritualidade, não está em manifestar este ou aquele abalizado espírito, aqui ou acolá, mostrando destrambelho da casa mental, indisciplina e rebeldia pela carência psicológica que grita por reconhecimento como vistosa arara em zoológico.
No lugar do mediunismo que potencializa o "guiismo", totalmente dispensável, impõem-se as vivências alicerçadas no amor interiorizado e na elevação de sentimentos em prol da fraternidade, sem anseio de reconhecimentos pessoais descabidos transferidos para os "guias" mais abalizados do que outros do "lado de cá". Os verdadeiros benfeitores prezam a humildade e são extremamente discretos, preferindo as formas astrais anônimas às apresentações ilusórias como referendados doutores de outrora na Terra.

Do livro: “VOZES DE ARUANDA” Ramatís e Babajiananda/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento.

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