Sabedoria Ramatis

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sábado, 4 de maio de 2013

A Importância da Dor na Evolução Espiritual – 5ª parte








PERGUNTA: Em qualquer circunstância o sofrimento é sempre um processo de purificação espiritual?



RAMATIS:  O espírito de Deus cria os seus filhos, como novos núcleos de consciências individuais, que se aperfeiçoam através das formas planetárias e tornam-se miniaturas conscientes no Cosmo. Deus é o “pano de fundo” de toda consciência humana; e este divino mistério o homem só poderá compreender depois que se livrar definitivamente das formas escravizantes da matéria e alcançar os mundos do conhecimento puro. Sem dúvida, à medida que a alma evolui também se despersonaliza porque, extinguindo-se nela a ilusão da separatividade, mais cedo se integra à Consciência Cósmica do Criador.
Daí o motivo por que as religiões consideram como virtudes todos os esforços e aproveitamento espiritual que a alma empreende pelo seu mais breve progresso, enquanto os pecados significam justamente tudo aquilo que retarda a ascensão espiritual. E a Lei do Carma então funciona em seu mecanismo evolutivo, acicatando aqueles que se retardam ao encontro da Luz, do que resulta uma: ação dolorosa e desagradável, mas necessária para garantir o ritmo proveitoso da ventura sideral.
Acontece que em suas encarnações, os espíritos produzem e incorporam em suas vestes perispirituais fluidos tóxicos que são frutos de suas desarmonias mentais e emotivas, os quais posteriormente precisam ser expurgados a fim de não impedirem a ascensão para os altos níveis das regiões paradisíacas. Assim como a ave enlameada não consegue alçar voo para usufruir a delícia do Espaço sem limites, o perispírito também só consegue nivelar-se à frequência vibratória angélica depois que se livra de suas impurezas astralinas.
O corpo carnal que é plasmado pelas energias primárias do mundo terreno durante a materialização de suas sensações prazenteiras fortemente animais, exige que a mente empregue o combustível energético adequado e capaz de agir na mesma frequência vibratória inferior. Os resíduos desse combustível astralino derivado da escória animal e que são produtos energéticos das faixas vibratórias muito baixas, onde a mente precisa atuar, agregam-se e condensam-se depois no tecido delicado do perispírito, reduzindo-lhe o padrão magnético específico. Com o tempo, esses tóxicos ou resíduos perniciosos do submundo astral, ainda aderidos ao perispírito, tendem a petrificar-se e assim impedir as relações normais do espírito com o meio ambiente.
Então devem ser desagregados com toda brevidade possível, para que a luz fulgurante da intimidade da alma possa fluir como divina profilaxia sideral, asseando a delicada vestimenta perispiritual. Durante a decantação desses resíduos deletérios, que se efetua nos charcos do astral inferior, ou quando se transferem para o corpo carnal, é que então se produz a dor e o sofrimento desagradáveis, mas sempre de salutar benefício para a alma. Eis a razão por que certas religiões ensinam que a alma só alcança o céu depois que passa pelo purgatório, devendo expurgar de si as crostas perniciosas, que o perispírito obscurecido pelo pecado adquire em seus desequilíbrios psíquicos. Só depois de muita decantação astralina no Além, ou de encarnações de expurgo na matéria, é que os espíritos se livram da carga tóxica milenária, e que existência por existência se transmite num fenômeno de verdadeira hereditariedade psíquica.



Do livro: “Fisiologia da Alma” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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