Sabedoria Ramatis

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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Desdobramentos grupais na Apometria – 2ª Parte













PERGUNTA: A literatura teosófica disponível, baseada nas filosofias orientalistas especificamente no hinduísmo, afirma que o corpo astral compõe-se de sete estados de matéria astral, cada uma decompondo-se do mais grosseiro para o mais sutil. Esses níveis de condensação do corpo astral não se associam a estados da consciência que o animou no passado?  Logo, não poderiam ser desdobrados em espécies de subníveis de um a sete, como se fossem personalidades?




RAMATÍS:   O estado atual do corpo astral, sendo um veículo temporário e sujeito à transitoriedade da manifestação do espírito no plano astral, relaciona-se ao momento presente da consciência que o anima. 
O homem evoluído espiritualmente terá um corpo astral bem delineado, plenamente formado, como se fosse uma tela artística retratando fielmente o sujeito que emprestou temporariamente sua imagem para o pincel de habilidoso artista; o materialista tem esse envoltório como se fosse uma caricatura mal desenhada da sua personagem. Entre os dois extremos, do ente apegado ao sensório, animalesco, mesquinho e individualista, e do indivíduo fraterno, amoroso, altruísta e desinteressado, há muitos níveis vibratórios, que determinam o estágio de densificação do corpo astral.
Cada nível de condensação do fluido cósmico que compõe as moléculas e átomos do corpo astral, do mais denso ao mais sutil, é regido pelas leis que estabelecem a ascensão espiritual. Com certeza podeis, pelas contagens de pulsos magnéticos associados à força mental de concentrado operador apométrico, por sua vez potencializada pelos espíritos do lado de cá, alterar momentaneamente, para baixo ou para cima, a freqüência e os níveis de densificação do corpo astral desdobrado, aumentando ou diminuindo a coesão das moléculas suprafísicas que o formam. Nessas ocasiões, é normal aflorarem situações traumáticas de vidas passadas, facilitando a sintonia dos sensitivos para vivenciarem em si a catarse dos tormentos pretéritos do consulente. Todavia, deveis entender esses procedimentos como mera técnica de apoio mental para vós, assim como os magos brancos de outrora se guiavam por pontos de fixação de desenhos geométricos que facilitavam a concentração grupal e a criação de formas-pensamentos coletivas, importantes para interferência no plano astral.
Entretanto, incorreis em equívoco ao supor que os sete níveis de condensação do corpo astral, que estão relacionados com os sete subplanos astrais, sejam equivalentes a personalidades passadas os fragmentos do inconsciente, ou ao que chamais de níveis de consciência. Tais associações, como técnica de apoio para os comandos verbais e contagens de pulsos magnéticos na dinâmica apométrica, confIariam frontalmente a unicidade do inconsciente.
Tende em mente que a consciência, destinada à expansão, tem fluxos e refluxos. O espírito mantém as mesmas recordações e memória quando volta ao mundo dos mortos. Contudo, quando reencarna, sobrevém o esquecimento, sendo a consciência totalmente "absorvida" pelo único e imutável inconsciente. Nesse ir e vir, cada vez que o ser retorna para o Além, sua consciência tende a ser maior e mais expandida que a consciência personificada na encarnação anterior. Sem exceção, a inexorabilidade das leis que regem a evolução determina que a ascese espiritual atingirá a plenitude com uma consciência una, quando o espírito não precisará mais do inconsciente como subterfúgio para suportar, pelo esquecimento temporário, seus desmandos do passado. Terá sublimado pelo esforço próprio o eu inferior que o amordaçava compulsoriamente na rede cármica das reencarnações sucessivas.
Cada nível de condensação (ou faixa vibratória) do corpo astral, para ser superado, não exige uma relação direta com somente uma personalidade. No mais das vezes se impõem várias, centenas, de encarnações sucessivas para o espírito galgar um outro estágio de sutilização do corpo astral a ponto de alterar a faixa de freqüência vibratória que o localiza no plano astral.
Não subestimeis a magnanimidade soberana do Criador para com as criaturas, Suas criações. A Perfeição Absoluta, ao criar as múltiplas diferenciações de personalidade pelas encarnações sucessivas para a vida única e infinita dos seus filhos - destinados a serem individualidades espirituais em eterna evolução - precaveu-se mantendo as experiências transatas como se fossem um bloco único arquivado no inconsciente, que momentaneamente mantém desligada a consciência, devido aos desmandos do ego no passado remoto.
A busca incessante da expansão consciencial prossegue em cada encarnação, até a conquista perene, inabalável e definitiva do discernimento crístico pelo espírito, que conscientemente subverterá o inconsciente, dando seu grito de alforria do jugo carnal. Podeis concluir que a matemática proposta, desdobrando cada nível em uma personalidade ou um subnível de consciência que se abre de sete em sete, sucessivamente, tendendo ao infinito quanto mais antigo o espírito, é por demais simplória. Se assim fosse, os magos negros já teriam instalado o caos na Terra, transformando-a em verdadeiro e incrementado inferno de Dante. Fariam reprogramações cármicas quais ciganas a lerem a sorte nas praças públicas.




Do livro: “JARDIM DOS ORIXÁS” Ramatís/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento.

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