Sabedoria Ramatis

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quinta-feira, 2 de maio de 2013

A Importância da Dor na Evolução Espiritual – 2ª parte











PERGUNTA: - Mas acontece que as próprias religiões que tanto propagam a Bondade e a Sabedoria de Deus, consideram a dor como uma expiação de pecado cometido pelo primeiro homem que habitou a Terra, motivo pelo qual ela se tornou num desolado "vale de lágrimas”. Que dizeis?



RAMATIS:  Embora todas as religiões se apregoem proprietárias da Verdade de Deus, o certo é que todas elas se alicerçam em interpretações de seus fundadores ou doutores da igreja a respeito do que seja a Verdade Divina, firmando-se assim em uma série de dogmas seculares que, se bem que se adaptassem à mentalidade acanhada dos povos antigos, desconhecedores ainda da Terceira Revelação, não se adaptam à mentalidade do homem moderno, que quer saber de onde veio, que faz neste mundo e para onde vai e que, além disso, tem à sua disposição um enorme cabedal de conhecimentos sobre o que seja a Verdade Divina.
Por isso esses religiosos sempre consideraram a dor como castigo pelo que chamam de “pecado original”, desconhecendo que com sua técnica purificadora afinam-se as arestas grosseiras da formação animal e desperta mais cedo o potencial de luz angélica, que se concentra sob o invólucro da matéria. Não lhes sendo possível explicar a dor de modo sensato e aceitável pela razão humana, e para não desmentirem a propalada Justiça e Sabedoria do Criador, os sacerdotes e mentores religiosos dogmáticos tomaram ao pé da letra o simbolismo bíblico do aparecimento de Adão e criaram a lenda do pecado original, atribuindo-o severamente à responsabilidade do primeiro casal humano. E desse modo eles acreditaram poder justificar o motivo da existência da dor e do seu cortejo de sofrimentos, como sendo o fardo da imprudência humana de há milhões de séculos!...
E assim, ante o pecado de Adão e Eva - o primeiro casal bíblico  Deus ficou isento do equívoco de haver criado a dor, que seria inexplicável perante a sua Bondade Infinita; e o homem responsabilizou-se pelo estigma do sofrimento, como sequência justa do pecado de seu pai Adão! Mas o advento do espiritismo, cuja doutrina lógica e sensata é acessível a todos os cérebros de boa vontade, terminou popularizando a realidade espiritual oculta sob o misterioso “Véu de Isis”, contribuindo assim para modificar pouco a pouco o conceito errôneo e milenário sobre a verdadeira origem da dor humana e expondo-a como um corretivo benfeitor, que resulta da resistência que o ser oferece durante o seu aprimoramento angélico.
Já vos encontrais bastante lúcidos para vos libertardes da ignominiosa idéia de que o sofrimento é um “castigo” de Deus! O Criador, infinitamente Sábio, Bom e Justo, não teria criado vales de lágrimas, penitenciárias do Espaço ou mesmo hospitais de provações planetárias, com o fito de desforrar-se dos seus filhos rebeldes, conforme ainda o creem os católicos, protestantes, adventistas, salvacionistas e mesmo alguns espíritas ainda ignorantes da sublime realidade cósmica. 
A Terra, em verdade, não passa de abençoada escola de educação espiritual, onde os espíritos imaturos reajustam-se dos seus próprios equívocos ocorridos nas encarnações passadas, a fim de consolidarem suas consciências em eterno aperfeiçoamento.



Do livro: “Fisiologia da Alma” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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