Sabedoria Ramatis

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domingo, 7 de abril de 2013

Os Estigmas do pecado no corpo físico e no perispírito – 3ª parte









PERGUNTA:  Qual um exemplo elucidativo desse caso?

RAMATÍS:  Certos escritores de estilo veemente e de um realismo desassombrado, podem algumas vezes apresentar certas variações de estilo em suas obras, introduzindo nelas alguns toques de ternura, romantismo ou poesia, sem que isso prove que eles são efetivamente sentimentalistas ou românticos. Trata-se apenas de variações acidentais ou recursos provisórios que não afetam o "cunho permanente" do seu estilo já consagrado pelo tempo. Examinando o perispírito de cada alma, cuja consciência vem se elaborando na noite dos tempos, os mestres espirituais conhecem a sua virtude ou o seu pecado milenário fundamental, bastando-lhes verificar o "cunho permanente" que se forma na aura perispirítica, cujo diagnóstico dependerá do tom da cor e intensidade de luz, natureza da temperatura e tipo de magnetismo odorante, isto é, repulsivo, balsâmico ou irritante.
Examinando outros fragmentos de cores, reflexos luminosos e variações magnéticas de menor importância, conseguem eles também esquadrinhar as demais variações mentais e emotivas, que se produzem acidentalmente na aura do examinando, como produto de sentimentos ou ansiedades transitórias, que ainda não conseguiram causar modificações no caráter espiritual.



PERGUNTA: Quereis dizer que o "cunho permanente" ou o "caráter fundamental" de cada alma pode permanecer sem modificação até durante séculos, quiçá milénios? Não seria isso um improdutivo estacionamento da alma por se ver cerceada pelo seu próprio psiquismo?


RAMATÍS:  Realmente, a Lei é esta: a alma não retrograda, mas sim evolui ou estaciona. Mesmo durante essa fase que vos parece de improdutivo estacionamento, as forças propulsoras não se extinguem no seio da alma, mas se represam em salutar concentração, lembrando o repouso da natureza quando, durante o Inverno, aquieta as suas energias para depois incentivá-las vigorosamente na Primavera. O que vos causa dúvida provém de situardes a sequência da vida imortal do espírito sob a marcação prosaica do calendário humano. Embora, para o entendimento humano, os milénios pareçam algo impressionantes no conceito de tempo e espaço, eles ainda pesam muito pouco no desenvolvimento formativo das consciências individuais, que são lançadas virginalmente na corrente da evolução espiritual. Esse cunho permanente ou caráter fundamental, que é a própria marca psíquica da alma, ainda pode conservar-se por muito tempo sem sofrer mudanças radicais porquanto, à medida que o espírito opera vagarosamente, para extirpar uma paixão milenária e já perniciosa à sua consciência evoluída, outro sentimento sorrateiro tenta emergir e deitar corpo para também exercer o seu mandato ditatorial, embora seja por curto prazo. Daí, pois, o motivo porque muitos espíritos, em sucessivas encarnações, ainda revivem fortemente a característica fundamental, virtuosa ou aviltante que os dominou na existência anterior.
Quando puderdes examinar a história da Terra sob a visão espiritual desencarnada, podereis comprovar que, devido à ação desse "cunho permanente" em alguns espíritos de projeção mais vasta, eles deixaram na Terra novos rastros luminosos ou sombras denegridas, como cópias-carbono de sua maior virtude ou de seu maior pecado cometido nas vidas anteriores.



Do livro: “A Sobrevivência do Espírito” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento

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