Sabedoria Ramatis

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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Recursos energéticos dos guias junto aos encarnados - IV parte







PERGUNTA: Considerando-se que a alma humana é originária da essência angélica de Deus, por que ela não reconhece "instantaneamente" a sua consciência divina ou a sua posição exata e distinta no seio do Cosmo, uma vez que permanece indissolúvel e ligada ao Criador? (1)


RAMATÍS:  Durante a eclosão da luz crística que se manifesta na intimidade de toda criatura, isto é, num processo endógeno ou de "dentro para fora", o espírito do homem deve aperceber-se do mistério de sua origem divina, mas sem surpresas, sem violência e a coesão de conhecer-se a si mesmo. Ele deve reconhecer e compreender o processo que o torna um "ser-indivíduo", à parte, no Cosmo, embora sem fundir-se com o Todo Criador, mas de modo gradativo e sem os hiatos desconhecidos. Seria um absurdo a consciência plena do homem ser-lhe revelada num passe de magia ou fruto de uma revelação integral e instantânea.
Desde que o espírito pudesse reconhecer-se instantaneamente como uma consciência global ou completa, marcando a sua verdadeira posição e distinção no seio de Deus, sem passar por um processo ou aprendizado espiritual gradativo, então os mundos planetários que compõem as escolas educativas jamais teriam razão de existir. No entanto, as almas dos homens são "entidades espirituais" virgens e diferenciadas no seio da própria Consciência Cósmica, que depois desenvolvem a sua consciência física e individual pelo acúmulo de fatos e das imagens vividas nas existências carnais ou nos intervalos de sua permanência no mundo astralino. A sua memória, no entanto, cresce e se amplia no infinito do tempo e do espaço, até consolidar-se num apercebimento consciente do ser-indivíduo, que dali por diante sente-se uno e inconfundível no seio do próprio Criador.



PERGUNTA: Quer nos parecer que as religiões então funcionam como um incentivo para o apressamento angélico, ou seja, para o mais breve apercebimento da consciência humana. Não é assim? (2 )


RAMATÍS: O verdadeiro sentido do vocábulo "Religião"(3), na acepção panorâmica da idéia, significa, na verdade, a "religação" da criatura ao seu Criador. Todo o esforço que o homem efetua no sentido de aproximar-se ou assemelhar-se com Deus, é sempre um ato religioso porque o transforma e o eleva, isto é, o "religa" com seu Autor.
Religião não é somente a idéia de um culto ou dever sagrado para com a Divindade, mas a mobilização dos recursos sublimes do próprio ser, para, então, gozar de maior intimidade com o seu Criador. O espírito do homem encontra-se "ligado" eternamente com Deus, em cuja fonte ele se originou e se alimenta. No entanto, apesar dessa "ligação" íntima e indestrutível, que o toma a miniatura portadora dos mesmos atributos da divindade, ele deve "reunir-se" ou "religar-se" com o Pai, ampliando e divinizando a sua consciência pelo entendimento completo da vida e pelo sentimento crístico incondicional.
Religião, enfim, identifica um estado de espírito superior do homem, quando ele procura realmente maior aproximação com a "verdadeira" natureza de Deus. A criatura pode ser profundamente religiosa sem fazer parte de qualquer seita, credo ou igreja ortodoxa, pois é bem grande a diferença do estado de religiosidade que "religa" o homem ao seu Criador, pela sublimação espiritual, em vez de participar de doutrinas ou agrupamentos de homens ligados pelos mesmos gostos e simpatias. Muitos santos e gênios viveram exclusivamente para o bem da humanidade, e, no entanto, não participaram de nenhum movimento sectarista religioso.
É tão forte e vibrante o sentimento de religiosidade no Íntimo das criaturas, independente de qualquer compromisso doutrinário ou sectarista, que muitos pecadores transformaram-se e converteram-se ao Bem ou "religaram-se" ao Criador, depois da leitura de um livro comovente, da intuição do seu anjo da guarda ou da ternura benfeitora do próximo. Na profundidade de suas almas vibrou a ansiedade de aproximação ao Pai, e não o "medo" do castigo ou o dever sagrado de adorar a divindade. Entediados ou desesperados por uma existência falaz e tola, eis que um gesto, um olhar ou um convite os modificou completamente.


1 - Nota do Médium: Esta pergunta é de autoria exclusiva de Ramatís, o que nos parece uma espécie de"teste"para ele auscultar a simpatia, o interesse e a reação dos leitores quanto a esse assunto algo complexo e iniciático, o qual é amplamente desenvolvido na obra "O Evangelho à Luz do Cosmo". Nesta obra Ramatís procura explicar-nos de modo minucioso, que o Evangelho de Jesus sintetiza, em suas leis morais, as próprias leis imutáveis que regem o equilíbrio e a dinâmica do Cosmo na mais perfeita correlação espiritual. Diz-nos ele, no preâmbulo, que se confiamos até agora no "que disse Jesus", chegou nos a hora de indagarmos "por que ele o disse".


2 Nota do Médium: Pergunta exclusiva de Ramatís, auscultando a impressão do leitor
quanto a esse assunto bem desenvolvido em "O Evangelho à Luz do Cosmo". Embora a pergunta anterior a esta pareça fugir do assunto da presente obra "Elucidações do Além", ou do capítulo em foco, ambas são de profundo interesse de Ramatís, quanto às reações emotivas ou intelectivas dos leitores.

3 - Religião, do verbo latino "religare".




Do Livro: “Elucidações Do Além” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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