Sabedoria Ramatis

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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Recursos energéticos dos guias junto aos encarnados – V - parte final






PERGUNTA: Poderíeis dar-nos alguns exemplos dessas transformações de criaturas pecadoras convertendo-se subitamente ao Bem?


RAMATÍS:  Maria de Magdala despojou-se de suas jóias e abandonou seu palácio principesco enternecida ante o primeiro olhar do sublime Jesus; e a Pedro bastou-lhe um singelo convite para seguir o Mestre: "Vem comigo, Pedro, e serás um pescador de homens!" Paulo de Tarso abateu o seu orgulho destruidor convertendo-se ao Cristianismo, ao ouvir em sua intimidade a voz terna de Jesus: "Paulo! Paulo! Por que me persegues?" O jovem príncipe Sakia Muni, confrangido ante o quadro trágico de um mendigo coberto de chagas, abandonou os seus tesouros e as glórias da corte de Kapilavastu, para tornar-se o Buda, o Iluminado Instrutor da Ásia e salvador de homens.
A Faísca Divina, quando eclode na alma humana num dos seus momentos de grande ternura ou sensibilidade espiritual, ateia o fogo renovador do espírito e transforma um "farrapo humano" num herói, ou um tirano num santo. Não importam os séculos e os milênios que já vivemos na matéria em contacto com a animalidade, no sentido de desenvolvermos a nossa consciência e enriquecermos nossa memória sideral. No momento oportuno de maturidade e progresso espiritual, o anjo que mora em nós assumirá  definitivamente o comando do nosso ser.


PERGUNTA:  Sob o vosso ponto de vista espiritual, qual é a melhor atitude que nos recomendais no trato da vida carnal, a fim de favorecermos o trabalho protetor dos nossos guias?


RAMATÍS:  O homem eleva-se ou afina-se em espírito, tanto quanto ele purga os seus pecados, abandona os vícios ruinosos, domina as paixões perigosas e despreza os prazeres lascivos da carne. Deste modo, ele sintoniza-se às faixas espirituais superiores e pode então receber dos espíritos benfeitores a orientação certa e proveitosa para cumprir o seu destino educativo no mundo material. No entanto, não faltam ensinamentos espirituais adequados a cada povo terreno, pois em todas as latitudes geográficas ou regiões físicas da Terra sempre encarnaram entidades excepcionais, que se devotaram heroicamente a orientar o homem terreno para alcançar a sua definitiva Ventura Espiritual.
Buda instruiu os asiáticos, Hermes os egípcios, Crishna os hindus, Confúcio os chineses, Pitágoras os gregos, Zoroastro os persas, enquanto Jesus resumiu esses ensinamentos no seu admirável Evangelho; e Allan Kardec popularizou-os pela codificação espírita. Em linguagem simples e convincente, o Espiritismo expõe a todos os homens ignorantes ou sábios, os mais avançados conceitos de filosofia, técnica mediúnica e erudição espiritual, que resistiram galhardamente a cem anos de sarcasmo do academismo científico e de perseguição sistemática do Clero ciumento.
O hábito do Bem e a integração definitiva do homem nos preceitos evangélicos de Jesus, realmente despertam as forças criadoras da alma e a imunizam contra os ataques perversos e capciosos "das Trevas". Só a vivência espiritual superior permite ao homem ouvir a voz do seu guia vibrando na intimidade de sua alma, e assim dispensar os recursos drásticos e dolorosos que o Alto, às vezes, precisa mobilizar a fim de reprimir as suas atividades ilícitas e perigosas.
Os credos, as religiões, os cursos iniciáticos e as doutrinas espiritualistas ajudam o homem a distinguir a senda mais certa para sua ventura espiritual. No entanto, só a "auto realização", a vivência em si mesmo dos ensinamentos evangélicos, é que lhe concedem o direito de morar nos planos paradisíacos. Depois de conhecer o programa superior, então cabe-lhe a responsabilidade de executá-lo em si mesmo na experimentação cotidiana, a fim de expurgar os resíduos da vida animal inferior que serviram de base à formação da sua consciência individual.
Assim, todos os momentos que o homem vive na face dos mundos planetários devem ser aproveitados na "auto-realização" superior, uma vez que já conhece o programa espiritual que conduz à felicidade.
As discussões políticas, religiosas ou desportivas; as atitudes rebeldes, obstinadas ou coléricas; a freqüência habitual aos antros do vício e aos ambientes fesceninos; o anedotário indecente, o julgamento antifraterno, a cupidez, o ciúme, o ódio, a vingança, a hipocrisia ou a capciosidade, inclusive os "passatempos" tolos e dispersivos, são estados de orientação certa do Alto.
Todo espírito tem o direito de buscar o clima que lhe é mais eletivo, mas é óbvio que há de sofrer, em si mesmo, os bons e os maus efeitos próprios do ambiente onde prefere viver.


Do Livro: “Elucidações Do Além” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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