Sabedoria Ramatis

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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Jesus e as Suas Parábolas – V parte







PERGUNTA: Que significa etimologicamente parábola?

RAMATÍS:  A parábola é a colocação de uma coisa ao lado da outra, a qual então serve para fins de comparação; a pintura de um objeto confrontado com outro de relação mais remota. Dir-se-ia uma espécie de alegoria, porém, capaz de envolver algum preceito ou princípio de moral, que mostre certa semelhança ou analogia entre os fenômenos da natureza e a vida humana com os da vida espiritual.
Proporciona, assim, o ensejo de se extrair dela princípios e verdade para a orientação dos que ouvem; ilustra e relaciona um pensamento ou motivo em curso com a própria imagem oferecida na parábola. Sob a influência de Jesus, as parábolas tornaram-se verdadeiras jóias literárias de conteúdo tanto informativo como formativo transcendental, e que passou a iluminar a literatura sacra e mesmo profana do mundo. Embora anunciando fatos da vida em comum, as parábolas do Mestre tinham sempre a capacidade de levar os ouvintes a concluírem regras de conduta superior.


PERGUNTA: Mas os rabinos da época também serviam-se de parábolas, conforme se verifica em muitos dos seus tradicionais ensinamentos. Não é assim?

RAMATÍS:  Basta-nos um simples confronto entre as parábolas proferidas pelos rabinos com as enunciadas por Jesus, para distinguirmos o toque de beleza e a suave estrutura com que ele as modelou, através de temas espirituais dinamizados pelo seu sentimento angélico e harmonia poética sideral. 
Expunha os seus ensinamentos, através de parábolas, com a veemência e a convicção jamais manifestada pelos rabinos judeus, ainda tão subordinados friamente à crença dogmática mosaísta e incapazes de sentir ao próximo como a si mesmo. A gente da Galiléia era rude e ignorante, mas simples e dotada de sentimentos puros e cândidos, como reflexo de um ambiente formoso e recortado de tapetes de vegetação bordados pelos fios de água cristalina dos regatos e dos rios. Ante a prédica do novo rabi, que não somente ensinava, mas, diferindo da prédica comum e dos proverbiais anátemas desencorajadores dos outros, era o exemplo vivo daquilo que dizia em absoluta fidelidade ao Senhor, os galileus vibravam de esperança. Eles sublimavam os seus interesses e ambições no imenso e insofreável desejo de habitar aquele venturoso e eterno "reino de Deus". Jesus não se servia das parábolas para expor e orientar sobre acontecimentos vulgares, religiosos sectários, motivos políticos e mesmo regras sociais do povo judeu. Ele comunicava o seu pensamento em frases límpidas e confortadoras de tão elevado sentimento, que tocavam nos corações daquela gente e faziam-nos vibrar a ponto de enternecerem a própria mente tão fria e rigidamente curtida nas competições humanas.


Do livro: “O Evangelho À Luz Do Cosmo” – Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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